Polícia
local informou que o Estado Islâmico já reivindicou o atentado, avança a Al
Jazeera. Sete explosões e tiroteios mataram, pelo menos, sete pessoas no centro
da capital da Indonésia.
O
Estado Islâmico reivindicou o atentado que matou pelo menos sete pessoas depois
de sete explosões e tiroteios no centro de Jakarta, na Indonésia, conta a Al Jazeera. O chefe da polícia de Jakarta,
Tito Karnavian, confirmou que o EI está “definitivamente” por trás do episódio
desta manhã na capital do país. A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo.
A
contagem de vítimas e feridos ainda não está fechada. As explosões terão
acontecido num raio de 50 metros. A Al Jazeera informa que umposto
de trânsito da polícia foi destruído por uma granada. A polícia
anunciou que controlava a área das explosões por volta das 8h30 (hora de
Lisboa).
A
primeira explosão ocorreu às 10h30 locais (3h30 em Lisboa), entre as ruas
Thamrin Road e Wahid Haysim Street, na Baixa da capital indonésia, conta o Guardian. Testemunhas citadas nos meios de
comunicação social locais referem-se a pelo menos sete explosões, próximo do
centro comercial Sarinah e de um Starbucks, com relatos de tiroteio entre a
polícia e um grupo de pessoas ainda não identificado e de número não conhecido.
Outras fontes referem que o ataque poderá ter sido levado a cabo por 14 homens.
“Este
foi um ato de terrorismo”, disse o presidente indonésio, em Java Ocidental, em
declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões indonésias. “Recebi já
informações sobre as explosões na rua Thamrin, em Jacarta. Expresso as minhas
condolências às vítimas e condenamos o ataque que causou receios na sociedade”,
disse Joko “Jokowi” Widodo aos jornalistas indonésios.
O
Guardian informa ainda que foram mobilizados tanques para as ruas de Jakarta,
para responder a um ataque levado por homens munidos de armas de fogo e
granadas, que se faziam transportar, alguns deles, de mota. Há também relatos
de que seis homens se terão barricado no edifício Skyline, na rua Thamrin. Os media locais
dão conta de explosões perto das embaixadas da Turquia e Paquistão e do
edifício das Nações Unidas.
O
embaixador português na Indonésia, Joaquim Moreira de Lemos, disse já esta
manhã à TSF que não há portugueses afetados. “Pedimos que tentassem manter-se
em casa e não frequentar zonas de centros comerciais, que inclusivamente,
alguns deles, até foram fechados; evitar zonas de risco, aquelas mais
frequentadas. A nossa comunidade não é muito grande, estamos em contacto
permanente com eles. Não há, para já, nada a relacionar com a comunidade
portuguesa. Não recebi nenhum pedido de ajuda”, esclareceu.
Moreira
de Lemos admitiu ainda que foi pedido um reforço de segurança na embaixada
portuguesa, no entanto não sabe se por lá permanecerá ou se encerrarão o
serviço mais cedo. “Os jornais diziam que houve um reforço nas ruas, mas não se
nota a presença policial nas ruas, como na Europa. Não havia nenhuma ameaça
iminente. O risco era um risco global, a que estão sujeitos os outros países do
mundo.”
Em
dezembro, lembra o diário inglês, a Indonésia esteve em alerta máximo para um
ataque terrorista, algo que resultou na detenção de nove suspeitos por alegadas
ligações ao Estado Islâmico. Os serviços secretos dizem ainda não ser possível
ligar os ataques desta quinta-feira ao grupo radical.
“Acreditamos
que já não há terroristas perto de Sarinah. Já tomámos controlo [da área]”,
disse Muhammad Iqbal, o porta-voz da polícia de Jakarta. Falta saber se ainda
existe uma caça ao homem e a confirmação de quem está por trás deste ataque.
O
episódio desta quinta-feira é o mais grave desde o atentado de 2009, quando
dois hotéis da Indonésia foram bombardeados, matando sete pessoas e ferindo mais
de 50, informa a Associated Press. Em 2002, um ataque bombista numa discoteca
num resort de Bali matou 202 pessoas, a maioria de nacionalidade
estrangeira.
Nota
de correção: O Observador tem citado alguns jornais internacionais,
nomeadamente a Al Jazeera, que tem obtido informações junto da polícia. Numa
certa altura, a Al Jazeera referiu 17 mortos, mas alteraria depois para sete. O
Observador citou e errou. Última atualização às 12h02.
Hugo
Tavaraes da Silva – Observador - AFP/Getty Images
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