Cidade
da Praia, 31 mar (Lusa) - A adesão da Guiné Equatorial como membro da
Confederação da Publicidade dos Países de Língua Portuguesa (CPPLP) é um dos
temas em debate na assembleia geral da organização que hoje se inicio na Cidade
da Praia.
Segundo
Mário Ferro, presidente da Confederação da Publicidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPPLP), os publicitários da comunidade "não têm nada a favor
nem contra" a admissão da Guiné Equatorial, país que aderiu à CPLP no ano
passado, mas há abertura para a discussão do tema com todos os membros.
"Vamos
ter de discutir qual vai ser a nossa posição em relação à admissão da Guiné
Equatorial como membro de pleno direito da CPPLP. A Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (CPLP) é a organização mãe, da qual nós fazemos parte com o
estatuto de observadores, e houve a decisão de admitir a Guiné Equatorial como
país membro e nós temos que analisar que tratamento iremos dar ao assunto dentro
da confederação", adiantou Mário Ferro à agência Lusa.
Outro
assunto que será discutido na assembleia geral, indicou o também presidente da
Associação Moçambicana de Empresas de Marketing, Publicidade e Relações
Públicas (EMEP), é a autorregulação do setor da publicidade, para evitar
"interferências abusivas" dos Governos e autoridades.
"Entendemos
que a publicidade deve ser regulada cada vez mais pelos seus próprios atores,
sem a intervenção abusiva, por vezes, dos Governos e das autoridades. Nós próprios
temos de ser conscientes e responsáveis pelo trabalho que fazemos.
Autorregulação é um aspeto importante que nós vamos trabalhar",
perspetivou.
Mário
Ferro disse que a interferência dos Estados na publicidade "é
evidente", sobretudo em "países emergentes" como Angola,
Moçambique e Cabo Verde e "alguns casos" em Portugal e no Brasil.
"Nos
nossos países, a interferência das autoridades (na publicidade) é um facto
concreto. Nós queremos ter os códigos e os regulamentos e ser nós próprios a
fazer cumprir as obrigações que temos para podermos desempenhar da melhor
maneira a tarefa como homens de comunicação", insistiu o presidente da
CPPLP.
Referindo
que será fácil criar os documentos de autorregulação, Mário Ferro entendeu que
o maior problema será pô-los em prática e dá como exemplo de Moçambique, que há
seis/sete anos pretende colocar em prática o fórum de autodisciplina da
publicidade.
Os
países membros da CPPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal,
estando também em discussão a criação de condições para a participação ativa de
São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
A
internacionalização das agências no espaço CPLP e atualização dos estatutos
são, entre outros assuntos, a serem abordados na 11ª sessão ordinária da CPPLP,
que termina quarta-feira.
RYPE
// EL
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