sábado, 13 de fevereiro de 2016

TEMPO INCLEMENTE. PORTUGAL SUBMERSO



Autoridade Marítima pede às pessoas que se afastem da linha da costa

A agitação marítima fechou já sete barras marítimas no continente, sendo esperada ondulação que pode atingir os 12 metros, o que levou hoje a Autoridade Marítima Nacional a pedir que as pessoas se afastem da linha da costa.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN) referiu que há um aviso de mau tempo para toda a costa ocidental e que neste momento há sete barras marítimas fechadas a toda a navegação - Caminha, Esposende, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Figueira da Foz e Douro.

"A barra de Aveiro está condicionada e tudo isso é fruto da forte agitação marítima que neste momento se está a sentir", apontou Paulo Vicente.

De acordo com o responsável, a ondulação está neste momento com cinco a seis metros de altura, sendo expectável que a situação piore nas próximas 24 horas e a ondulação atinja os 12 metros a partir da manhã de domingo e até ao final da tarde.

Dadas as condições do mar e o agravamento que se espera do estado do tempo, Paulo Vicente pede a que todos aqueles que têm no mar a sua atividade profissional ou de recreio uma "cultura de segurança marítima", respeitando os avisos de mau tempo, bem como os condicionamentos e as interdições à navegação.

O conselho alarga-se a todos os cidadãos, dado que ultimamente têm-se registado alguns acidentes por causa de quem procura o melhor enquadramento para a uma fotografia do mar.

"Apelamos e avisamos todas as pessoas para se manterem longe da linha marítima, porque realmente a ondulação vai ser forte e tem que se manter uma distância segura para que não haja acidentes. É essa a nossa recomendação", disse Paulo Vicente.

O responsável disse ainda que a costa ocidental será a mais afetada, já que está ondulação de noroeste/oeste, e que o agravamento do estado do tempo pode vir a obrigar a fechar mais barras marítimas, caso seja o entendimento da autoridade marítima local.

SV // JLG – Lusa

Coimbra aciona plano de emergência para cheias

A Comissão Municipal de Proteção Civil de Coimbra acionou hoje o Plano Especial de Emergência para Cheias e Inundações para fazer face a incidentes provocados pelo mau tempo e à subida das águas do Mondego.

"A ativação deste plano prende-se com o registo de várias cheias e inundações que levaram ao corte da circulação em algumas vias e de o débito de água na ponte-açude superar 1.200 m3 de água por segundo", segundo uma nota da Câmara de Coimbra.

O Plano Especial de Emergência para Cheias e Inundações (PEECI) colocou em estado de prontidão várias dezenas de elementos da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra (CBSC), Bombeiros Voluntários de Coimbra e Brasfemes, que procederam ao reforço das suas equipas.

Foram ainda mobilizados meios humanos e técnicos da Câmara Municipal de Coimbra, bem como de juntas e uniões de freguesia.

A decisão de acionar o PEECI foi tomada durante uma reunião em que participaram representantes do Serviço Municipal de Proteção Civil, Câmara Municipal de Coimbra, Junta de Freguesia de Brasfemes, Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, Bombeiros Voluntários de Coimbra e de Brasfemes, Polícia Municipal, PSP, GNR, Delegado de Saúde de Coimbra e Águas de Coimbra.

Mesmo antes do acionamento do PEECI, refere a nota da autarquia presidida por Manuel Machado, "foram efetuados vários avisos nas áreas mais críticas, colocados sacos de areia em alguns pontos e sinalizadas áreas interditadas".

Os bombeiros estão também a acompanhar a situação em pontos historicamente críticos como o Cabouco, Parque Verde e Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, mas até agora não há registo de situações graves.

A companhia de Sapadores Bombeiros de Coimbra registou nas últimas horas diversos casos de inundações em garagens, e os serviços de proteção civil mantêm uma vigilância apertada ao rio Mondego em Cabouco, para onde foram deslocados dois mergulhadores e uma embarcação.

"O rio está a debitar normalmente, a barragem da Aguieira não fez descargas e as populações estão devidamente alertadas para os efeitos do mau tempo", disse à Lusa fonte do CDOS de Coimbra.

RBF // JLG – Lusa

Proteção Civil registou 152 ocorrências até as 11:00, a maioria inundações

A Autoridade Nacional da Proteção Civil registou hoje 152 ocorrências devido ao mau tempo, a maioria cheias, inundações e deslizamentos de terras, e ainda a suspensão de comboios em três linhas ferroviárias do país.

