segunda-feira, 7 de março de 2016

Portugal. OS VIPS NÃO QUEREM QUE SE SAIBA QUANTO MAMAM OU QUANTO ROUBAM?



A famigerada “lista VIP de contribuintes” criada por Paulo Núncio (na foto), dos tempos do governo de Passos Coelho, não foi extinta e até foi alargada, é o que trazemos via Notícias ao Minuto. Quem assim declara é o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

Alargada como? Pois só pode ser com mais nomes de contribuintes considerados portugueses de primeira, daqueles que têm por vencimentos mensais aquilo que o cidadão normal não ganha em cinco anos de trabalho ou muitos mais anos. Já para não referir os desempregados e outros portugueses que não têm direito a nada, a não ser fome e porrada… da vida e de quem mais quiser malhar.

Não é admissível que tal lista exista. Em democracia vigente na realidade pretende-se e pratica-se o que é para um é para todos em termos de justiça e normativos fiscais ou outros. Pela preocupação e cuidado em tornar inacessível uns quantos cidadãos sobre o que declaram ao fisco só um raciocínio pode prevalecer: querem esconder a realidade das suas posses financeiras e bens materiais por serem provenientes de imoralidades auferidas ou até de roubos. Objetiva e popularmente podemos dizer que esses VIPS não querem que se saiba quanto mamam ou quanto roubam.

O governo PS com o apoio das esquerdas não pode continuar a alimentar aquele esconderijo de uns quantos. É urgente que termine com os processos em curso r os já efetuados aos funcionários das finanças. Tão urgente quanto acabar com a tal “Lista VIP”. Assim como é urgente que a democracia e transparência retirada pelo governo anterior seja reposta.

A seguir, a notícia no Notícias ao Minuto, de lavra de Andrea Pinto. Se estiver a fim leia também um pouco do historial no Vai e Vem sobre a lista que o governo Cavaco-Passos-Portas alegava não existir.

Redação PG / MM

Contribuintes: Lista VIP "não só não foi extinta, como foi alargada"

Denúncia é do presidente do Sindicato dos Impostos

Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, afirma que os trabalhadores do Fisco continuam a ser alvo de investigações para apurar a que tipo de informações estão a ter acesso. Prova disso, refere, é que quinze dos 29 processos que ainda estão pendentes foram abertos este ano.

“Isto indicia a existência de uma Lista VIP mais alargada, pois quando são dados de pessoas anónimas os trabalhadores nunca são chamados para justificar nada”, afirma o presidente do sindicato ao Notícias Ao Minuto, revelando ainda que os processos a decorrer dizem respeito “a pessoas mediáticas, que surgem muitas vezes nos media, e que são pessoas da política, negócios e finanças”.

Este processo de “auto censura” que funciona como “um filtro do rasto informático” dos trabalhadores está a ter consequências graves entre os trabalhadores que têm medo muitas vezes de aceder aos dados, o que contribui para que não se esteja a proceder ao “combate à fraude fiscal”.

“Tem de haver livre acesso aos dados”, defende Paulo Ralha, sublinhando, ainda, que “num país livre” como Portugal “não há razão de existir” esta censura que “só beneficia os esquemas de fuga ao Fisco”.

Recorde-se que a polémica Lista VIP surgiu em 2014, altura em que se noticiava a existência de uma lista de contribuintes a que os trabalhadores não podiam aceder. Nessa lista, à altura, constavam nomes como o de Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva, Paulo Portas e Paulo Núncio.

Mais de um ano depois, defende Paulo Ralha, essa Lista “não só não deixou de existir como ainda foi alargada”.

Andrea Pinto – Notícias ao Minuto

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