Pequim,
21 abr (Lusa) - O chefe da Casa Civil de Angola exortou a China a
"reforçar o investimento" em Angola nomeadamente nas áreas da
energia, águas, agricultura, pescas e transportes, para "consolidar a
parceria estratégica" bilateral, revelou hoje a embaixada de Angola em
Pequim.
"A
nossa parceria estratégica ganha ainda maior significado no atual contexto
económico e financeiro internacional, caracterizado pela incerteza", disse
o também ministro de Estado angolano Edeltrudes Costa num encontro com o vice-primeiro-ministro
chinês Wang Yang.
Edeltrudes
Costa referiu em particular "a queda do preço do petróleo", que
"tem vindo a afetar a economia angolana".
Angola
é um dos maiores fornecedores de petróleo à China, logo a seguir à Arabia
Saudita.
O
encontro de Edeltrudes Costa com Wang Yang decorreu na segunda-feira em Pequim,
após a primeira sessão da Comissão Orientadora da Cooperaçao Económica e
Comercial entre Angola e a República Popular da China, informou a embaixada
angolana.
O
ministro angolano apelou também à "experiencia chinesa na agricultura,
produção de alimentos e no desenvolvimento de projetos no domínio sociocultural
e da formação de quadros".
Segundo
a mesma fonte, a parte chinesa "comprometeu-se a participar ativamente na
industrialização e diversificação da sua economia angolana" e mostrou-se
"disponível" para "mobilizar empresas locais para investir e
transferir a produtividade para Angola, nomeadamente nas áreas de aço,
materiais de construção, cimento e vidro".
A
China prometeu igualmente "aumentar a cooperação" nas áreas da
energia, água e mineração, para "ajudar Angola a estabelecer um sistema
completo e independente das industrias de petróleo e de minas", disse
ainda a Embaixada angolana.
A
delegação angolana, que deixou Pequim na segunda-feira à noite, integrava o
ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a secretária de Estado da
Cooperação, Ângela Bragança, o secretário de Estado do Tesouro, Leonel da
Silva, o secretário diplomático do Presidente da República, Carlos Alberto de
Carvalho, e o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de
Lemos José Maria.
A
viagem à China serviu também para preparar a próxima reunião da comissão mista
bilateral, marcada para maio, em Pequim
AC
// PJA
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