Autoridade
Marítima pede às pessoas que se afastem da linha da costa

Em
declarações à agência Lusa, o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN)
referiu que há um aviso de mau tempo para toda a costa ocidental e que neste
momento há sete barras marítimas fechadas a toda a navegação - Caminha,
Esposende, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Figueira da Foz e Douro.
"A
barra de Aveiro está condicionada e tudo isso é fruto da forte agitação
marítima que neste momento se está a sentir", apontou Paulo Vicente.
De
acordo com o responsável, a ondulação está neste momento com cinco a seis
metros de altura, sendo expectável que a situação piore nas próximas 24 horas e
a ondulação atinja os 12 metros a partir da manhã de domingo e até ao final da
tarde.
Dadas
as condições do mar e o agravamento que se espera do estado do tempo, Paulo
Vicente pede a que todos aqueles que têm no mar a sua atividade profissional ou
de recreio uma "cultura de segurança marítima", respeitando os avisos
de mau tempo, bem como os condicionamentos e as interdições à navegação.
O
conselho alarga-se a todos os cidadãos, dado que ultimamente têm-se registado
alguns acidentes por causa de quem procura o melhor enquadramento para a uma
fotografia do mar.
"Apelamos
e avisamos todas as pessoas para se manterem longe da linha marítima, porque
realmente a ondulação vai ser forte e tem que se manter uma distância segura
para que não haja acidentes. É essa a nossa recomendação", disse Paulo
Vicente.
O
responsável disse ainda que a costa ocidental será a mais afetada, já que está
ondulação de noroeste/oeste, e que o agravamento do estado do tempo pode vir a
obrigar a fechar mais barras marítimas, caso seja o entendimento da autoridade
marítima local.
SV
// JLG – Lusa
Coimbra
aciona plano de emergência para cheias
A
Comissão Municipal de Proteção Civil de Coimbra acionou hoje o Plano Especial
de Emergência para Cheias e Inundações para fazer face a incidentes provocados
pelo mau tempo e à subida das águas do Mondego.
"A
ativação deste plano prende-se com o registo de várias cheias e inundações que
levaram ao corte da circulação em algumas vias e de o débito de água na
ponte-açude superar 1.200 m3 de água por segundo", segundo uma nota da
Câmara de Coimbra.
O
Plano Especial de Emergência para Cheias e Inundações (PEECI) colocou em estado
de prontidão várias dezenas de elementos da Companhia de Bombeiros Sapadores de
Coimbra (CBSC), Bombeiros Voluntários de Coimbra e Brasfemes, que procederam ao
reforço das suas equipas.
Foram
ainda mobilizados meios humanos e técnicos da Câmara Municipal de Coimbra, bem
como de juntas e uniões de freguesia.
A
decisão de acionar o PEECI foi tomada durante uma reunião em que participaram
representantes do Serviço Municipal de Proteção Civil, Câmara Municipal de
Coimbra, Junta de Freguesia de Brasfemes, Companhia de Bombeiros Sapadores de
Coimbra, Bombeiros Voluntários de Coimbra e de Brasfemes, Polícia Municipal, PSP,
GNR, Delegado de Saúde de Coimbra e Águas de Coimbra.
Mesmo
antes do acionamento do PEECI, refere a nota da autarquia presidida por Manuel
Machado, "foram efetuados vários avisos nas áreas mais críticas, colocados
sacos de areia em alguns pontos e sinalizadas áreas interditadas".
Os
bombeiros estão também a acompanhar a situação em pontos historicamente
críticos como o Cabouco, Parque Verde e Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, mas
até agora não há registo de situações graves.
A
companhia de Sapadores Bombeiros de Coimbra registou nas últimas horas diversos
casos de inundações em garagens, e os serviços de proteção civil mantêm uma
vigilância apertada ao rio Mondego em Cabouco, para onde foram deslocados dois
mergulhadores e uma embarcação.
"O
rio está a debitar normalmente, a barragem da Aguieira não fez descargas e as
populações estão devidamente alertadas para os efeitos do mau tempo",
disse à Lusa fonte do CDOS de Coimbra.
RBF
// JLG – Lusa
Proteção
Civil registou 152 ocorrências até as 11:00, a maioria inundações
A
Autoridade Nacional da Proteção Civil registou hoje 152 ocorrências devido ao
mau tempo, a maioria cheias, inundações e deslizamentos de terras, e ainda a
suspensão de comboios em três linhas ferroviárias do país.
