Discurso
da passada quinta-feira de Cavaco Silva continua a ser alvo de críticas.
O
socialista João Galamba considera que o Presidente da República tomou uma
decisão “inteiramente legítima” ao indigitar Passos Coelho. Mas tudo o que se
seguiu o no seu discurso da passada quinta mostra que “Cavaco Silva é a negação
de um institucionalista e não se comporta como um Presidente”.
Na
perspetiva de João Galamba, Cavaco Silva “decidiu comportar-se como líder de
fação”, sendo que “ao Parlamento cabe apenas escolher o modo como o governo que
já escolheu deve governar”.
“Se
for isto que tem na cabeça, então estamos perante uma chantagem inaceitável
sobre o Parlamento”, escreve o socialista no artigo que assina esta
segunda-feira no Diário Económico, onde Cavaco Silva é acusado de, com o seu
discurso, afastar partidos das decisões com base nas suas preferências.
“Se
a participação do Bloco, PCP e PEV subverte a democracia, então resta à
democracia ilegalizar esses partidos”, ironiza João Galamba, acrescentando que
o que não se pode é “fingir que esses partidos são legítimos e, depois, na
prática, agir como se se passasse o oposto”.
Escreve
ainda João Galamba que não há compromissos internacionais em acordo e que, caso
Cavaco Silva se insistir em não perceber isto”, recusando liminarmente uma
solução governativa à Esquerda, “ficará na história como o primeiro Presidente
da República Portuguesa que se pôs à margem da lei”.
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