quarta-feira, 13 de abril de 2016

“Não vamos parar enquanto não houver liberdade” para os presos políticos em Angola - AI



ASSINEM TAMBÉM POR JOSÉ MARCOS MAVUNGO

Provavelmente já sabe da condenação dos 15 prisioneiros de consciência detidos em junho de 2015 em Angola e de Laurinda Gouveia e Rosa Conde, que não tinham chegado a ser presas. A si, que assinou a petição que pede a absolvição dos #Angola17, escrevemos para lhe dizer que não vamos desistir enquanto não houver liberdade!

Os 17 prisioneiros de consciência foram condenados a penas de prisão entre os dois e os oito anos e meio. Sentenças elevadas porque a apenas uma semana do fim do julgamento, nas alegações finais, o Ministério Público resolveu acrescentar uma nova acusação, "associação de malfeitores", punível com penas de prisão mais agravadas. Foi ainda abandonada nessa altura a acusação de "conspiração".

O veredito, conhecido a 28 de março, viola a justiça. O diretor do escritório da Amnistia na África Austral, Deprose Muchena, exigiu desde logo que a situação seja revertida e que todos os prisioneiros de consciência sejam postos em liberdade imediata e incondicionalmente. Disse ainda que "esta condenação injustificável demonstra como as autoridades angolanas usam o sistema de justiça penal para silenciar as opiniões dissidentes". Os #Angola17 são "vítimas de um Governo determinado em intimidar quem quer que ouse questionar as suas políticas repressivas", conclui.

A tudo isto juntamos a preocupação pelo estado de saúde de um dos detidos, Nuno Dala, que entrou em greve de fome há um mês. Desde então ingere apenas líquidos, protestando assim contra o facto do tribunal não lhe permitir ter acesso às suas contas bancárias, o que está a causar graves constrangimentos financeiros à sua família.

Não vamos parar enquanto estas injustiças continuarem a acontecer em Angola. Logo a 28 de março saímos à rua em Lisboa para protestar contra o veredito e aqui deixamos o compromisso de continuar a exigir #LiberdadeJÁ até que ela aconteça para todos os prisioneiros de consciência angolanos. Lembramos que também José Marcos Mavungo está preso, condenado a 6 anos de prisão em 2015 por ter ousado organizar uma manifestação pacífica contra a má governação na província de Cabinda e as violações de direitos humanos.

Por todos eles, não desista também! Continue a usar a sua assinatura. Quando Angola condena os 17 prisioneiros de consciência, responda enviando mais apelos e inundando a caixa de email das autoridades angolanas. Hoje assine aqui a petição por José Marcos Mavungo e partilhe este email com os seus amigos e familiares.

Bom resto de semana,

Ana Monteiro
Coordenadora de Campanhas - Amnistia Internacional Portugal 

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