Nos
seus tempos à frente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais ‘criou’ inclusive um
verbo durante uma das campanhas: “isaltinar”.
Foi
com o cabelo grisalho e menos peso que Isaltino Morais abandonou a prisão,
depois de cumprir 14 meses de cadeia. Foi há pouco mais um ano que o ex-autarca
saiu em liberdade.
Agora , numa longa entrevista ao Diário Económico, o antigo
líder da autarquia de Oeiras fala sobre a vida na cadeia, sobre o que aprendeu
e, até, dos erros que considera ter cometido.
Sobre
se há um estigma à sua volta pelo facto de ter sido detido, Isaltino Morais
considera que “a estigmatização não está em nós, está nos outros”. Ainda assim,
o ex-autarca considera que a sua figura tem servido também para a conveniência
dos que apelida de justiceiros. “Fala-se em corrupção, é o Isaltino. É fácil.
Está à mão”, diz.
Sobre
o seu tempo detido, Isaltino adianta que lhe permitiu continuar a melhorar
enquanto pessoa, algo que atribui à sua “vertente maçónica: acredito na
melhoria das pessoas”.
Já
sobre o dia em que saiu da cadeia, confessa que foi uma “sensação estranha”.
“Os muros da prisão são muito espessos”, recorda, confessando que tinha pessoas
à sua espera e “realmente via sombras, mas não estava a identificar pessoas”.
Isaltino,
que lançou também um livro em que crítica a atuação da Justiça, admite ainda os
seus erros. Entre eles, o “ter depositado sobras de campanhas eleitorais na
Suíça. E não ter declarado ao Tribunal Constitucional”. Algo que, porém,
considera, merece censura “do ponto de visto ético”. Ainda assim, “isso não é
crime”, afirma.
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