terça-feira, 21 de abril de 2015

Trocas comerciais entre Angola e Indonésia crescem num ritmo de 27 por cento por ano




Jakarta (Dos enviados especiais) - As trocas comerciais entre Angola e Indonésia têm evoluído, nos últimos anos, a um ritmo de 27 porcento ano, informou o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti.

O ministro Georges Chikoti teceu estas considerações à imprensa, após um encontro com a sua homóloga da Indonésia, Retno Marsudi, à margem das festividades dos 60 anos da Conferência de Bandung, que este país acolhe.

Apesar de não precisar o valor destas trocas, o ministro salientou que estas referências da cooperação são bastante importantes.

Deu ainda a conhecer que as autoridades indonésias têm igualmente manifestado a sua disposição de incrementar as relações de cooperação, sobretudo com o aumento e diversificação da importação de produtos nacionais.

Neste contexto, realçou o facto de as empresas petrolíferas dos dois países, Sonangol e Petromina, terem já rubricado um acordo para o incremento da cooperação empresarial, o que deve ser encorajado pelas autoridades políticas.

Precisou que as autoridades angolanas submeteram um projecto de Acordo de Cooperação Bilateral, dai existir a possibilidade da assinatura deste acordo dentro dos próximos tempos.

“Quando a parte indonésia concluir a apreciação deste acordo, poderemos eventualmente nos encontrar num ambiente que vai permitir visitas regulares, entre os sectores dos dois governos”, disse.

Reforçou que isto vai abrir o caminho para uma cooperação mais reforçada.

O ministro revelou ainda que as autoridades deste país pretendem abrir uma embaixada em Angola, uma vez que este é o terceiro parceiro económico da  Indonésia na região da África Austral.

“Portanto, há um volume considerável de cooperação entre os dois países”, disse.
Por outro, referiu que este país está a formar alguns técnicos na área de gás (LNG), existindo a possibilidade de poderem receber mais técnicos.

“Nós também notamos uma grande capacidade industrial aqui e eles estão dispostos a entrarem em parcerias com as empresas angolanas”, referiu.

Estas parcerias, acrescentou, podem ser em áreas como a de materiais de construção, na construção, agricultura tropical, entre outras, que eventualmente os empresários dos dois países podem identificar.

No domínio diplomático, fez menção a intenção do país abrir, nesta zona, uma representação diplomática, quando as condições financeiras assim o permitirem.

“Ainda nesta região da Ásia, assim que as condições permitirem, está prevista a abertura de representações em Timor Leste e Austrália”, explicou ministro Georges Chikoti.

Nestas festividades, que decorrem sob o signo do Fortalecimento de Cooperação Sul-Sul para promover a prosperidade e a paz no mundo, as lideranças dos dois blocos pretendem, através desta, dar um maior impulso às relações de cooperação.

Assinala-se também os 10 anos do estabelecimento da Aliança Estratégica África/Ásia.

Angop

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