O
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal fez
hoje, como manda o guião oficial previamente aprovado, um balanço positivo da
sua visita de dois dias a Luanda, que visou o reforço da cooperação com o
Governo angolano.
Em
declarações à imprensa, Luís Campos Ferreira, que deixou hoje Luanda com
destino a Windhoek, capital da Namíbia, referiu que Portugal e Angola têm uma
relação diplomática “muito estreita, muito forte, uma relação de cooperação
muito trabalhada e muito partilhada”.
Por
outras palavras, Portugal veio cá – como nas vezes anteriores – com a mão
(estendida) vazia à espera de, perante a bajulação em prol do regime e o
desrespeito para com os angolanos, de sair com ela cheia.
O
governante português disse que a sua vista serviu para o alinhamento de
pormenores do futuro Programa Estratégico de Cooperação (PEC), 2015/2018, que
contempla várias áreas e privilegia o conhecimento e a formação.
Luís
Campos Ferreira adiantou que também se reuniu com o ministro das Relações
Exteriores de Angola, Georges Chikoti, com quem abordou questões ligadas à
segurança e à política da região.
Segundo
o Secretário de Estado português, foi um encontro onde foi sublinhada a
importância dos países da Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP), na
conferência de doadores para a Guiné-Bissau, a realizar-se em Bruxelas, no
próximo dia 25 de Março.
“Angola
é um país que tem uma importância regional insubstituível e, por isso, tem essa
responsabilidade na estabilidade da região e essa estabilidade é importante
para a região, mas também para todas as outras regiões do globo, inclusivamente
para a Europa”, frisou.
A
visita serviu ainda para um encontro com a comunidade portuguesa e empresários
em Angola, no qual foram ouvidas as suas preocupações.
“Conversamos
de uma forma muito aberta, muito transparente, sobre as preocupações legítimas
que existem de quem investe neste momento em Angola e que está preocupado com
algumas circunstâncias, e digo circunstâncias porque não passam de
circunstâncias”, declarou Luís Campos Ferreira, referindo-se à actual crise
económica que Angola atravessa, com a baixa do preço do barril de petróleo no
mercado internacional.
Folha
8 (ao)
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