O
primeiro-ministro são-tomense defendeu hoje em São Tomé a necessidade de
reforçar a cooperação entre os países do Golfo da Guiné para "vencer a
pirataria e o roubo de petróleo" nos países da região.
Patrice
Trovoada, que falava aos jornalistas no regresso de Abuja, onde participou numa
reunião sobre a segurança no Golfo da Guiné, reconheceu que os atos de pirataria
na região têm diminuído, mas manifestou-se preocupado com o volume de petróleo
que tem sido roubado na Nigéria.
"Os
números apontam para cerca de 50 mil barris de petróleo roubados por dia na
Nigéria. Esse crude 'oil' sai da Nigéria camuflado para outros mercados e isso
implica outros tipos de medidas, outro tipo de controlo", disse.
Patrice
Trovoada defende, por isso, a necessidade de "operacionalizar a
cooperação" entre os estados membros do Golfo da Guiné.
"Eu
creio que é importante que haja encontros, debates, fóruns, troca de
informações, pois existe já um certo número de instrumentos e o que é preciso é
operacionalizar um pouco mais essa cooperação no golfo da Guiné", defendeu.
O
chefe do governo são-tomense diz que tornar mais operativa a cooperação
permitirá "vencer quer a pirataria, quer o roubo de crude 'oil', sobretudo
na Nigéria e para prevenir que não surja outras formas de conflitos ou de atos
de terrorismo perto de São Tomé e Príncipe".
Reconhece,
contudo que "os atos de pirataria têm baixado", que alguns focos têm
vindo "um pouco mais do lado do Togo, mas é verdade também que a qualquer
momento o nível de pirataria pode aumentar".
O
governante são-tomense garante que existem três instituições que colaboram a
nível africano para o combate a pirataria marítima e outros tipos de crimes,
nomeadamente a Comunidade dos Estados da África Central, a Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental, e a Comissão do golfo da Guiné são
suficientes, e "o que faz falta é maior coordenação e provavelmente um
pouco mais de vontade política de sermos pró-ativos".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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