Portugal, na atualidade, está recheado de gentalha desonesta nos principais poderes políticos,
concretamente na Presidência da República e no governo. O efeito de descrédito
nas instituições é maior que nunca. Cavaco Silva é useiro e vezeiro em ser ridículo
no desempenho do cargo para que foi eleito. Além disso demonstrou mentir em
certas circunstâncias, sendo a mais recente, atual e fácil de memorizar, quando
afirmou que o BES merecia confiança. O que não era verdade. Já não merecia confiança alguma
naquela hora e muitos meses antes. Além disso, Cavaco, veio a terreiro pretender
desmentir o que tinha afirmado, independentemente dos registos áudio e vídeo
existentes. Reforçou para os portugueses a convicção de que afinal também é um
grande aldrabão.
Em
catadupa muito superior existe o aldrabão-mor, Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro
de Portugal, eleito devido às mentiras em campanha eleitoral. A reprise nesta
nova fase de campanha eleitoral já está em movimento. As mentiras com os desmentidos tem
sido sublime e de vómitos. Uma delas aborda o facto de afirmar que não convidou
os portugueses a emigrarem. Uma descarada mentira.
Vários
trabalhos jornalísticos já provaram que Passos Coelho continua na senda da
mentira e mente quando desmente. Trazemos aqui um desses trabalhos.
Propositadamente nada recente. Data de 2013. Trabalho de Ana Meireles,
publicado no Diário de Notícias em Janeiro desse ano. A completar acompanhamos
o texto com vários links que acedem a vídeos esclarecedores das palavras
registadas e são suporte do trabalho da jornalista. Passos Coelho e outros seus
pares no governo mentem quando desmentem que não formularam convites à emigração
dos portugueses. Já sabíamos que da Presidência da República ao Governo o
recheio de aldrabões excede a nossa imaginação mas nunca foi admitido pelos
mais otimistas que fosse em tão grande quantidade e com total descaramento. Com
gente assim, que não respeita os portugueses, é impossível merecerem alguma réstia
respeito. Quem perde é Portugal e os portugueses, até que a dignidade das
instituições e do país sejam repostas em níveis satisfatórios e naturais.
Redação
PG
Como
Passos e outros governantes apelaram à emigração
Ana
Meireles – Diário de Notícias, 17 janeiro 2013
Passos
Coelho disse hoje em Paris que "ninguém" no Governo "aconselhou
os portugueses a emigrarem". Mas a verdade é que tanto o primeiro-ministro,
como outros membros do seu Executivo já falaram no estrangeiro como uma forma de arranjar emprego.
Em
dezembro de 2011, numa entrevista ao Correio da Manhã, Passos Coelho aconselhou
a emigração aos professores desempregados. "Angola, mas não só Angola, o
Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino
secundário de mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há muitos
professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema
privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita
gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível
para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem
olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma
alternativa".
Alexandre
Mestre, secretário de Estado da Juventude e Desporto
No
dia 31 de outubro de 2011, Alexandre Mestre, secretário de Estado do Desporto,
disse no Brasil que disse que os jovens portugueses desempregados, em vez de
ficarem na "zona de conforto", poderiam emigrar, noticiou a Lusa.
"Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para
além das nossas fronteiras", disse o governante à Lusa, acrescentando que
o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de
cérebros".
A
6 de novembro, em entrevista dada ao Correio da Manhã, Alexandre Mestre
desmentiu estas declarações, mas a Lusa manteve-as.
Miguel
Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares
A
16 de novembro de 2011, a oposição pediu a Relvas para comentar as declarações
de Alexandre Mestre. A resposta foi esta:
"Quem
entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num
prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que
pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais,
[isso] é extraordinariamente positivo", declarou.
"Nós
temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal
investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses
activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa.
Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante",
prosseguiu Relvas.
Mas
as intervenções de Miguel Relvas sobre a emigração continuaram.
Um chefe de governo em que o próprio e vários titulares fazem convites e elogios à emigração e que depois negam, são o quê? Que confiança merecem dos portugueses? (PG)
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