quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Portugal. Correia de Campos e as farpas a nomeações do governo de Passos Coelho



“As coisas vão mal” na Administração Pública, que precisa de “novo fôlego”.

António Correia de Campos é autor de um artigo de opinião publicado esta terça-feira no Ação Socialista Digital.

No entender do antigo ministro, “foi necessário passar quase cinco anos de maus-tratos para se mudar a perceção geral” sobre a administração pública, que passou “de monstro a vítima”.

“A administração está longe de ter um peso excessivo na economia”, vaticina o jurista, dizendo que “as coisas vão mal” não por culpa dos trabalhadores mas dos governos. Todavia, acrescenta, “competência profissional e sentido de interesse público, derradeiros valores republicanos, parecem ter sobrevivido ao Passismo”.

Neste sentido, as críticas estendem-se à CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), que diz ser “manhosa, por ter sido mal estudada, executada às três pancadas, com capa de imparcialidade”.

“Existem dezenas e centenas de dirigentes qualificados que ficam sempre nas listas curtas, desalojados das escolhas que mereciam, apenas pelo facto de as nomeações em regime de substituição constituírem critério à frente de tudo, conferindo experiência de chefia que só os já escolhidos pelo canal partidário podem exibir”, insurge-se.

O “assunto dos dirigentes” – a seu ver indevidamente nomeados – é, portanto, um problema que terá de ser encarado. Porque, “para bom serviço público, a Administração Pública carece de novo fôlego e os seus serventes de melhor sorte”.

Goreti Pera – Notícias ao Minuto

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