terça-feira, 31 de março de 2015

PUBLICITÁRIOS DA CPLP DISCUTEM ADESÃO DA GUINÉ EQUATORIAL




Cidade da Praia, 31 mar (Lusa) - A adesão da Guiné Equatorial como membro da Confederação da Publicidade dos Países de Língua Portuguesa (CPPLP) é um dos temas em debate na assembleia geral da organização que hoje se inicio na Cidade da Praia.

Segundo Mário Ferro, presidente da Confederação da Publicidade dos Países de Língua Portuguesa (CPPLP), os publicitários da comunidade "não têm nada a favor nem contra" a admissão da Guiné Equatorial, país que aderiu à CPLP no ano passado, mas há abertura para a discussão do tema com todos os membros.

"Vamos ter de discutir qual vai ser a nossa posição em relação à admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da CPPLP. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é a organização mãe, da qual nós fazemos parte com o estatuto de observadores, e houve a decisão de admitir a Guiné Equatorial como país membro e nós temos que analisar que tratamento iremos dar ao assunto dentro da confederação", adiantou Mário Ferro à agência Lusa.

Outro assunto que será discutido na assembleia geral, indicou o também presidente da Associação Moçambicana de Empresas de Marketing, Publicidade e Relações Públicas (EMEP), é a autorregulação do setor da publicidade, para evitar "interferências abusivas" dos Governos e autoridades.

"Entendemos que a publicidade deve ser regulada cada vez mais pelos seus próprios atores, sem a intervenção abusiva, por vezes, dos Governos e das autoridades. Nós próprios temos de ser conscientes e responsáveis pelo trabalho que fazemos. Autorregulação é um aspeto importante que nós vamos trabalhar", perspetivou.

Mário Ferro disse que a interferência dos Estados na publicidade "é evidente", sobretudo em "países emergentes" como Angola, Moçambique e Cabo Verde e "alguns casos" em Portugal e no Brasil.

"Nos nossos países, a interferência das autoridades (na publicidade) é um facto concreto. Nós queremos ter os códigos e os regulamentos e ser nós próprios a fazer cumprir as obrigações que temos para podermos desempenhar da melhor maneira a tarefa como homens de comunicação", insistiu o presidente da CPPLP.

Referindo que será fácil criar os documentos de autorregulação, Mário Ferro entendeu que o maior problema será pô-los em prática e dá como exemplo de Moçambique, que há seis/sete anos pretende colocar em prática o fórum de autodisciplina da publicidade.

Os países membros da CPPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, estando também em discussão a criação de condições para a participação ativa de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.

A internacionalização das agências no espaço CPLP e atualização dos estatutos são, entre outros assuntos, a serem abordados na 11ª sessão ordinária da CPPLP, que termina quarta-feira.

RYPE // EL

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