terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Macau. SERVIÇOS DE IMIGRAÇÃO DIFICULTAM A VIDA AOS PORTUGUESES


Conseguir a renovação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) de Macau está a ser cada vez mais complicado, nomeadamente para os cidadãos portugueses, diz Amélia António e corroboram os Conselheiros das Comunidades Portuguesas. Um pedido de intervenção junto das autoridades locais deu entrada no Consulado de Portugal. O cônsul, Vítor Sereno, já garantiu que o assunto seria levado até ao secretário para a Segurança, Wong Sio Chak.

O pedido de intervenção partiu do Conselho das Comunidades Portuguesas do Círculo China/RAEM/RAEHK, numa carta assinada pelo conselheiro Armando de Jesus, que relata o calvário com que se têm defrontado alguns dos cidadãos de Portugal que residem em Macau, quando chega a altura de renovarem as suas autorizações de residência. “Recentemente, as autoridades de Imigração, para além da exagerada demora [para dar resposta aos pedidos], têm estado a exigir comprovativos de movimentos bancários relativos a salários superiores a 25 mil patacas, situação que consideramos extremamente exagerada”, pode ler-se na missiva endereçada ao cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.

Na missiva, o conselheiro adianta que tem recebido “muitos pedidos de informações e de apoio” de portugueses apanhados nessa teia burocrática quando tentam renovar documentos de identificação, e deixa o apelo ao representante diplomático da República Portuguesa para endereçar os factos às autoridades locais no sentido de “ajudar a proceder de uma forma mais expedita os pedidos de autorização de permanência e acabar de vez com a exigência de movimentos bancários e salários exagerados aquando da análise dos pedidos”.

Cônsul conta com abertura do secretário para a Segurança

Contactado pelo PONTO FINAL, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong garantiu que não iria deixar de abordar o assunto no seu próximo encontro com o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, com quem afirma ter mantido sempre uma “boa relação”. “Este será seguramente um dos assuntos a ser colocados no próximo encontro”, afirmou.

Sem querer comentar em pormenor a situação, o cônsul garantiu, no entanto, que a carta enviada pelo Conselho das Comunidades lhe havia merecido “a melhor atenção”, e que estava a contar com a “abertura” do Governo para resolver o problema. “Tenho mantido contactos regulares com o Gabinete do Senhor Secretário de Segurança, fazendo avaliações periódicas sobre tudo o que diz respeito à comunidade portuguesa. Temos tido do mesmo a maior abertura e simpatia para a resolução dos nossos problemas”, sublinha.

Ponto Final

Sem comentários:

Mais lidas da semana