"No dia de hoje, até às 11:00, registaram-se 152 ocorrências, das quais 71 cheias e inundações, 34 movimentos de massas [deslizamento de terras], 31 vias obstruídas e 13 quedas de árvores, entre outras ocorrências de menor peso", afirmou à Lusa fonte da proteção civil.

Segundo a mesma fonte, o balanço do mau tempo nas primeiras horas de hoje mostra que aconteceu "o que era expetável", e que foi nas bacias previstas que se registaram as maiores cheias e inundações.

Aveiro, com 29 ocorrências, foi o distrito mais fustigado pelo mau tempo, seguindo-se Braga (27 ocorrências), Coimbra (24) e o Porto (23), segundo dados da mesma fonte.

"Mas as ocorrências registadas não estão a criar constrangimentos à população em geral", afirmou, adiantando que, além das estradas que foram cortadas devido ao mau tempo, por estarem inundadas, as cheias e inundações levaram a suspender a circulação ferroviária nas linhas da Beira Alta, no concelho Mortágua (distrito de Viseu), do Norte, em Estarreja (distrito de Aveiro) e, a mais recente, a linha do Douro no concelho de Baião (distrito do Porto).

Ao início da manhã de hoje, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aumentou para dez o número de distritos sob aviso meteorológico laranja, mais seis do que no final do dia de sexta-feira.

Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria, Beja e Coimbra constam hoje também da lista de aviso meteorológicos de chuva intensa e forte agitação marítima, juntando-se a Porto, Viana do Castelo, Aveiro e Braga.

Nesses dez distritos, o IPMA espera ondas com cinco a sete metros, mas que durante o dia podem vir a atingir dez a 12 metros de altura máxima, e chuva persistente e por vezes forte.

O balanço da Proteção Civil durante as 24 horas do dia de sexta-feira era de 458 ocorrências em todo o país relacionadas com episódios de mau tempo, sobretudo inundações e deslizamentos de terra.

VP (MSE) // ZO – Lusa

Rio volta a subir em Águeda e baixa da cidade deve ser evitada

A proteção civil de Águeda aconselhou esta manhã as pessoas a não saírem de casa e a evitarem a zona baixa da cidade, prevendo um agravamento das cheias nas próximas horas.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, que está a coordenar no terreno as operações da proteção civil, afirmou à agência Lusa que a situação melhorou durante a noite, mas está de novo a agravar-se, sabendo-se que "há uma grande massa de água que está a caminho desde o Caramulo".

"Aconselho as pessoas a que só saiam de casa de for absolutamente necessário, até a situação acalmar, e sobretudo que não vão para a baixa da cidade porque as condições de circulação vão estar bastante difíceis", disse hoje de manhã Jorge Almeida.

De acordo com o autarca, a situação melhorou durante a noite, fruto da acalmia das condições de tempo ontem [sexta-feira] ao final da tarde, mas o Rio já está outra vez a subir, devido à chuva que cai ininterruptamente desde as 03:00 na zona do Caramulo.

"O mais problemático é a partir de agora porque o rio reiniciou o processo de subida e sabemos que há uma massa de água bastante grande que está a caminho desde o Caramulo, através do rio Águeda e dos seus afluentes, pelo que temos a situação dificultada, até porque é difícil saber qual vai ser a cota máxima, apesar dos instrumentos de medição, que têm um intervalo de cerca de uma hora", disse.

Jorge Almeida revelou à Lusa que algumas das estradas que já haviam sido reabertas estão a ser novamente encerradas, "nomeadamente a rotunda de Assequins e junto à antiga estação de tratamento de água", e que a ligação a Aveiro está encerrada junto à Ponte da Rata".

Jorge Almeida admitiu que o dia de hoje pode vir a ser "bastante complicado", pelo que a proteção civil municipal tem todo o sistema de vigilância montado e o parque de máquinas operacional para acorrer aos vários deslizamentos de barreiras.

"Estamos a acompanhar a evolução à volta da cidade. Ontem [sexta-feira], tivemos vários pedidos de auxílio, em que os barcos dos bombeiros tiveram de ajudar as pessoas que pretendiam sair ou entrar em casa nas zonas inundadas, mas a noite foi tranquila. A Rua Vasco da Gama e a Rua Manuel Pinto [na baixa da cidade] ainda não deixaram de ter água e vamos ver onde é que atinge o pico máximo", comentou.

MSO // ZO - Lusa

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