segunda-feira, 7 de março de 2016

Portugal. CAVACO SILVA: O CAVALHEIRO DA TRISTE FIGURA (3)




Cavaco fez as despedidas de Belém, do péssimo e terrível desempenho enquanto presidente da República. Passou à história das figuras tenebrosas da República e da democracia. Na memória da história de Portugal quase igualou os presidentes do salazarismo, encontrando-se mesmo semelhanças com Américo Thomaz. Só que os tempos são de democracia no pós 25 de Abril de 1974 e Cavaco, por mais que tentasse, não conseguiu reverter tanto o tempo e o modo nos 10 anos que ocupou Belém e aquele cargo. Foi eleito, argumentarão. Sim, incluindo por cerca de um milhão de analfabetos e iletrados que existem em Portugal, pela alta burguesia e pela alta finança que o transportou ao colo.

Disse ele nas despedidas que serviu o país no “superior interesse nacional”. Sim. O superior interesse dos banqueiros que partilham com ele a manjedoura, assim como os grandes empresários e os grandes vigaristas (alguns indiciados e a contas com a justiça) das suas relações.

É muito provável que no entendimento retrógrado e aniquilante de uma sociedade transparente e justa Cavaco se convença de que teve um desempenho que tenha servido Portugal e os portugueses, mas isso só na cabeça de Cavaco e de seus parceiros é que tal cartoon pode fazer sentido, os portugueses sabem que não. Sabem que Cavaco foi o pior e mais nefasto presidente da República de Portugal. Sabem que a tão falsamente evocada justiça social para ele são somente palavras que ficam bem nos discursos porque na prática a justiça de que ele fala foi injustiça durante a sua presidência. Isso aconteceu devido à concordância e conluio permanente de Cavaco com a seita de sua preferência, do PSD e do CDS, que foram governo durante quatro anos.

A fome de milhares de portugueses não é justiça social, os despejos de portugueses de suas casas não é justiça social, o empobrecimento compulsivo a que os seus comparsas submeteram os portugueses não é justiça social, os que se viram na necessidade de emigrar para fugirem da miséria em Portugal não é justiça social, o esvaziamento da cultura não é justiça social, o igualmente esvaziamento da educação previligiando o ensino privado não é justiça social. Cavaco Silva é um embuste e como embuste que é assim desempenhou tenebrosamente o seu cargo. Foi por dez anos o prejuízo de Portugal e dos portugueses, serviu a sua seita, as suas cores partidárias e de ideologia, os seus cúmplices. Cavaco foi o presidente da direita que espezinhou a democracia – principalmente nos últimos quatro anos.

Cavaco abandona em 09 de Março, quarta-feira, o cargo que tão nefastamente desempenhou, dará lugar a Marcelo, um homem de direita mas, que se saiba, culto, humano, tolerante e democrático. É assim que esperamos que se mantenha e que assim sendo cumpra as funções para que foi eleito, a presidência da República de Portugal, servindo todos os portugueses e não pactuando com os parasitas banqueiros, nem com os vigaristas do costume ou outros que padeçam de ganância e avareza. Como Cavaco e a sua trupe.

Dos embustes de que fale Cavaco na hora da tardia despedida é melhor rir... para não chorar.

Redação PG / MM

Foi uma honra ter servido o país seguindo "superior interesse nacional"

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse hoje ter sido um privilégio e uma honra ter servido Portugal nos últimos dez anos, reiterando que sempre agiu de acordo com "o superior interesse nacional".

"Foi para mim um enorme privilégio servir Portugal e os portugueses ao longo destes dez anos tão cheios de desafios. Senti-me, em cada dia, profundamente honrado pela confiança que os portugueses depositaram em mim quando me escolheram para Presidente da República. Estou, a todos eles, profundamente grato", afirmou o chefe de Estado, numa cerimónia na Câmara de Cascais.

Sublinhando que procurou corresponder a essa confiança agindo "sempre em consciência", de acordo com o superior interesse nacional, no cumprimento da Constituição, Cavaco assegurou que não olhou a outro critério que "não o da procura de um futuro melhor para as novas gerações".

Lusa, em Notícias ao Minuto

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