Ana
Alexandra Gonçalves*
Talvez
nunca venha a ser uma realidade com António Costa à frente do PS, mas será
seguramente um sonho que muitos ainda acalentam, pese-embora o número crescente
de resultados desastrosos dos partidos socialistas e sociais-democratas por
essa Europa fora, os mesmos que renegaram os seus mais elementares princípios.
E
Marcelo? Não tenho dúvidas que o novo Presidente é um forte apologista do bloco
central, discussão que terá nova relevância assim que Marcelo tiver acabado de
nos passar a mão pela cabeça e assim que a actual liderança do PSD enfraquecer
a par da solução de esquerda.
O
bloco central não morreu, muito longe disso, poderá ser uma solução
aparentemente afastada do cenário político, mas permanece bem viva na cabeça de
muitos, incluindo na mente de algumas figuras do próprio Partido Socialista.
Por
enquanto, assistiremos à política-espectáculo de Marcelo, bem acompanhada pelos
afectos. Porém, o novo Presidente apenas aguardará que as circunstâncias mudem
ou, no pior das hipóteses, forjará novas circunstâncias.
Uma
coisa é certa: o fantasma do bloco central tem um forte adepto na presidência.
Será tudo uma questão de tempo e de oportunidade.
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