segunda-feira, 16 de março de 2015

O BALELAS DAS CAGARRAS VISITA OCDE EM PARIS E GENTE DO GRANDE CAPITAL




Cavaco Silva anda no larú. Desta vez em França. Na TSF é o Paulo Tavares que nos proporciona a notícia em site. Reportagem do mesmo. Cavaco otimista. Cavaco com boas notícias. Cavaco bem na vida. Cavaco feliz. Qualquer de nós também assim andaria, com boa moral em riste, se tivéssemos banqueiros criminosos que nos fazem ganhar centenas de milhares de euros enquanto o diabo esfrega um olho. Fora o resto. Pois. Foi a Paris, dizer balelas escutadas, provavelmente, às cagarras das Ilhas Desertas.

Redação PG

Cavaco Silva prevê taxa de crescimento perto dos 2% em 2015

É um discurso assumidamente de «boas notícias» para Portugal, com previsões mais otimistas do que as do governo ou da própria OCDE, aquele que o Presidente da República trouxe ao Conselho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento em Paris.

Naquela que é a primeira visita de um chefe de estado português à OCDE, Cavaco Silva afirma que «a recente quebra do preço do petróleo e a depreciação do euro poderão conduzir a uma revisão em alta da taxa de crescimento para 2015, para valores em torno de 2 por cento.» Esta estimativa ultrapassa, no otimismo, as previsões do governo (1,5%), e da própria OCDE (1,3%).

O Presidente assume, neste discurso em Paris, um tom mais próprio de quem tem o poder executivo nas mãos, acompanhando em toda a linha a narrativa do sucesso do programa de ajustamento, que tem marcado o discurso do governo. Cavaco Silva afirma, por exemplo, que «um ajustamento orçamental desta magnitude representa um esforço de grandes proporções. Acções - e não palavras - são o cimento da confiança.»

O Presidente da República prevê ainda, já para este ano, a inversão da tendência de crescimento do rácio da dívida em relação ao PIB (valor que anda nos 129%), e afirma que «os mercados têm reconhecido a sustentabilidade da nossa dívida e a melhora substancial, quer da economia portuguesa, quer das finanças públicas.» A prova disso, diz Cavaco Silva, «está nas taxas de juro da dívida pública a 10 anos, atualmente abaixo de 2%.»

Elogiando diversas áreas da governação, como o combate ao Desemprego, Educação, ou a Ciência, o Presidente da República trouxe a Paris palavras simpáticas sobre o esforço de consolidação orçamental, e a aposta nas exportações, com resultados positivos no equilíbrio das finanças públicas e das contas externas.

O Presidente remata este discurso em Paris com uma frase que qualquer primeiro-ministro em campanha poderia usar - «Portugal está a fazer tudo o que lhe compete fazer.»

Paulo Tavares – TSF – foto Paulo Tavares

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