O
secretário-geral do PCP afirmou hoje que o seu partido está disponível para
consensos desde que sejam positivos para o povo português e registou a
diferença entre o Presidente da República e o seu antecessor.
"Quando
se fala em consensos tem de se saber o seu conteúdo. Da nossa parte, tendo em
conta a nova solução política, daremos sempre os consensos àquilo que for
positivo para os trabalhadores, o país e o nosso povo", afirmou Jerónimo
de Sousa, após a sessão parlamentar comemorativa da "Revolução dos
Cravos".
O
líder comunista descreveu que há um "esforço neste momento",
considerando ser "necessária uma nova política", mas esse
"caminho" ainda agora começou e, "mais do que os
consensos", há que tentar perceber como se poderá construir "algo de
diferente, procurando resolver os problemas do país".
Marcelo
Rebelo de Sousa aconselhara cada um dos dois modelos alternativos de governação
a demonstrar humildade e competência, mas defendeu que tem de haver unidade no
essencial, apontando a saúde como uma área de fácil convergência, "um
primeiro passo" para "consensos setoriais de regime" noutros
domínios como o sistema político, o sistema financeiro, a justiça ou a segurança
social.
"Fazer
o reconhecimento da diferença desta sessão do 25 de Abril em relação a outras
sessões. Diferentemente se valorizou o 25 de Abril, a Constituição e creio que
foi resultado da nova correlação de forças existente na Assembleia da
República", acrescentou, reconhecendo que o discurso do Chefe de Estado
"foi diferente do seu antecessor em sessões anteriores".
"De
facto houve aqui uma diferença", disse Jerónimo de Sousa.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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