domingo, 18 de outubro de 2015

Pinto da Costa: Obiang é um irmão, um militante da luta de libertação nacional



São Tomé e Príncipe

A visita oficial do Presidente da Guiné Equatorial, é considerada por Pinto da Costa como um convívio entre irmãos. Um irmão verdadeiro, acrescentou o Chefe de Estado são-tomense, que recordou as acções de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo , durante o período da luta pela libertação de São Tomé e Príncipe.

Por isso o considerou como um militante da luta pela libertação nacional. «Em 1972 quando se criou o MLSTP na Guiné equatorial, o Presidente Obiang estava lá. Depois disso a partir de 1972, ele tinha a missão de defender os líderes de libertação. Em 1973 houve o assassinato de Amilcar Cabral, com a mão da PIDE Portuguesa, e teve que se tomar medidas severas para proteger os dirigentes, e o Presidente Obiang liderou a comissão que tinha a missão de proteger os dirigentes são-tomenses que estavam na Guiné Equatorial», relatou Pinto da Costa.

Os dois irmãos que se reuniram na manhã de domingo no Palácio do Povo, fizeram uma vasta análise da situação dos dois países, mas também do continente africano.

O Presidente da Guiné Equatorial, recordou que não vinha a São Tomé há cerca de 3 anos, mas que o seu homólogo regularmente o visitou na Guiné Equatorial. Segundo Obiang, actualmente o continente africano se confronta com graves problemas económicos imposto, «pelos donos do mundo e da economia mundial».

Daí que os dois chefes de Estado analisaram o cenário e estudam a melhor forma de se posicionarem em relação ao momento actual.

Em termos das relações bilaterais, o Presidente de São Tomé e Príncipe, prosseguiu realçando os aspectos históricos e de consanguinidade. «São relações muito estreitas que vêm do passado. Guiné foi colónia portuguesa durante 300 anos. Por isso deixou raízes. Muitos são-tomenses iam a Fernando Pó. Há sangue cruzado de tal forma que temos que aproveitar esta ocasião para melhor estreitar as nossas relações», frisou.

Os dois países são membros da CEAC, da Comissão do Golfo da Guiné, e da CPLP a comunidade lusófona. Aspecto que segundo Pinto da Costa, reforça a parceria bilateral em benefício da região africana e da CPLP.

Guiné Equatorial integra também o grupo dos países africanos de expressão portuguesa, os PALOP.

Abel Veiga – Téla Nón

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