Em
apenas 17 segundos, imigrantes ilegais do Interior da China têm conseguido
saltar o muro do campus da Universidade de Macau, dificultando o trabalho de
fiscalização das autoridades, referiu o Secretário para a Segurança. Wong Sio
Chak prometeu aos deputados reforçar as medidas de combate à imigração ilegal
na fronteira na Ilha da Montanha
André
Jegundo – Tribuna de Macau
O
Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, reconheceu ontem a existência de um
“problema sério” de imigração ilegal na campus da Universidade de Macau (UM),
referindo que o Governo da RAEM tem vindo a reforçar as medidas de combate ao
fenómeno. Segundo o responsável governamental, as forças policiais têm
dialogado com a reitoria da UM no sentido de “optimizar” as medidas de combate
à imigração ilegal apesar das “inúmeras dificuldades que se têm registado”.
Wong
Sio Chak referiu existirem problemas estruturais na concepção do campus,
nomeadamente na altura insuficiente dos muros que rodeiam a instituição de
ensino e que facilitam muito a entrada de ilegais do Interior da China para o
recinto da Universidade. “Quis-se evitar a impressão de que se tratava de uma
cadeia”, apontou.
Face
às fragilidades existentes, e que segundo Wong Sio Chak já começaram a ser
corrigidas, os imigrantes ilegais conseguiam passar os muros da fronteira em
poucos segundos. “O volume de trabalho para a polícia é muito grande e difícil
de gerir porque o que observámos é que os ilegais em 17 segundos conseguiam
transpor os muros da fronteira. Os comandantes têm negociado com o reitor da UM
a optimização das medidas”, apontou.
O
Secretário para a Segurança prometeu que as autoridades vão-se “esforçar para
resolver o problema”, referindo que têm existido contactos com as forças
policiais do Interior da China onde também tem havido um “reforço do
policiamento”. “Vamos reforçar as medidas para o combate da imigração ilegal”,
referiu.
O
deputado Si Ka Lon manifestou-se preocupado com a existência de “pontos negros”
na entrada de clandestinos em Macau desafiando o Secretário para apresentar
soluções para o problema, incluindo a introdução de “drones” de vigilância. O
deputado lembrou ainda que com a definição das áreas marítimas que ficarão sob
jurisdição da RAEM o Governo local terá que reforçar os meios de patrulhamento
das zonas costeiras.
Extraditados
migrantes africanos
As
autoridades da RAEM têm detectado que imigrantes africanos em Macau destroem
“os seus documentos de identificação” originais numa tentativa de permanecer no
território. O fenómeno foi denunciado pelo Secretário para a Segurança,
acrescentando que a situação se tem revelado “difícil de resolver para as
autoridades”. “Não podemos deixá-los a vaguear por Macau sem meios de
subsistência. Demos instruções para que sejam extraditados o mais rapidamente
possível, senão vão constituir um fardo muito pesado”, referiu.
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