segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Moçambique. NYUSI DIZ TER ESPERANÇA QUE DIÁLOGO POLÍTICO RETORNE EM BREVE



Nyusi disse isto em Maputo, durante um culto ecuménico realizado no espaço da Praça da Paz, na capital do país, evento organizado pelo Conselho Cristão de Moçambique, para manifestar a sua solidariedade e vontade absoluta de viver em paz, orando pela paz e pelo processo de consolidação de paz efectiva.

O Presidente trouxe uma novidade aos crentes e a todos que participaram do culto, bem como à sociedade, em geral, quando afirmou que, desta vez, o diálogo será estendido a mais moçambicanos, o que passa por incluir os partidos políticos, sociedade civil e a religião, porquanto vontade de todos de participar do mesmo.

O diálogo, que começou em Abril de 2013, e que ja estava na sua 114 ronda, vinha decorrendo apenas com duas partes, nomeadamente o governo e a Renamo.

Afonso Dhlakama, lider da Renamo, anunciou em finais de Agosto, durante um comício realizado no centro da cidade de Quelimane, capital da província central da Zambézia, a suspensão do diálogo político com o governo, que já se arrasta há mais de dois anos.

O mesmo surgiu a pedido da propria Renamo, com uma agenda elaborada por ela mesma.

Num breve discurso, Nyusi explicou que a sua esperança deve-se aos últimos desenvolvimentos decorrentes dos contactos que tem vindo a manter com as diversas esferas sociais, há duas semanas, visando criar condições para que o diálogo seja efectivamente realizado.

Dos últimos desenvolvimentos que temos tido, temos a esperança de que dentro de muito pouco tempo voltaremos a falar. Por isso, queremos agradecer esta iniciativa, esta vontade que aqui é demonstrada e a presença ao mais alto nível das individualidades do país juntamente com o povo a darem o seu sinal e a manifestarem-se pela paz para os moçambicanos, disse Nyusi.

O estadista mocambicano destacou a necessidade do diálogo para a paz, porque está consciente que a guerra destrói infra-estruturas, incluindo estradas, casas, hospitais, e mata pessoas e animais, tal como a guerra de desestabilização que matou cerca de um milhão de moçambicanos e mutilou perto de cinco mil.

Todavia, durante estes 23 anos, os moçambicanos conseguiram recuperar boa parte dessas infra-estruturas e criar outras.

Participaram do culto ecuménico diversas individualidades, incluindo os dois antigos estadistas moçambicanos, Armando Guebuza e Joaquim Chissano.

(AIM) Anacleto Mercedes (ALM)/FF

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