terça-feira, 19 de janeiro de 2016

China confirma que o último livreiro desaparecido em Hong Kong está no país


As autoridades chinesas confirmaram às de Hong Kong que Lee Bo, o livreiro desta região desaparecido no final de dezembro, se encontra na China, anunciou a polícia da ex-colónia britânica em comunicado.

A polícia de Hong Kong recebeu uma carta do Gabinete de Ligação da Interpol do Departamento de Segurança Pública da província de Guangdong, que faz fronteira com a antiga colónia britânica, afirmando que "tem conhecimento de que Lee Bo se encontra no país".

A informação que chegou às autoridades de Hong Kong inclui uma carta escrita à mão por Bo, semelhante à recebida pela sua mulher no domingo, em que o livreiro confirmava que se encontrava na China.

Através de um comunicado dado a conhecer perto da meia-noite de segunda-feira, a polícia de Hong Kong pediu às autoridades chinesas para se encontrar com Bo, de modo a esclarecer as circunstâncias do seu desaparecimento e a sua atual localização na China, já que os serviços de migração não têm qualquer registo de que tenha atravessado qualquer posto fronteiriço.

Bo, residente de Hong Kong e com passaporte britânico, é o segundo dos cinco responsáveis da livraria Causeway Bay Books e da editora Mighty Current, com sede em Hong Kong, que vende e publica obras críticas ao regime comunista chinês, desaparecidos em circunstâncias misteriosas, que se confirma estar na China.

A informação sobre a localização de Bo chegou 24 horas depois de a emissora de televisão estatal chinesa CCTV emitir um vídeo de Minhai Gui, de Hong Kong e com passaporte sueco, o primeiro dos cinco livreiros a ser dado como desaparecido, em que este relata que se entregou às autoridades da China no ano passado devido a um crime que cometeu em 2004.

Familiares e amigos de Gui, bem como organizações e publicações na Internet mostraram ceticismo em relação a esta gravação.

ISG // MP - Lusa

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