sábado, 11 de abril de 2015

Macau. “PROBLEMA SÉRIO” DE ILEGAIS NO CAMPUS DA UM




Em apenas 17 segundos, imigrantes ilegais do Interior da China têm conseguido saltar o muro do campus da Universidade de Macau, dificultando o trabalho de fiscalização das autoridades, referiu o Secretário para a Segurança. Wong Sio Chak prometeu aos deputados reforçar as medidas de combate à imigração ilegal na fronteira na Ilha da Montanha

André Jegundo – Tribuna de Macau

O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, reconheceu ontem a existência de um “problema sério” de imigração ilegal na campus da Universidade de Macau (UM), referindo que o Governo da RAEM tem vindo a reforçar as medidas de combate ao fenómeno. Segundo o responsável governamental, as forças policiais têm dialogado com a reitoria da UM no sentido de “optimizar” as medidas de combate à imigração ilegal apesar das “inúmeras dificuldades que se têm registado”.

Wong Sio Chak referiu existirem problemas estruturais na concepção do campus, nomeadamente na altura insuficiente dos muros que rodeiam a instituição de ensino e que facilitam muito a entrada de ilegais do Interior da China para o recinto da Universidade. “Quis-se evitar a impressão de que se tratava de uma cadeia”, apontou.

Face às fragilidades existentes, e que segundo Wong Sio Chak já começaram a ser corrigidas, os imigrantes ilegais conseguiam passar os muros da fronteira em poucos segundos. “O volume de trabalho para a polícia é muito grande e difícil de gerir porque o que observámos é que os ilegais em 17 segundos conseguiam transpor os muros da fronteira. Os comandantes têm negociado com o reitor da UM a optimização das medidas”, apontou.

O Secretário para a Segurança prometeu que as autoridades vão-se “esforçar para resolver o problema”, referindo que têm existido contactos com as forças policiais do Interior da China onde também tem havido um “reforço do policiamento”. “Vamos reforçar as medidas para o combate da imigração ilegal”, referiu.

O deputado Si Ka Lon manifestou-se preocupado com a existência de “pontos negros” na entrada de clandestinos em Macau desafiando o Secretário para apresentar soluções para o problema, incluindo a introdução de “drones” de vigilância. O deputado lembrou ainda que com a definição das áreas marítimas que ficarão sob jurisdição da RAEM o Governo local terá que reforçar os meios de patrulhamento das zonas costeiras.

Extraditados migrantes africanos

As autoridades da RAEM têm detectado que imigrantes africanos em Macau destroem “os seus documentos de identificação” originais numa tentativa de permanecer no território. O fenómeno foi denunciado pelo Secretário para a Segurança, acrescentando que a situação se tem revelado “difícil de resolver para as autoridades”. “Não podemos deixá-los a vaguear por Macau sem meios de subsistência. Demos instruções para que sejam extraditados o mais rapidamente possível, senão vão constituir um fardo muito pesado”, referiu.

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