A
Direcção Política da FLEC/FAC, “requer a imediata prisão” do general Manuel
Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa
Militar da Presidência da República, e do general António José Maria “Zé Maria”
chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) das Forças Armadas
Angolanas (FAA), “por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos
em Cabinda durante os últimos cinco anos.”
Eis,
na íntegra, o comunicado da FLEC/FAC hoje enviado à nossa Redacção a partir de
Paris:
“Solicitamos
ao Tribunal Federal Penal de Bellinzona (Suíça) de emitir uma prisão
internacional, garantimos contra o general Manuel Hélder Vieira Dias Junior
“Kopelipa” a sua responsabilidade “como um co-autor ou autor indirecto” de
graves crimes cometidos em Cabinda incluindo os assassinatos de quatro
comandantes da FLEC/FAC: o Comandante, João Massanga “Homem da Guerra”,
comandante Maurício Lubota ‘De Sabata’, comandante João Alberto Gomes ‘Noite e
Dia’ e o general Gabriel Nhemba “Pirlampo”.
Deixar
António José Maria e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior em liberdade significa
aos olhos de Cabinda que a comunidade internacional, e particularmente Suíça,
trabalha em cumplicidade com os criminosos de guerra.
A
FLEC/FAC, sempre preferiu confiar na legitimidade internacional e o apoio da
comunidade internacional a respeito da demanda por seus legítimos direitos.
A
FLEC/FAC, solicita aos Estados Unidos de América, França, Alemanha, Bélgica,
Portugal, Brasil e Espanha para abrir um inquérito criminal preliminar para
averiguar o branqueamento de dinheiro e a investigação sobre os “ilícitos”
contra esses dois generais, António José Maria e Manuel Hélder Vieira Dias
Júnior.
Declaramos
que a detenção destes dois grandes criminosos do século XXI sem condições seria
a fonte de paz em Cabinda.
A sua prisão colocará um fim à escalada militar, que
actualmente é observada em
Cabinda. A questão de Cabinda não vai encontrar nenhuma
solução através da violência, mas sim pelo diálogo.
Esses
dois generais não funcionam para o interesse geral da nação, mas para seus
próprios interesses egoístas. E o Presidente José Eduardo Santos vai ter que
assumir as suas responsabilidades.”
Folha
8 (ao)
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