A
tensão subiu na cimeira do Conselho Europeu, quando o seu presidente, Donald
Tusk, voltou a dizer que “o jogo acabou”, a propósito das negociações com a
Grécia. Alexis Tsipras respondeu dizendo que “a Grécia tem 1.5 milhões de
desempregados, 3 milhões de pobres e milhares de famílias sem rendimentos que
vivem da ajuda dos avós. Isto não é um jogo.”
“Nem
você, sr. Tusk, nem ninguém deve subestimar o que um povo pode fazer quando se
sente humilhado”, prosseguiu Tsipras, explicando que a Grécia apresentou
propostas com medidas difíceis para um país em crise. Para o
primeiro-ministro da Grécia, a mudança de posição dos credores durante a semana
“reflete infelizmente as posições mais extremistas do FMI e que não são
diferentes dos anteriores programas”.
“Estou
empenhado em fazer reformas na Segurança Social, acabar com as reformas
antecipadas e consolidar os fundos de pensões a partir de outubro”, acrescentou
Tsipras, concluindo que “no futuro, os historiadores terão dificuldade em
perceber como é que após a nossa proposta não se chegou a um acordo”.
Já
esta sexta-feira, Tsipras voltou a encontrar-se com Merkel e Hollande, com o
primeiro-ministro grego a insistir ser incompreensível a insistência dos
credores na mesma receita de cortes que prejudicam os de sempre. O encontro de
sábado no Eurogrupo, que se deve prolongar pelo fim de semana, é decisivo para
o desfecho da fase de negociações.
InfoGrécia
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