As
detenções começaram por volta das 15h de sábado e o paradeiro dos activistas é
ainda desconhecido.
Durante
a tarde de ontem, cerca de 20 activistas foram presos pela Polícia Nacional em Luanda. Entre os
detidos confirmados encontram-se Luaty Beirão, Manuel Nito Alves, Mbanza Hamza
e Nelson Dibango dos Santos.
Fontes
próximas revelaram que Luaty Beirão chegou à sua residência tranquilo mas já
algemado, o activista havia sido detido num outro local onde afirmou apenas
estar a conversar com amigos. A deslocação à residência do activista cumpria o
objectivo de apreensão de material informático e durou cerca de meia hora.
Afirmando ter um “mandado de apreensão”, sem no entanto nunca o apresentar, os
agentes confiscaram material fotográfico, discos externos e de memória e
computadores, no valor de cerca de USD 20 mil.
Foi
pedido pela família do activista o direito de solicitação de um advogado,
ignorado pelos cerca de dez agentes armados que se encontravam no local, três
deles vestidos à civil. Na residência encontravam-se a mulher de Luaty Beirão,
a filha de um ano e meio do casal e a empregada. Todo o aparato foi assistido
por várias pessoas que se encontravam na rua.
A
detenção aconteceu por volta das 16.15h de Sábado e o paradeiro dos activistas
é ainda desconhecido.
Em
Nota de Imprensa, o Serviço de Investigação Criminal do Ministério do Interior
tornou público que durante o dia, em “várias diligências nesta cidade de
Luanda”, foram levadas a cabo detenções em “flagrante delito de 13 (treze)
cidadãos nacionais, que se preparavam para realizar actos tendentes a alterar a
ordem e a segurança pública do país”, acrescentando ainda que “durante a
operação foram apreendidos uma série de meios de prova”.
O
Rede Angola não conseguiu contactar o Serviço de Investigação Criminal, não
existindo assim confirmação se a Nota de Imprensa que circula pelos órgãos de
comunicação social se refere às acções levadas a cabo pela polícia.
Rede
Angola
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