A
onda de ataques à liberdade de expressão e aos direitos humanos em Angola,
assim como, as perseguições de opositores ao regime do MPLA, preocupam o
nacionalista angolano José Samuel Chiwale, cofundador da UNITA.
Em
entrevista à DW África, o ex-comandante militar e companheiro do líder
histórico da UNITA, Jonas Savimbi, considera a atual situação política,
económica e social ''uma traição e uma vergonha'' para aqueles que lutaram pela
libertação de Angola, e acusou a classe dirigente do país de ter encarnado os
“métodos repressivos e autoritários da ditadura colonial Salazarista”.
Figura
notável do maior partido da oposição em Angola, Samuel Chiwale, é um dos
generais mais respeitáveis do país que, no ano de 1966, ajudou a fundar o
movimento idealizado por Jonas Malheiro Savimbi: a União Nacional para
Independência Total de Angola - UNITA.
A sua participação na luta de libertação nacional começou muito antes da criação do movimento do Galo Negro, há 49 anos. Hoje, com 71 anos, o ex-comandante das FALA – as Forças Armadas de Libertação de Angola, o então braço armado da UNITA, fala sobre a situação política, económica e social do país, sobretudo da crescente onda de ataques à liberdade de expressão e aos direitos humanos.
A sua participação na luta de libertação nacional começou muito antes da criação do movimento do Galo Negro, há 49 anos. Hoje, com 71 anos, o ex-comandante das FALA – as Forças Armadas de Libertação de Angola, o então braço armado da UNITA, fala sobre a situação política, económica e social do país, sobretudo da crescente onda de ataques à liberdade de expressão e aos direitos humanos.
Uma
traição para quem lutou pela independência
Apegando-se
naquilo que foram as aspirações de liberdade alimentadas no seio dos
nacionalistas envolvidos na luta contra a opressão e pela independência, Samuel
Chiwale, diz-se revoltado, com o que está acontecer atualmente no país,
considerando ser ''uma traição e uma pouca-vergonha para aqueles que deram as
suas vidas para a libertação da pátria”.
Para
além de considerar “repugnante” a situação em que o país está mergulhado, o
ex-combatente na guerra pela independência de Angola, acusa o regime do Presidente
José Eduardo dos Santos e do MPLA, no poder desde a independência em 1975, de
ter “encarnado os métodos repressivos e autoritários da ditadura colonial
Salazarista”.
O general refere que “não lutaram para beneficiar um grupo pequeno de elementos” mas pela “distribuição equitativa da riqueza” e isso não está a acontecer, diz Chiwale.
O general refere que “não lutaram para beneficiar um grupo pequeno de elementos” mas pela “distribuição equitativa da riqueza” e isso não está a acontecer, diz Chiwale.
"Derrubar
o MPLA através do voto"
O nacionalista Samuel Chiwale, não deixou de falar sobre a detenção dos 15 jovens ativistas acusados de planearem um golpe de Estado, das perseguições contra opositores do regime, assim como, jornalistas independentes.
Contudo,
o general Samuel Chiwale, entende que os angolanos só têm uma saída para
inverter a situação atual: “derrubar o MPLA através do voto do povo angolano
nas eleições que se avizinham em 2017. Caso contrário, as lamentações irão
continuar”, conclui o general.
Nelson
Sul D´Angola (Benguela) – Deutsche Welle
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