Conseguir
a renovação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) de Macau está a ser
cada vez mais complicado, nomeadamente para os cidadãos portugueses, diz Amélia
António e corroboram os Conselheiros das Comunidades Portuguesas. Um pedido de
intervenção junto das autoridades locais deu entrada no Consulado de Portugal.
O cônsul, Vítor Sereno, já garantiu que o assunto seria levado até ao
secretário para a Segurança, Wong Sio Chak.
O
pedido de intervenção partiu do Conselho das Comunidades Portuguesas do Círculo
China/RAEM/RAEHK, numa carta assinada pelo conselheiro Armando de Jesus, que
relata o calvário com que se têm defrontado alguns dos cidadãos de Portugal que
residem em Macau, quando chega a altura de renovarem as suas autorizações de
residência. “Recentemente, as autoridades de Imigração, para além da exagerada
demora [para dar resposta aos pedidos], têm estado a exigir comprovativos de
movimentos bancários relativos a salários superiores a 25 mil patacas, situação
que consideramos extremamente exagerada”, pode ler-se na missiva endereçada ao
cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
Na
missiva, o conselheiro adianta que tem recebido “muitos pedidos de informações
e de apoio” de portugueses apanhados nessa teia burocrática quando tentam
renovar documentos de identificação, e deixa o apelo ao representante
diplomático da República Portuguesa para endereçar os factos às autoridades
locais no sentido de “ajudar a proceder de uma forma mais expedita os pedidos
de autorização de permanência e acabar de vez com a exigência de movimentos
bancários e salários exagerados aquando da análise dos pedidos”.
Cônsul
conta com abertura do secretário para a Segurança
Contactado
pelo PONTO FINAL, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong garantiu que
não iria deixar de abordar o assunto no seu próximo encontro com o secretário
para a Segurança, Wong Sio Chak, com quem afirma ter mantido sempre uma “boa
relação”. “Este será seguramente um dos assuntos a ser colocados no próximo
encontro”, afirmou.
Sem
querer comentar em pormenor a situação, o cônsul garantiu, no entanto, que a
carta enviada pelo Conselho das Comunidades lhe havia merecido “a melhor
atenção”, e que estava a contar com a “abertura” do Governo para resolver o
problema. “Tenho mantido contactos regulares com o Gabinete do Senhor
Secretário de Segurança, fazendo avaliações periódicas sobre tudo o que diz
respeito à comunidade portuguesa. Temos tido do mesmo a maior abertura e
simpatia para a resolução dos nossos problemas”, sublinha.
Ponto
Final
Sem comentários:
Enviar um comentário