Cavaco
Silva anda no larú. Desta vez em França. Na
TSF é o Paulo Tavares que nos proporciona a notícia em site. Reportagem
do mesmo. Cavaco otimista. Cavaco com boas notícias. Cavaco bem na vida. Cavaco
feliz. Qualquer de nós também assim andaria, com boa moral em riste, se tivéssemos
banqueiros criminosos que nos fazem ganhar centenas de milhares de euros
enquanto o diabo esfrega um olho. Fora o resto. Pois. Foi a Paris, dizer
balelas escutadas, provavelmente, às cagarras das Ilhas Desertas.
Redação
PG
Cavaco
Silva prevê taxa de crescimento perto dos 2% em 2015
É
um discurso assumidamente de «boas notícias» para Portugal, com previsões mais
otimistas do que as do governo ou da própria OCDE, aquele que o Presidente da
República trouxe ao Conselho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
em Paris.
Naquela
que é a primeira visita de um chefe de estado português à OCDE, Cavaco Silva
afirma que «a recente quebra do preço do petróleo e a depreciação do euro
poderão conduzir a uma revisão em alta da taxa de crescimento para 2015, para
valores em torno de 2 por cento.» Esta estimativa ultrapassa, no otimismo, as
previsões do governo (1,5%), e da própria OCDE (1,3%).
O
Presidente assume, neste discurso em Paris, um tom mais próprio de quem tem o
poder executivo nas mãos, acompanhando em toda a linha a narrativa do sucesso
do programa de ajustamento, que tem marcado o discurso do governo. Cavaco Silva
afirma, por exemplo, que «um ajustamento orçamental desta magnitude representa
um esforço de grandes proporções. Acções - e não palavras - são o cimento da
confiança.»
O
Presidente da República prevê ainda, já para este ano, a inversão da tendência
de crescimento do rácio da dívida em relação ao PIB (valor que anda nos 129%),
e afirma que «os mercados têm reconhecido a sustentabilidade da nossa dívida e
a melhora substancial, quer da economia portuguesa, quer das finanças
públicas.» A prova disso, diz Cavaco Silva, «está nas taxas de juro da dívida
pública a 10 anos, atualmente abaixo de 2%.»
Elogiando
diversas áreas da governação, como o combate ao Desemprego, Educação, ou a
Ciência, o Presidente da República trouxe a Paris palavras simpáticas sobre o
esforço de consolidação orçamental, e a aposta nas exportações, com resultados
positivos no equilíbrio das finanças públicas e das contas externas.
O
Presidente remata este discurso em Paris com uma frase que qualquer
primeiro-ministro em campanha poderia usar - «Portugal está a fazer tudo o que
lhe compete fazer.»
Paulo
Tavares – TSF – foto Paulo Tavares
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