quarta-feira, 22 de abril de 2015

JACOB ZUMA E O GOVERNO DA ÁFRICA DO SUL TRAEM NELSON MANDELA




Corre em notícia separada deste compacto que diz: ÁFRICA DO SUL MOBILIZA EXÉRCITO CONTRA VIOLÊNCIA XENÓFOBA. Tardiamente o presidente Zuma e o governo chegaram à conclusão de que era necessário recorrer ao exército para conter os xenófonos que vergonhosamente traíram a conduta e os ensinamentos de Mandela. A demora da mobilização do exército custou a vida a pelo menos quatro moçambicanos e o terror e estabilidade de milhares de africanos de diversos países que fizeram da África do Sul a sua segunda Pátria naquilo que julgavam ser a paz de Mandela.

O presidente Zuma e o governo sul-africano têm toda a responsabilidade nas mortes e na fuga aterrorizada dos africanos que tiveram de regressar aos seus países e que ali agora vão ter de refazer a sua vida com todas as dificuldades inerentes. Presidente e governo devem desculpas e indemnizações aos escorraçados da África do Sul. Devem explicações a todos os cidadãos sul-africanos que reprovaram a onda de xenofobia, às vítimas, às nações de África cujos cidadãos foram vitimados, a explicação por que tão tardiamente tomaram as medidas adequadas para conter a onda xenófoba. Devem igualmente a apresentação de desculpas a todos.

Não se compreende a lentidão que presidente e governo demonstraram para controlar os xenófobos acontecimentos. Logo nas primeiras horas se percebeu que a polícia não ia conseguir conter devidamente o terror nem os assassinatos ocorridos. Nada disto aconteceria com Mandela no cargo de Zuma, nem o governo ficaria a dormir as sestas enquanto imigrantes era assassinados, casas e lojas pilhadas com o terror à solta. O que o governo e Zuma fizeram foi trair, como os xenófobos, os ideais, a conduta e os ensinamentos de Mandela. O próprio ANC não sai impune de toda esta onda terrível e horrível que envergonhou e envergonha o país e a maioria dos cidadãos sul-africanos.

Redação PG

SEISCENTAS VÍTIMAS DE VOLTA

Fernando Fazenda, embaixador moçambicano na África do Sul, disse esta terça-feira ao
Notícias que as vítimas, por sinal o segundo grupo, constituem o número mais alargado a ser repatriado, numa operação coordenada pelas autoridades moçambicanas.

O referido grupo deixara ainda esta terça-feira aquele país e já em solo pátrio será encaminhado ao centro provisório de acolhimento aberto em Boane, na província de Maputo, sul de Moçambique.

O primeiro grupo de repatriados foi de 107 moçambicanos que já foram encaminhados às suas zonas de origem.

Continuamos a apelar às pessoas a voltarem ao país porque a situação mantem-se tensa, embora haja sinais de abrandamento dos ataques. Não podemos tirar conclusões precipitadas de que a situação está calma, isto após a cerimónia dirigida pelo rei zulu, Goodwill Zwelithini, na qual declarou guerra à xenofobia, disse o embaixador. Embora a situação seja diferente da das primeiras semanas, vamos esperar para ver o que é que isto vai dar. Enquanto isso prosseguimos com as nossas acções de ajuda aos nossos concidadãos no sentido de voltarem para casa, porque essa é a melhor opção sublinhou o diplomata.

A onda de violência xenófoba na África do Sul, que teve como epicentro a cidade de Durban, obrigou milhares de moçambicanos a refugiarem-se em três centros, tendo algumas centenas preferido regressar a Moçambique. Três moçambicanos foram mortos por sul-africanos xenófobos.


(AIM) FF

DETIDO QUARTO SUSPEITO NO ASSASSINATO DE SITHOLE

Damasco Mate, cônsul moçambicano em Joanesburgo, que confirmou a informação ao
Notícias, precisa que o quarteto foi esta terca-feira encaminhado a um juiz no Tribunal de Alexandra para os primeiros interrogatórios.

A detenção dos supostos assassinos aconteceu depois que a Polícia sul-africana anunciou uma recompensa de até R100.000,00 para quem fornecesse informações relevantes que pudessem levar à prisão e condenação dos autores da bárbara morte do moçambicano.

