Lisboa,
28 jun (Lusa) - A Universidade Nacional de Timor-Leste, que esta semana acolhe
pela primeira vez a reunião anual da Associação de Universidades de Língua
Portuguesa (AULP), propõs acordos de mobilidade a todos os reitores
participantes, disse fonte da organização.
"O
reitor da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) enviou agora um email a
todos os reitores que vão ao encontro a propor acordos de mobilidade",
contou à Lusa a secretária-geral da associação, Cristina Montalvão Sarmento.
Segundo
a responsável, a UNTL tem esta semana uma agenda de reuniões bilaterais com
todos os reitores que estarão presentes no 26.º encontro da AULP, da qual "é
natural" que saiam 10 a 15 programas de mobilidade, cooperação e troca de
estudantes.
"A
potencialidade é imensa. Os resultados vão depender do futuro", disse
Cristina Montalvão Sarmento.
Embora
nos seus 30 anos de existência a AULP já tenha tido dois programas
multilaterais de cooperação, um promovido pelo Brasil e outro por Portugal,
atualmente não há nenhum em atividade.
"Os
acordos são muitas vezes bilaterais, trilaterais, não têm multilateralidade
total", afirmou a dirigente da AULP, explicando que a mobilidade académica
funciona, por exemplo, entre o Brasil e Timor-Leste, ou entre Angola e
Portugal.
No
entanto, a AULP está atualmente a reunir esforços para dar início a um novo
projeto, intitulado Programa Internacional de Mobilidade no Ensino Superior
entre Portugal e os Países de Língua Portuguesa e Macau (PIMES-PPLPM).
O
objetivo, explica a associação, é estimular a deslocação de estudantes de
excelência, professores e investigadores do espaço da língua portuguesa para
instituições de ensino superior em Portugal, nomeadamente através da criação de
uma residência junto da sede, em Portugal, e da abertura de candidaturas para
bolsas sob a forma de alojamento gracioso.
Questionada
pela Lusa sobre o volume atual da mobilidade académica no seio da lusofonia, a
secretária-geral disse não estar feito um estudo que permita conhecê-lo ao
certo.
Segundo
a responsável, não é possível saber o número total de estudantes das 147
universidades associadas da AULP nem o número de estudantes, bolseiros e
professores em situação de mobilidade dentro da rede.
"A
rede é muito complexa. A AULP funciona multilateralmente, todos os membros são
parceiros iguais", afirmou.
O
tema geral da reunião deste ano, "Mobilidade Académica e Globalização no
Espaço da CPLP e Macau", foi escolhido pela UNTL e o primeiro painel visa
discutir as políticas e estratégias necessárias para viabilizar a mobilidade
académica nos países lusófonos.
A
reunião da AULP em Díli decorre entre quarta e sexta-feira e junta cerca de 150
participantes.
FPA
// VM
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