Uma
comissão de inquérito criada pelo Parlamento da Guiné-Bissau quer ouvir o
Presidente do país, José Mário Vaz, disse à Lusa o porta-voz do grupo.
Os
deputados querem que o chefe de Estado fundamente as denúncias de ilegalidades
com que justificou a demissão do Governo de Domingos Simões Pereira, a 12 de
agosto.
A
comissão tinha inicialmente 30 dias para apresentar um relatório sobre o
assunto, mas a seu pedido, essa data foi prorrogada pelo Parlamento por mais 45
dias, ou seja, até dia 04 de novembro.
A
comissão integra oito deputados (três do PAIGC, dois do PRS e ainda os únicos
representantes parlamentares do PND, PCD e UM) e tem estado a ouvir os
ministros e secretários de Estado do Governo demitidos, sendo que a maioria foi
reintegrado no novo Executivo liderado por Carlos Correia.
Depois
de na segunda-feira ter sido ouvido o ministro da Economia e Finanças, Geraldo
Martins, hoje foi auscultado João Bernardo Vieira, secretário de Estado dos
Transportes e Comunicações.
A
ideia, agora, é ouvir o Presidente da República, na qualidade de autor da denúncia.
Hélder
Barros, o porta-voz da comissão de inquérito, diz fazer todo o sentido ouvir
José Mário Vaz para que preste os esclarecimentos e para que forneça
"elementos probatórios" das denúncias que fez.
"A
nosso ver, não basta ouvir uma parte e não ouvir o denunciante", defendeu
Hélder de Barros.
Para
já, a comissão aguarda pelo regresso ao país do líder do Parlamento, Cipriano
Cassamá, a quem vai pedir que enderece uma carta ao chefe de Estado, dentro das
normas protocolares, para que este se manifeste quanto à disponibilidade para
ser ouvido na Presidência da República.
A
comissão, presidida pelo antigo ministro dos Recursos Naturais, Higino Cardoso,
também admite vir a ouvir o ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário