Deputados
das duas principais bancadas no Parlamento da Guiné-Bissau, PAIGC e PRS,
permanecem divididos sobre uma data (12 ou 18.01) para a reapreciação do
Programa do Governo, do primeiro-ministro, Carlos Correia.
A
tão aguardada sessão parlamentar desta sexta-feira (08.01), na qual os deputados
deveriam definir uma data para a reapreciação do Programa do Governo, acabou
por durar pouco mais de cinco minutos.
Em substituição do presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP), que se ausentou por motivos de saúde, Inácio Correia, deputado do PAIGC e 1º vice-presidente da ANP, abriu e encerrou minutos depois a sessão alegando falta de consenso entre os dois partidos com maior número de deputados no parlamento, o PAIGC e PRS.
O PRS quer que o Programa do Governo seja discutido no dia 12 deste mês e o PAIGC, defende o dia 18.
Em substituição do presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP), que se ausentou por motivos de saúde, Inácio Correia, deputado do PAIGC e 1º vice-presidente da ANP, abriu e encerrou minutos depois a sessão alegando falta de consenso entre os dois partidos com maior número de deputados no parlamento, o PAIGC e PRS.
O PRS quer que o Programa do Governo seja discutido no dia 12 deste mês e o PAIGC, defende o dia 18.
“Estão
a fazer tudo para que o Parlamento seja dissolvido”
A
decisão provocou uma onda de protestos por parte da bancada parlamentar dos
renovadores que acusa o PAIGC, maior partido no Parlamento, de pretender forçar
o Presidente da República a dissolver a ANP, como disse a DW-África o líder do
grupo parlamentar do PRS, Certório Biote. “Estão a fazer tudo para que o
Parlamento seja dissolvido, mas pensamos que isso está longe do que estamos a
debater. Estamos a fazer política e portanto vamos enfrentar com calma esta
situação”.
Certório
Biote acrescentou que o presidente em exercício da mesa da ANP está a funcionar
a reboque da liderança do seu partido, o PAIGC, deixando do lado a agenda dos
deputados.
Antes mesmo de encerrar os trabalhos, Inácio Correia alertou os deputados que o país está a caminhar para um beco sem saída, pelo que, a probabilidade da dissolução do Parlamento seja cada vez maior. “Com este impasse que gera um clima de instabilidade não há duvidas que o Parlamento poderá ser dissolvido pelo Presidente da República. Devemos assumir as nossas responsabilidades”.
Antes mesmo de encerrar os trabalhos, Inácio Correia alertou os deputados que o país está a caminhar para um beco sem saída, pelo que, a probabilidade da dissolução do Parlamento seja cada vez maior. “Com este impasse que gera um clima de instabilidade não há duvidas que o Parlamento poderá ser dissolvido pelo Presidente da República. Devemos assumir as nossas responsabilidades”.
Deputados
recusaram abandonar as instalações da ANP
Os
deputados do PRS e os 15 do PAIGC que estão de costas voltadas com a direção do
partido, recusaram abandonar a sala. Sómente deixaram as instalações quando
foram desligados os microfones e a corrente eléctrica.
Braima
Camará, um dos contestatários da atual liderança do PAIGC e Conselheiro do
Presidente da República, disse que permaneceram na sala porque a decisão do
presidente da mesa é ilegal. “Em democracia o que acaba de acontecer é
simplesmente inadmissível. Se cumprirmos escrupulosamente o regimento da ANP
vamos ver que o que aconteceu agora não é da competência do presidente em
exercício da casa parlamentar”.
PRS pronto para assumir a condução dos trabalhos
PRS pronto para assumir a condução dos trabalhos
O
líder da bancada de PRS, afirmou que se a mesma situação acontecer na próxima
segunda-feira (11.01) o seu partido assumirá a presidência da mesa da ANP e
prosseguirá com a ordem do dia. “Se alguém não quer dirigir os trabalhos
estamos prontos para assumir a direção dos trabalhos”.
Na
sessão desta sexta-feira não esteve presente o líder da bancada parlamentar do
PAIGC, Califa Seide, enquanto Florentino Mendes Pereira, Secretário Nacional do
PRS, considerou de “um ato triste” o que aconteceu no Parlamento.
“Tudo
isto é muito triste e não tem nada a ver com a democracia. Trata-se de um
desrespeito total para com as leis que existem na República da Guiné-Bissau.
Não podemos aceitar que os partidos que reclamam a legalidade ao mesmo tempo
estejam a atropelar as leis”.
Os
deputados voltam a reunir-se na manhã da próxima segunda-feira (11.01).
Braima
Darame (Bissau) – Deutsche Welle
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