O
primeiro-ministro britânico e líder dos conservadores, David Cameron, afirmou
hoje que o partido ainda pode obter uma maioria nas eleições de quinta-feira,
mas admitiu voltar a governar em coligação.
"Continuo
a lutar por uma maioria. Podemos conseguir uma maioria suficiente que dê ao
Reino Unido um governo forte e estável", disse Cameron numa ação de
campanha.
O
líder dos 'Tories' admitiu no entanto que os resultados podem não ser tão
claros, como sugerem as sondagens, caso em que está disposto a negociar para
formar um governo de coligação.
"Porei
os interesses do país em primeiro lugar", afirmou, referindo que foi o que
fez quando em 2010 assumiu a chefia do atual governo de coligação com os
liberais-democratas.
Nick
Clegg, líder dos liberais-democratas, terceira força política no Parlamento,
disse que negociaria tanto com os conservadores como com os trabalhistas desde
que veja satisfeitas duas condições: um investimento adicional de 10,8 mil
milhões de euros no serviço nacional de saúde e o aumento dos salários dos
funcionários públicos ao nível da inflação.
O
líder trabalhista, Ed Miliband, afirmou hoje por seu lado que uma nova
coligação entre conservadores e liberais representaria um "enorme risco
para as famílias trabalhadoras" tendo em conta os cortes aplicados nos últimos
anos pelo atual governo.
Cameron,
em contrapartida, voltou hoje a advertir contra uma aliança dos trabalhistas
com o Partido Nacionalista Escocês (SNP), proposta pelos escoceses mas até
agora recusada por Miliband, afirmando que ela "colocaria graves questões
de credibilidade".
"O
SNP não quer que o Reino Unido seja um êxito, o SNP não quer que o Reino Unido
exista", disse.
A
líder do partido escocês, Nicola Sturgeon, assegurou por seu lado hoje que o
SNP vai "usar a sua influência" para, com outras formações, impedir
os conservadores de se manterem no poder.
"Não
quero que David Cameron volte ao número 10 (de Downing Street, sede do governo)
e, se na sexta-feira houver uma maioria anticonservadora, quero que essa
maioria se una para garantir que David Cameron não volta ao número 10",
disse.
As
últimas sondagens colocam conservadores e trabalhistas quase empatados nas
intenções de voto, com 34% e 33%, seguidos do eurocético Partido da
Independência do Reino Unido (UKIP), com 12% a 16%, e dos liberais-democratas,
com 9%.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário