segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Angola. GENERAL BENTO KANGAMBA DIZ QUE NUNCA FOI AO BRASIL - vídeo





Kangamba diz que nunca foi ao Brasil e revela que Ronaldinho Gaúcho exigiu casa com salão de festas para jogar em Angola 

Alberto Castro*, Londres

Bento Kangamba, general angolano envolvido em polêmicas de prostituição e tráfico de mulheres no Brasil, nega que alguma vez tenha visitado o país e revela que Ronaldinho Gaúcho não chegou a acordo para jogar em Angola por exigir ''casa com salão de festas''. 

Em entrevista na passada quinta feira (13) ao Platina Line, portal de entretenimento angolano, Bento Kangamba, político, general na reserva e empresário tido como uma das maiores fortunas de Angola, fala também da origem do seu dinheiro e nega ter enriquecido por se ter casado com uma sobrinha do presidente José dos Santos.

''Nunca fui ao Brasil, não sei como o Brasil é, nunca gostei de ir ao Brasil'', afirmou, salientando que foram os próprios brasileiros e brasileiras que o defenderam de tal acusação caluniosa. Recorde-se que em 2014 a justiça brasileira o ilibou de todas as acusações que sobre ele pesavam no processo que ficou conhecido como "operação garina", uma rede de prostituição triangular entre o Brasil, Angola e Portugal que alegadamente teria o político angolano como chefe.

Questionado sobre as razões que levaram a não contratação de Ronaldinho Gaúcho, Kangamba, que é dono de um do Kabuscorp de Palanca, um dos times do topo do futebol angolano, por onde passou o ex-jogador Rivaldo, indicou que o acordo não se efetivou por  ''exigências do próprio jogador que queria uma casa com salão de festas'' e ''outras coisas'' que, no entender do empresário, não justificam a contratação de um futebolista. Apontou também as atuais dificuldades de avultadas transações bancárias para a efetivação do negócio mas deixou uma porta entreaberta para um futuro acordo com o ex-internacional brasileiro.

Angola, como a generalidade de países petrodependentes, vive presentemente um um período de desaceleração da sua economia fortemente dependente do petróleo, em baixa no mercado internacional, o que tem dificultado o cumprimento atempado de compromissos internos e externos do país. Em consequência, têm-se agravando ainda mais as já de si deterioradas condições econômicas e sociais que colocam o governo de José dos Santos a braços com um crescente descontentamento popular contra sua governação acusada por vários setores da sociedade de favorecer, entre outros, a corrupção, o patrimonialismo e a cleptocracia.  

*Alberto Castro é correspondente de Afropress em Londres e colabora em Página Global

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