As
autoridades chinesas confirmaram às de Hong Kong que Lee Bo, o livreiro desta
região desaparecido no final de dezembro, se encontra na China, anunciou a
polícia da ex-colónia britânica em comunicado.
A
polícia de Hong Kong recebeu uma carta do Gabinete de Ligação da Interpol do
Departamento de Segurança Pública da província de Guangdong, que faz fronteira
com a antiga colónia britânica, afirmando que "tem conhecimento de que Lee
Bo se encontra no país".
A
informação que chegou às autoridades de Hong Kong inclui uma carta escrita à
mão por Bo, semelhante à recebida pela sua mulher no domingo, em que o livreiro
confirmava que se encontrava na China.
Através
de um comunicado dado a conhecer perto da meia-noite de segunda-feira, a
polícia de Hong Kong pediu às autoridades chinesas para se encontrar com Bo, de
modo a esclarecer as circunstâncias do seu desaparecimento e a sua atual
localização na China, já que os serviços de migração não têm qualquer registo
de que tenha atravessado qualquer posto fronteiriço.
Bo,
residente de Hong Kong e com passaporte britânico, é o segundo dos cinco
responsáveis da livraria Causeway Bay Books e da editora Mighty Current, com
sede em Hong Kong, que vende e publica obras críticas ao regime comunista
chinês, desaparecidos em circunstâncias misteriosas, que se confirma estar na
China.
A
informação sobre a localização de Bo chegou 24 horas depois de a emissora de
televisão estatal chinesa CCTV emitir um vídeo de Minhai Gui, de Hong Kong e
com passaporte sueco, o primeiro dos cinco livreiros a ser dado como
desaparecido, em que este relata que se entregou às autoridades da China no ano
passado devido a um crime que cometeu em 2004.
Familiares
e amigos de Gui, bem como organizações e publicações na Internet mostraram
ceticismo em relação a esta gravação.
ISG
// MP - Lusa
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