O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje, em Santiago do
Cacém, que, para haver progresso e desenvolvimento em Portugal, no futuro, é
necessário repor os salários, os direitos e a dignidade dos trabalhadores.
O
líder comunista, que falava a seguir ao almoço regional do Alentejo do partido,
opôs-se, desta forma, ao cenário apresentado, no sábado, pelo
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de que há "áreas que não
retomarão" a importância que tiveram no passado e nas quais as pessoas
"continuarão a não ter oportunidades de emprego", como a construção
civil e as obras públicas.
Em
Valongo, no distrito do Porto, no âmbito do 15.º aniversário da Associação para
o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde (ADICE), Passos Coelho disse
que estes desempregados devem poder "aceder a soluções de microcrédito, de
apoio ao autoemprego, explorando nichos de oportunidades de mercado".
Até
porque, segundo o governante, mesmo que estes trabalhadores tenham oportunidade
de se "reorientarem para outras áreas, irão estar sempre em competição com
outras pessoas, 20 anos mais novas, com as mesmas competências ou outras ainda
maiores, disponíveis para, por menos dinheiro, realizar o mesmo trabalho".
"Este
não é o Portugal de Abril que ansiamos", criticou hoje Jerónimo de Sousa
em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, defendendo que "um país sem
crescimento e desenvolvimento económico, sem investimento, não cria mais
emprego".
O
líder do PCP pretende que "os salários, os direitos e a dignidade de quem
trabalha sejam repostos, para o futuro de Portugal ser de progresso e de
desenvolvimento".
Lusa,
em Notícias ao Minuto - ontem
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