O
novo advogado do ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na
Tchuto, que confessou crimes de tráfico de droga, pediu ao Tribunal de Nova
Iorque mais tempo para conhecer o caso do seu cliente.
O
pedido foi feito numa audiência na segunda-feira, confirmou hoje à Lusa uma
fonte do tribunal onde o processo decorre.
O
novo advogado, que substitui Sabrina Shroff, chama-se Patrick James Joice. A
próxima audição do caso ainda não tem data marcada, mas acontecerá em julho.
Bubo
Na Tchuto foi capturado pelos Estados Unidos numa ação antidroga em 2013 e
confessou os crimes em maio do ano seguinte, bem como outros três homens que
foram detidos com o guineense.
Ao
contrário destes outros homens, que receberam a sua sentença meses depois, Na
Tchuto ainda desconhece a sentença e o seu caso está selado no tribunal onde
decorre.
Na
altura da confissão, uma fonte ligada ao processo disse à Lusa que o ex-militar
tomou essa decisão para conseguir uma redução da pena, que pode ir até
perpétua.
Relativamente
aos outros três detidos, Tchamy Yala foi condenado a cinco anos de prisão, Papis
Djeme foi condenado a seis anos e meio de prisão e Malam Mane Sanha já cumpriu
os 36 meses de pena e foi deportado no final do ano passado para Portugal, por
ter nacionalidade portuguesa e guineense, mas ter usado o passaporte português
no processo de deportação.
Em
abril de 2103, Na Tchuto e os companheiros foram detidos em águas
internacionais, ao largo de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao
tráfico de droga norte-americana.
Segundo
a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada
tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
AYS
// EL
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