domingo, 21 de junho de 2015

Portugal e o Bando de Mentirosos. Como Passos e outros governantes apelaram à emigração




Portugal, na atualidade, está recheado de gentalha desonesta nos principais poderes políticos, concretamente na Presidência da República e no governo. O efeito de descrédito nas instituições é maior que nunca. Cavaco Silva é useiro e vezeiro em ser ridículo no desempenho do cargo para que foi eleito. Além disso demonstrou mentir em certas circunstâncias, sendo a mais recente, atual e fácil de memorizar, quando afirmou que o BES merecia confiança. O que não era verdade. Já não merecia confiança alguma naquela hora e muitos meses antes. Além disso, Cavaco, veio a terreiro pretender desmentir o que tinha afirmado, independentemente dos registos áudio e vídeo existentes. Reforçou para os portugueses a convicção de que afinal também é um grande aldrabão.

Em catadupa muito superior existe o aldrabão-mor, Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, eleito devido às mentiras em campanha eleitoral. A reprise nesta nova fase de campanha eleitoral já está em movimento. As mentiras com os desmentidos tem sido sublime e de vómitos. Uma delas aborda o facto de afirmar que não convidou os portugueses a emigrarem. Uma descarada mentira.

Vários trabalhos jornalísticos já provaram que Passos Coelho continua na senda da mentira e mente quando desmente. Trazemos aqui um desses trabalhos. Propositadamente nada recente. Data de 2013. Trabalho de Ana Meireles, publicado no Diário de Notícias em Janeiro desse ano. A completar acompanhamos o texto com vários links que acedem a vídeos esclarecedores das palavras registadas e são suporte do trabalho da jornalista. Passos Coelho e outros seus pares no governo mentem quando desmentem que não formularam convites à emigração dos portugueses. Já sabíamos que da Presidência da República ao Governo o recheio de aldrabões excede a nossa imaginação mas nunca foi admitido pelos mais otimistas que fosse em tão grande quantidade e com total descaramento. Com gente assim, que não respeita os portugueses, é impossível merecerem alguma réstia respeito. Quem perde é Portugal e os portugueses, até que a dignidade das instituições e do país sejam repostas em níveis satisfatórios e naturais.

Redação PG

Como Passos e outros governantes apelaram à emigração

Ana Meireles – Diário de Notícias, 17 janeiro 2013

Passos Coelho disse hoje em Paris que "ninguém" no Governo "aconselhou os portugueses a emigrarem". Mas a verdade é que tanto o primeiro-ministro, como outros membros do seu Executivo já falaram no estrangeiro como uma forma de arranjar emprego.

Em dezembro de 2011, numa entrevista ao Correio da Manhã, Passos Coelho aconselhou a emigração aos professores desempregados. "Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa".


Alexandre Mestre, secretário de Estado da Juventude e Desporto

No dia 31 de outubro de 2011, Alexandre Mestre, secretário de Estado do Desporto, disse no Brasil que disse que os jovens portugueses desempregados, em vez de ficarem na "zona de conforto", poderiam emigrar, noticiou a Lusa. "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante à Lusa, acrescentando que o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".

A 6 de novembro, em entrevista dada ao Correio da Manhã, Alexandre Mestre desmentiu estas declarações, mas a Lusa manteve-as.

Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

A 16 de novembro de 2011, a oposição pediu a Relvas para comentar as declarações de Alexandre Mestre. A resposta foi esta:

"Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo", declarou.

"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante", prosseguiu Relvas.

Mas as intervenções de Miguel Relvas sobre a emigração continuaram.

Um chefe de governo em que o próprio e vários titulares fazem convites e elogios à emigração e que depois negam, são o quê? Que confiança merecem dos portugueses? (PG)

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