quinta-feira, 28 de maio de 2015

Angola. APOLINÁRIO CORREIA ESCLARECEU A ONU




O estreitamento da cooperação entre o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos e o Governo de Angola esteve no centro de uma reunião, ontem, em Genebra.

No encontro entre o embaixador Apolinário Correia, representante permanente de Angola junto dos Escritórios das Nações Unidas e outras Organizações, em Genebra, e o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, foi analisada a questão da seita “A Luz do Mundo”.

O embaixador Apolinário Correia reiterou, nesse encontro, a posição do Governo angolano em relação ao Comunicado de Imprensa do Alto Comissariado do passado dia 12 de Maio e também informou sobre as medidas de reinserção social das famílias que foram retidas pela seita no Monte Sumé, nomeadamente a sua  reintegração nas comunidades de origem, matrícula nas escolas, e assistência médica e medicamentosa. 

O encontro serviu para reafirmar o empenho do Governo angolano em relação aos compromissos nacionais e internacionais em matéria de protecção e promoção dos direitos humanos, bem como a colaboração plena com os mecanismos de direitos humanos na prestação dos esclarecimentos necessários.

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos apreciou a iniciativa do Governo angolano em promover o diálogo sobre esta questão e manifestou confiança no trabalho das autoridades angolanas. Zeid Ra’ad Al Hussein garantiu o seu empenho pessoal e do organismo que dirige para o fortalecimento da cooperação com Angola em todos os domínios relacionados com a defesa e protecção dos direitos humanos.

O Governo angolano reagiu com incredulidade e repúdio às declarações do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra, no dia 12, a propósito dos episódios protagonizados pela seita “A Luz do Mundo”, de que resultaram a morte de nove oficiais da Polícia Nacional e 13 fiéis da  seita. Num comunicado, o Governo considerou as  declarações desprovidas de quaisquer provas, além de amparadas por declarações falsas prestadas por elementos tendenciosos e  irresponsáveis  com a intenção de difamar não só as instituições angolanas, mas também todos os  cidadãos.

O Governo angolano acusou  o Alto-Comissariado de ter desrespeitado os procedimentos do sistema das Nações Unidas ao caracterizar de “extremamente violentas” as declarações feitas na comunicação social, pública e privada, e pela sociedade civil angolana, que inclui oito dezenas de confissões religiosas reconhecidas legalmente e  desvalorizando os dados oficiais sobre os acontecimentos tornados públicos pelo Governo de Angola. “Lamentamos que o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, um órgão de promoção e protecção dos direitos humanos no mundo, tenha, relativamente a este caso, pautado a sua conduta pelo fomento de especulações susceptíveis de ameaçar a paz e segurança do Estado Angolano, tão arduamente almejados por todos os seus cidadãos”, refere. 

“Deste modo, o Governo angolano, em nome de todos   cidadãos, insta o Alto-Comissariado das Nações Unidas a apresentar provas das suas declarações ou que se retrate imediatamente apresentando um pedido oficial de desculpas”, refere o comunicado  tornado público pelo  Executivo.


Jornal de Angola

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