A
deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, comentou esta manhã a venda do
Banif ao Santander Totta por um valor de 150 milhões de euros.
"Desde
que surgiram os primeiros problemas do Banif, o Bloco de Esquerda esteve
sempre contra a injeção de dinheiros públicos e defendeu como prioridades
a proteção do dinheiro dos depositantes, a rede dos bancos
nas regiões autónomas e as poupanças dos emigrantes", garante a
deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.
Para
a bloquista, "os ativos bons do Banif deveriam ter sido
agregados e mantidos num controlo público. Os ativos tóxicos deveriam ter sido
concentrados num banco mau, em vez de ser uma nova condenação sobre os
contribuintes, os custos desta operação deveriam em primeiro lugar ser
assumidos pelos acionistas e pelos grandes financiadores
do Banif".
Esta
é uma operação que poderá ter um custo elevado para os contribuintes. Sendo que
o Fundo de Resolução vai investir 489 milhões de euros e o Estado vai contribuir
com 1.766 milhões, o que perfaz uma injeção de capital de pelo menos 2.255
milhões de euros.
"Enquanto
o governo da Direita com a colaboração ativa das instituições europeias se
preocupava unicamente em encenar a famosa saída limpa, a real situação
do Banif era ocultada até se tornar insustentável",
afirma.
"Há
responsabilidades que são óbvias. Com a sua negligência Passos e Portas
agravaram radicalmente as perdas para os contribuintes, decidindo nada fazer e
ocultar o problema para depois das eleições. Cometeram um crime contra os
interesses do Estado e do país", frisa, apontando o dedo a "Passos e
Portas, os responsáveis por um ato criminoso contra os interesses financeiros
do país com a sua negligência, em nome de um puro interesse eleitoralista e
política".
A
bloquista não deixa de apontar a atuação do governador do Banco de Portugal,
Carlos Costa. "O Banco de Portugal não esteve à altura das suas funções.
Consideramos que Carlos Costa não tem as mínimas condições
para se manter na sua posição", indica.
"Tomaremos
a iniciativa de propor uma comissão parlamentar de inquérito à gestão
do Banif. O Bloco está ainda preocupado com as consequências da
decisão do PS, que não só implica despedimentos como um prejuízo imposto aos
contribuintes", adianta, assegurando que "os contribuintes não podem
continuar a ser a garantia que na banca privada a má gestão é um crime que
compensa".
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