Emmanuel Sithole, de 35 anos, perdeu a vida pouco tempo depois de ser esfaqueado por quatro protagonistas de actos xenófobos que viram a sua identificação e detenção facilitada pelas imagens captadas pelo fotógrafo do
Sunday Times James Oatway, que reportou toda a cena, antes de socorrer a vítima para o hospital, onde viria a perder a vida.

Quanto ao funeral da vítima Mate disse que os familiares prontificaram-se a assumir as despesas da transladação do corpo para a sua terra natal Múxunguè, província de Sofala, centro de Moçambique. No entanto, nenhuma decisão definitiva foi ainda tomada pelos parentes sobre a vontade de realizar o funeral do finado em território sul-africano.

Eles aguardam pelos resultados da primeira audição em tribunal para tomar uma posição definitiva. Contudo, mesmo o nosso apoio estando disponível, eles manifestam capacidade financeira para transladar o corpo disse.

Num outro desenvolvimento, Mate referiu que a situação na zona de Joanesburgo tende a melhorar, isto depois dos apelos do rei zulu para que os sul-africanos cessem os ataques contra os estrangeiros.

A situação está de volta à normalidade. Mais do que parar com os ataques aos cidadãos estrangeiros, a RAS (República da África do Sul) precisa refazer a sua imagem, daí que todo o esforço neste momento está centrado em reverter a situação que durante três semanas semeou terror nas pessoas disse.

(AIM) FF

MAIS DE 1.500 MOÇAMBICANOS JÁ REGRESSARAM AO PAÍS


Maputo, 21 Abr (AIM)
Mais de 1.500 cidadãos moçambicanos, vítimas da onda de xenofobia na vizinha África do Sul, já regressaram ao país com recurso a meios próprios.

Acresce a este número outras 107 pessoas que regressaram a 18 de Abril corrente através de meios disponibilizados pelo governo.

A informação foi fornecida hoje pelo porta-voz do governo, Mouzinho Saíde, durante o habitual briefing à imprensa no término da 12ª sessão do Conselho de Ministros, que teve lugar em Maputo.

Entre
hoje e amanhã (quarta-feira) esperamos mais 400 cidadãos que devem regressar ao país e estão criadas todas as condições para os receber condignamente e depois encaminha-los aos seus locais de origem
, revelou o porta-voz.

Segundo Saíde, o governo, através das suas missões diplomáticas e consulares na África do Sul, está a monitorar a situação e assistir os afectados nos centros de acomodação, bem como repatriar todos aqueles que desejam regressar ao país.

Aliás, o governo enviou o vice-ministro do Interior, José Coimbra, à África do Sul onde teve a oportunidade de dialogar e verificar as condições em que estão a ser acomodadas os concidadãos.

O Conselho de Ministros orientou os governos provinciais e o Instituto de Gestão das Calamidades (INGC) para garantir o devido seguimento e criar condições para a rápida integração e também apela à calma e serenidade dos moçambicanos, conscientes da gravidade da situação que estão a passar na RAS, porque o ciclo de violência não vai ajudar, pois, violência gera violência, sublinhou.

Nesta sessão, o governo também teve a oportunidade de acompanhar o curso do diálogo politico com a Renamo, o maior partido da oposição em Mocambique, que esta segunda-feira realizou a 102ª ronda. O governo reiterou a sua confiança nos mediadores nacionais
pelas suas iniciativas em prol da consolidação da paz.

O governo encorajou também os peritos militares no sentido de priorizarem a preparação para o enquadramento das forças residuais da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia. A próxima ronda está marcada para 27 de Abril corrente.

Ainda na sessão desta terça-feira, o Conselho de Ministros recebeu informação sobre os preparativos das festividades do 1 de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. As festividades serão lançadas no próximo dia 23 de Abril e as cerimónias centrais terão lugar em Maputo.

Na ocasião, foram também apresentadas informações sobre o processo de reassentamento das cerca de seis mil pessoas residentes no interior do parque Nacional do Limpopo e sobre o estado de saúde do antigo chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, que se encontra internado no hospital Militar de Pretória desde 13 de Abril corrente, padecendo de uma infecção gastro-intestinal.

O porta-voz garantiu que o estado de saúde de Chissano
é satisfatório, desmentindo informações postas a circular, via mensagens SMS, alegando que o antigo presidente moçambicano estaria gravemente doente.

(AIM) DT/sg

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