“As
coisas vão mal” na Administração Pública, que precisa de “novo fôlego”.
António
Correia de Campos é autor de um artigo de opinião publicado esta terça-feira no Ação
Socialista Digital.
No
entender do antigo ministro, “foi necessário passar quase cinco anos de
maus-tratos para se mudar a perceção geral” sobre a administração pública, que
passou “de monstro a vítima”.
“A
administração está longe de ter um peso excessivo na economia”, vaticina o
jurista, dizendo que “as coisas vão mal” não por culpa dos trabalhadores mas
dos governos. Todavia, acrescenta, “competência profissional e sentido de
interesse público, derradeiros valores republicanos, parecem ter sobrevivido ao
Passismo”.
Neste
sentido, as críticas estendem-se à CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção
para a Administração Pública), que diz ser “manhosa, por ter sido mal estudada,
executada às três pancadas, com capa de imparcialidade”.
“Existem
dezenas e centenas de dirigentes qualificados que ficam sempre nas listas
curtas, desalojados das escolhas que mereciam, apenas pelo facto de as
nomeações em regime de substituição constituírem critério à frente de tudo,
conferindo experiência de chefia que só os já escolhidos pelo canal partidário
podem exibir”, insurge-se.
O
“assunto dos dirigentes” – a seu ver indevidamente nomeados – é, portanto, um
problema que terá de ser encarado. Porque, “para bom serviço público, a
Administração Pública carece de novo fôlego e os seus serventes de melhor
sorte”.
Goreti
Pera – Notícias ao Minuto
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