Afonso
Dhlakama mostra arrependimento por ter assinado o tratado de paz, em 1992, por
considerar que a FRELIMO "o enganou", disse esta tarde (20.08), numa
concentração de ex-guerrilheiros da RENAMO, em Quelimane.
O
líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama, diz ter
“sido enganado” pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) partido que
está atualmente no poder.
A conferência nacional dos desmobilizados de guerra da RENAMO, que está a ter lugar hoje e amanhã (21.08) na cidade de Quelimane, na Zambézia, conta com a participação de 206 membros do maior partido de oposição em Moçambique.
A conferência nacional dos desmobilizados de guerra da RENAMO, que está a ter lugar hoje e amanhã (21.08) na cidade de Quelimane, na Zambézia, conta com a participação de 206 membros do maior partido de oposição em Moçambique.
Dhlakama
começou o seu discurso a pedir desculpa por ter assinado o Acordo Geral de Paz,
em Roma, que pôs fim a 16 anos de guerra civil. O líder da RENAMO "pensava
que a FRELIMO estava convencida em aceitar a democracia” e nesse sentido
“fizemos o acordo e assinamos”, declara Dhlakama fazendo referência ao Acordo
de Paz em 1992.
Muitas
conversações que antecederam os ataques em Satungira, na província de Sofala,
foram realizadas, mas nenhuma delas produziu resultados concretos, disse
Dhlakama ao afirmar que "não está interessado em dialogar com Filipe
Nyusi", o atual Presidente da República.
"Não
haverá guerra armada"
Na
conferência dos desmobilizados de guerra, que termina na sexta-feira (21.08), o
tema principal é o mecanismo de governação pela RENAMO. Afonso Dlakama sublinha
que “não haverá guerra armada” em Moçambique, mas possíveis “atos de violência
poderão ocorrer caso a FRELIMO resista no que se refere à criação das regiões
autónomas” cuja proposta foi chumbada na Assembleia da República pela bancada
parlamentar e maioritária, da FRELIMO.
A
decisão sobre o destino do partido de Afonso Dhlakama e a Nação moçambicana
está agora entregue aos guerrilheiros da RENAMO, que prometem a todo custo
derrubar a governação da FRELIMO.
Marcelino
Mueia (Quelimane) – Deutsche Welle
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