Jakarta
(Dos enviados especiais) - As trocas comerciais entre Angola e Indonésia têm
evoluído, nos últimos anos, a um ritmo de 27 porcento ano, informou o ministro
angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti.
O
ministro Georges Chikoti teceu estas considerações à imprensa, após um encontro
com a sua homóloga da Indonésia, Retno Marsudi, à margem das festividades dos
60 anos da Conferência de Bandung, que este país acolhe.
Apesar
de não precisar o valor destas trocas, o ministro salientou que estas
referências da cooperação são bastante importantes.
Deu
ainda a conhecer que as autoridades indonésias têm igualmente manifestado a sua
disposição de incrementar as relações de cooperação, sobretudo com o aumento e
diversificação da importação de produtos nacionais.
Neste
contexto, realçou o facto de as empresas petrolíferas dos dois países, Sonangol
e Petromina, terem já rubricado um acordo para o incremento da cooperação
empresarial, o que deve ser encorajado pelas autoridades políticas.
Precisou
que as autoridades angolanas submeteram um projecto de Acordo de Cooperação
Bilateral, dai existir a possibilidade da assinatura deste acordo dentro dos
próximos tempos.
“Quando
a parte indonésia concluir a apreciação deste acordo, poderemos eventualmente
nos encontrar num ambiente que vai permitir visitas regulares, entre os
sectores dos dois governos”, disse.
Reforçou
que isto vai abrir o caminho para uma cooperação mais reforçada.
O
ministro revelou ainda que as autoridades deste país pretendem abrir uma
embaixada em Angola, uma vez que este é o terceiro parceiro económico da
Indonésia na região da África Austral.
“Portanto,
há um volume considerável de cooperação entre os dois países”, disse.
Por
outro, referiu que este país está a formar alguns técnicos na área de gás (LNG),
existindo a possibilidade de poderem receber mais técnicos.
“Nós
também notamos uma grande capacidade industrial aqui e eles estão dispostos a
entrarem em parcerias com as empresas angolanas”, referiu.
Estas
parcerias, acrescentou, podem ser em áreas como a de materiais de construção,
na construção, agricultura tropical, entre outras, que eventualmente os
empresários dos dois países podem identificar.
No
domínio diplomático, fez menção a intenção do país abrir, nesta zona, uma
representação diplomática, quando as condições financeiras assim o permitirem.
“Ainda
nesta região da Ásia, assim que as condições permitirem, está prevista a
abertura de representações em
Timor Leste e Austrália”, explicou ministro Georges Chikoti.
Nestas
festividades, que decorrem sob o signo do Fortalecimento de Cooperação Sul-Sul
para promover a prosperidade e a paz no mundo, as lideranças dos dois blocos
pretendem, através desta, dar um maior impulso às relações de cooperação.
Assinala-se
também os 10 anos do estabelecimento da Aliança Estratégica África/Ásia.
Angop
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