"No
dia de hoje, até às 11:00, registaram-se 152 ocorrências, das quais 71 cheias e
inundações, 34 movimentos de massas [deslizamento de terras], 31 vias
obstruídas e 13 quedas de árvores, entre outras ocorrências de menor
peso", afirmou à Lusa fonte da proteção civil.
Segundo
a mesma fonte, o balanço do mau tempo nas primeiras horas de hoje mostra que
aconteceu "o que era expetável", e que foi nas bacias previstas que
se registaram as maiores cheias e inundações.
Aveiro,
com 29 ocorrências, foi o distrito mais fustigado pelo mau tempo, seguindo-se
Braga (27 ocorrências), Coimbra (24) e o Porto (23), segundo dados da mesma
fonte.
"Mas
as ocorrências registadas não estão a criar constrangimentos à população em
geral", afirmou, adiantando que, além das estradas que foram cortadas
devido ao mau tempo, por estarem inundadas, as cheias e inundações levaram a
suspender a circulação ferroviária nas linhas da Beira Alta, no concelho
Mortágua (distrito de Viseu), do Norte, em Estarreja (distrito de Aveiro) e, a
mais recente, a linha do Douro no concelho de Baião (distrito do Porto).
Ao
início da manhã de hoje, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
aumentou para dez o número de distritos sob aviso meteorológico laranja, mais
seis do que no final do dia de sexta-feira.
Faro,
Setúbal, Lisboa, Leiria, Beja e Coimbra constam hoje também da lista de aviso
meteorológicos de chuva intensa e forte agitação marítima, juntando-se a Porto,
Viana do Castelo, Aveiro e Braga.
Nesses
dez distritos, o IPMA espera ondas com cinco a sete metros, mas que durante o
dia podem vir a atingir dez a 12 metros de altura máxima, e chuva persistente e
por vezes forte.
O
balanço da Proteção Civil durante as 24 horas do dia de sexta-feira era de 458
ocorrências em todo o país relacionadas com episódios de mau tempo, sobretudo
inundações e deslizamentos de terra.
VP
(MSE) // ZO – Lusa
Rio
volta a subir em Águeda e baixa da cidade deve ser evitada
A
proteção civil de Águeda aconselhou esta manhã as pessoas a não saírem de casa
e a evitarem a zona baixa da cidade, prevendo um agravamento das cheias nas
próximas horas.
O
vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, que está a
coordenar no terreno as operações da proteção civil, afirmou à agência Lusa que
a situação melhorou durante a noite, mas está de novo a agravar-se, sabendo-se
que "há uma grande massa de água que está a caminho desde o
Caramulo".
"Aconselho
as pessoas a que só saiam de casa de for absolutamente necessário, até a
situação acalmar, e sobretudo que não vão para a baixa da cidade porque as
condições de circulação vão estar bastante difíceis", disse hoje de manhã
Jorge Almeida.
De
acordo com o autarca, a situação melhorou durante a noite, fruto da acalmia das
condições de tempo ontem [sexta-feira] ao final da tarde, mas o Rio já está
outra vez a subir, devido à chuva que cai ininterruptamente desde as 03:00 na
zona do Caramulo.
"O
mais problemático é a partir de agora porque o rio reiniciou o processo de
subida e sabemos que há uma massa de água bastante grande que está a caminho
desde o Caramulo, através do rio Águeda e dos seus afluentes, pelo que temos a
situação dificultada, até porque é difícil saber qual vai ser a cota máxima,
apesar dos instrumentos de medição, que têm um intervalo de cerca de uma hora",
disse.
Jorge
Almeida revelou à Lusa que algumas das estradas que já haviam sido reabertas
estão a ser novamente encerradas, "nomeadamente a rotunda de Assequins e
junto à antiga estação de tratamento de água", e que a ligação a Aveiro
está encerrada junto à Ponte da Rata".
Jorge
Almeida admitiu que o dia de hoje pode vir a ser "bastante complicado",
pelo que a proteção civil municipal tem todo o sistema de vigilância montado e
o parque de máquinas operacional para acorrer aos vários deslizamentos de
barreiras.
"Estamos
a acompanhar a evolução à volta da cidade. Ontem [sexta-feira], tivemos vários
pedidos de auxílio, em que os barcos dos bombeiros tiveram de ajudar as pessoas
que pretendiam sair ou entrar em casa nas zonas inundadas, mas a noite foi
tranquila. A Rua Vasco da Gama e a Rua Manuel Pinto [na baixa da cidade] ainda
não deixaram de ter água e vamos ver onde é que atinge o pico máximo",
comentou.
MSO
// ZO - Lusa
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