Durou pouco mais de
uma hora. Terminou a reunião do Eurogrupo sem acordo. Os ministros das Finanças
da zona euro vão voltar a reunir-se quinta-feira.
O presidente do
Eurogrupo disse hoje à noite, após a suspensão do Eurogrupo, que as negociações
para um acordo com a Grécia vão continuar pela noite dentro "se for
necessário".
"Estamos
determinados em continuar o trabalho durante a noite se for necessário",
afirmou Jeroen Dijsselbloem aos jornalistas, após a reunião de pouco mais de
uma hora dos ministros das Finanças da zona euro, que voltam a encontrar-se
esta quinta-feira pelas 13:00 locais (12:00 em Lisboa), na quarta reunião do
Eurogrupo em apenas sete dias.
O encontro de hoje
serviu sobretudo para dar conta aos ministros do andamento das negociações, não
tendo sido discutidas medidas de forma mais concreta, sendo que ainda hoje vão
continuar as discussões, mesmo ao mais alto nível.
Pelas 22:00 de
Lisboa (23:00 em Bruxelas) é retomada a reunião da tarde entre o
primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e a diretora-geral do Fundo Monetário
Internacional, Christine Lagarde, o presidente do Banco Central Europeu, Mario
Draghi, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente
do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
Nos últimos dias
têm-se sucedido várias reuniões - a nível técnico, de ministros das Finanças e
mesmo de líderes da zona euro - com o objetivo de pôr fim ao impasse quanto às
medidas a executar por Atenas que permitam fechar o atual programa de resgate e
assim desbloquear a última 'tranche' de ajuda financeira, de 7,2 mil milhões de
euros, essencial para as autoridades gregas conseguirem honrar atempadamente os
seus compromissos.
A Grécia tem até 30
de junho para pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI e sem um acordo não terá
dinheiro para cumprir esse compromisso.
Segundo vários
meios de comunicação social, os credores insistem em mais cortes nas pensões,
incluindo no complemento de solidariedade dado no caso das reformas mais
baixas, em que a idade de reforma seja aumentada gradualmente para atingir os
67 anos em 2022 (três anos mais cedo do que pretendia Atenas) e mais aumentos
do IVA (imposto sobre o consumo).
Bruxelas, FMI e BCE
querem ainda uma subida menor no imposto sobre as grandes empresas do que o
proposto pelo Governo helénico, sugerindo que aumente de 26% para 28% e não
para 29%.
TSF - Reportagem
de João Francisco Guerreiro com as declarações da Ministra das Finanças, audio no original
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