segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Angola. POLÍCIAS ACUSADOS DE ESPANCAR UM HOMEM ATÉ À MORTE



Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe denuncia o caso e alega que os seis agentes envolvidos estão a ser libertados sem investigação.

Seis agentes da Polícia Nacional (PN) são acusados pelo Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe (MPLT) de terem espancado até à morte um homem no Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda Norte.

De acordo com um comunicado enviado ao Rede Angola, o caso remonta a 7 de Setembro, quando Cardoso Raimundo Nerengue, 25 anos, foi interpelado pela PN por estar alegadamente envolvido no garimpo ilegal de diamantes. Após algumas trocas de palavras, Nerengue terá sido agredido e levado para a Unidade Policial de Cafunfo, onde as agressões terão continuado, escreve o comunicado.

Nerengue acabou por não suportar a gravidade dos ferimentos, tendo morrido nas instalações.

A nota de imprensa do MPLT indica ainda que os seis membros da PN terão sido detidos, na mesma unidade policial, tendo vindo a ser libertados um a um sem que o caso tenha sido devidamente investigado e julgado, com a conivência do administrador-adjunto do município do Cuango, João Bernardo, de quem alguns dos agentes são supostamente familiares.

Recorde-se que o presidente do Movimento, José Mateus Zecamutchima, denunciou na semana passada, em declarações à RFI, o desaparecimento de 174 cidadãos das Lundas, entre 27 e 28 de Junho, durante uma operação de combate à emigração clandestina efectuada pela PN.

O Rede Angola tentou entrar em contacto com a PN mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

O MPLT publicou a foto de Cardoso Raimundo Nerengue depois de ter sido espancado, já sem vida.

Rede Angola

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