Estado
de graça de António Costa está a acabar
As
elites. Ai as elites. Pelo visto e experenciado as elites portuguesas (é os que
estamos a referir, mas há muito mais casco pelo mundo) só são elites porque os
portugueses se deixam enganar e não estrebucham, não contestam ações e
atitudes, abusos, ilegalidades e imoralidades que essas ditas elites tomam por
práticas e por vícios. Exemplo é o que está a acontecer na Caixa Geral de Depósitos
e o recrutamento do novo presidente, um imoral e abusador sujeitinho que,
segundo o jornal i, vai auferir por volta de 46 mil euros por mês. Por mês.
António
Domingues, de seu nome, vai debulhar à grande, num mês o que a maioria dos
portugueses não conseguirá em quatro anos. São estas imoralidades, estes escândalos,
estas ausências de decoro e de vergonha, que levam a que já não acreditemos em
nada nem em ninguém das supracitadas elites. Elites que são compostas por
salafrários, por repentistas que rapam no menor prazo o máximo possível do que é
pertença do erário público, dos contribuintes.
António
Domingos, um deslustrado desconhecido, parece que vindo do BPI, um sujeitinho
da banca e dos banqueiros que têm tramado os portugueses, vai ter a compensação
de mamar nas tetas de topo e a transbordar (pelo visto) sem que o mereça. Sim,
porque não existe no mundo algum ou alguém que compense e justifique com
trabalho honesto quantia tão avultada. Assim sendo conclui-se que o governo de
Costa se rendeu a mais um chupismo. Chama-se Domingues mas podia chamar-se
outra coisa qualquer, outro nome. Dos da mesma estirpe existem imensos. Tantos,
que está a ser bastante difícil para os portugueses sustentar tão imensa
chularia.
Lá
está o António Costa a encostar à box das seitas que têm esbulhado Portugal e
os portugueses. É até muito provável que nem nunca tenha saído dessa mesma box
e em vez disso utilizou um sósia que deu e dá ares de socialista. Será esse que
agora, neste momento, está no debate que ocorre na Assembleia da República?
Ai,
Costa, Costa, a vida custa, Costa… Mas só para os que são explorados e
vigarizados. Nanja aos das elites, esses mamões!
Lá
se vai o estado de graça de Costa. Esperem, porque ainda haverá mais… desilusões
para os que se iludiram e agora já começam a ver os rios de leite e mel
exclusivos de certos mamões, ou chulos, numa democracia da treta.
Mário
Motta / PG
Presidente
da Caixa Geral de Depósitos pode ficar a ganhar mais de 46 mil euros por mês
Fim
de tectos salariais permite que António Domingues ganhe mais do que no BPI,
onde auferia 46 mil euros por mês.
O
Conselho de Ministros aprovou ontem o diploma que elimina os tectos salariais
da nova equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos, liderada por António
Domingues. A decisão foi tomada no Conselho de Ministros e, na prática, permite
que o novo presidente do banco público ganhe mais do que auferia no BPI, de
onde transita. Nos últimos três anos, António Domingues ganhou uma média de 46
mil euros por mês.
Nos
últimos anos, a CGD esteve condicionada nos salários a pagar aos gestores.
Primeiro entrou em vigor uma regra que impedia a administração de receber mais
do que o primeiro-ministro e posteriormente foi introduzida uma exceção que
permitia contornar aquela norma, em que os gestores podiam optar por uma
remuneração igual à média dos três anos anteriores.
Ontem,
foi aprovado o fim deste tecto para o caso da CGD. “A proposta vem determinar a
não aplicação do regime previsto naquele estatuto aos administradores
designados para instituições de crédito integradas no Setor Empresarial do
Estado, qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas’, nos
termos da regulamentação do Banco Central Europeu”, revela o comunicado do
Conselho de Ministros.
Com
a alteração aprovada hoje, o limite que estava em vigor deixa de existir, em
linha com as orientações do BCE, que considera esta limitação uma ineficiência
do modelo ao de governação da CGD. Como a nova administração pode ir para o
banco público receber mais do que a média dos últmos anos, terá mais capacidade
de atrair quadros do sistema bancário.
Com
esta alteração remuneratória, a despesa com órgãos sociais no banco vai
aumentar. De acordo com os vencimentos declarados nos últimos anos como
vice-presidente do BPI, António Domingues ganhou uma média de 46 mil euros por
mês nos últimos três anos - assumindo uma repartição por 14 meses das
remunerações fixas e variáveis totais inscritas nos relatórios anuais do BPI.
Face
ao presidente atual da Caixa, o salário mais alto do grupo pode mais do que
triplicar. José de Matos, o gestor em fim de mandato, aufere cerca de 16.500
euros por mês, sem direito a prémios.
Ao
salário de António Domingues há que somar os de outros administradores. Segundo
avançou na última sexta-feira o “Jornal de Negócios”, a nova equipa de gestão
da Caixa vai ter 19 pessoas. Além de António Domingues como presidente, a CGD
terá dois vice-presidentes. Um será Leonor Beleza, presidente da fundação
Champalimaud, que não vai receber remuneração na Caixa. O outro é Rui Vilar,
membro do Conselho Consultivo do Banco de Portugal e ex-presidente da REN e da
Fundação Calouste Gulbenkian.
Haverá
depois seis administradores executivos, um dos Emídio Pinheiro, que transita do
BPI com António Domingues. Existem depois 12 administradores não executivos,
entre os quais Pedro Norton, que saiu da Impresa, e Bernardo Trindade, antigo
secretário de Estado do Turismo de José Sócrates. J.M.
João
Madeira – jornal i
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