É
lamentável que o Brasil fique refém de um presidente da Câmara dos Deputados
que esconde contas em Banco suíço e é acusado de receber propinas em negócios
escusos de propinas da Petrobras.
Mário
Augusto Jakobskind, do Rio de Janeiro – Correio do Brasil
Ninguém
entende como Cunha pode continuar na presidência da Câmara dos Deputados
É
lamentável que o Brasil fique refém de um presidente da Câmara dos Deputados
que esconde contas em Banco suíço e é acusado de receber propinas em negócios
escusos de propinas da Petrobras. Eduardo Cunha, chantagista e psicopata, na
opinião do opositor ao governo federal, Jarbas Vasconcelos, já deveria ter sido
excluído do mundo político há tempos.
Não
é de hoje que se sabe que Cunha é trapaceiro e vive de expedientes espúrios,
tendo inclusive sido acusado de corrupção há tempos. Ao se valer de advogados com
estratégias para evitar sua condenação, como aconteceu no escândalo de
corrupção da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (CEHAB-RJ), cujo
processo acabou sendo anulado por decurso de prazo, Cunha tem conseguido
prosseguir sua vida política, que pode estar nos estertores.
Agora
está na bola sete na Comissão de Ética da Câmara, onde se tudo correr sem
pressões dos aliados de Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados vai ter o
mandato abreviado. Será uma medida de limpeza, porque a Câmara não resiste mais
às investidas vingativas do parlamentar.
Mentiroso
contumaz, ao se na vingar do governo, porque o PT decidiu não livrar a cara do
meliante na Comissão de Ética, Cunha decidiu aceitar levar adiante o processo
de impeachment, que está paralisando o país.
Cunha
recebeu de pronto o apoio de figuras políticas como o Senador Aécio Neves e
outros do gênero. Na mídia de mercado, logo depois do anúncio da aceitação do
andamento do impeachment, alguns espaços midiáticos procuraram de todas as
formas justificar a ação do presidente da Câmara dos Deputados.
Vale
aqui citar a Globo News, que convocou seus analistas de plantão, entre os quais
o imortal Merval Pereira, que não escondiam a vibração pela iniciativa aventada
pela direita pelo menos desde o início do ano.
Aécio
Neves e os seus correligionários, como se sabe, até hoje não engoliram a
derrota eleitoral no segundo turno presidencial do ano passado. Até bem pouco
tempo, a patota do PSDB e do DEM, para não falar do PPS e outros menos votados
andavam de braços dados com o meliante.
Como
as denúncias contra o presidente da Câmara se avolumaram, de repente, não mais
do que de repente, a patota oposicionista inconformada com a derrota eleitoral
resolveu se desvencilhar do parlamentar que agora é sinônimo de sujeira.
O
procedimento da oposição de direita segue tão somente a tradição histórica do
golpismo. É tão clara a estratégia que nem vale a pena insistir no tema.
Têm fortes aliados na mídia de mercado, que tenta enganar corações e mentes
manipulando a informação.
Pode-se
não concordar com o governo Dilma Rousseff, é um direito que assiste a qualquer
um, mas o que não se pode aceitar é que um meliante como Eduardo Cunha procede
da forma que procedeu.
Não
tem sentido tentar afastar um Presidente por não concordar com aspectos de sua
política. O tal radical Merval Pereira em suas análises, junto com outros do
esquema Globo, dá a entender que a não concordância pode derivar em
impeachment.
Este
gente repete 54 e 64, quando da tentativa de golpe contra Getúlio Vargas,
abortado devido à resposta do Presidente a 24 de agosto, e a derrubada do
Presidente constitucional Jango Goulart, basicamente por ele tentar incrementar
as reformas de base que fariam com que o Brasil desse um salto adiante e não
privilegiasse o capital, como passou a acontecer com a vitória dos golpistas de
64 apoiados pelo Departamento de Estado norte-americano.
Vale
mencionar que parlamentares como Chico Alencar, do PSOL, por exemplo, opositor
– pela esquerda – ao governo Dilma foi um dos primeiros a se pronunciar contra
o impeachment levado adiante por Cunha, por entender claramente que o meliante
só fez isso por vingança.
O
mais lamentável ainda é, vale sempre repetir, que por uma ação de vingança de
um meliante o país pare. O Brasil merecia coisa melhor e não cair em armadilhas
de um desclassificado como Eduardo Cunha.
Mário
Augusto Jakobskind, jornalista e escritor, correspondente do jornal
uruguaio Brecha; membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (TvBrasil).
Consultor de História do IDEA Programa de TV trasnmitido pelo Canal
Universitário de Niterói, Sede UFF – Universidade Federal Fluminense Seus
livros mais recentes: Líbia – Barrados na Fronteira; Cuba, Apesar do Bloqueio e
Parla , lançado no Rio de Janeiro.
Direto
da Redação é um fórum de debates editado pelo jornalista Rui
Martins.
Na foto: Eduardo Cunha
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