Raul
Diniz, opinião
Os
caminhos que levam a liberdade tendem em ser intransigentes, e sinuosamente
obscuros.
Angola
parece um barco inavegável, que segue desorientado por águas turvas, inseguro,
e sem comando inteligentemente hábil para leve-lo a bom porto.
A
CASA-CE de Abel Chivukuvuku realiza o seu congresso com objetivo singular de
componentizar a base de sustentação politica da sua coligação com a simples
finalidade de transforma-la em partido político.
Como
diz o ditado, não se comem horticulturas quando não as cultivamos.
Porém,
a criação de um partido politico não se conforma apenas com pormenores lúdicos
indecifráveis a olho nu. Não se constituem nos tempos de hoje, partidos com
sinais politicamente inidentificáveis, como também não se faz omeletes sem
ovos.
Não
é conveniente construir um partido fundamentando-se em variedades de
condicionalismos de correntes politico-ideológicos.
Por
outro lado, também não se pode continuar a proliferar o país com o surgimento
de partidos políticos com aparências presunçosos na sua orientação ideológica,
sobretudo quando neles se encontram sinais de domesticidade politica
preponderante na sua base de criação.
Até
o momento em que findou o congresso não foram conhecidas nem esclarecidas, e/ou
foi mencionado publicamente qual será o segmento de linhagem politica a seguir
por esse novo partido. O novo partido será de esquerda, de direita ou do
centro?
A
situação política em Angola esta demasiada inflacionada com as assimetrias politicas
para comportar mais um partido aventureiro qualquer, aliás, espera-se que esse
partido venha a somar para uma incrementável democracia viável como os
angolanos esperam.
A
nova CASA-CE de Chivuku, Miau e Tonet terão de demarcar-se do modo envelhecido de
fazer politica de patrulhamento controlado antipopular. Espera-se que a vontade
de defender o povo contras as atrocidades infligidas pelo MPLA prevaleça no
interior da nova CASA-CE, e acima de tudo proceda de maneira diferente a do
MPLA partido antipopular.
O
Presidente do MPLA e da republica é de facto velho e enferrujado, faz-se
necessário joga-lo urgentemente para o ferro velho.
Além
disso, o partido MPLA possui um discurso apesar de violento não passa de um
discurso desgastado, descabido, cujas bases não se identificam neles, pois essa
ação discursiva a muito ecoa vazia por o mesmo ser de difícil decifração. Em
suma, o atual MPLA é um partido totalitarista, e funciona como macaco manco
desavergonhado.
Aguarda-se
do novo partido, um novo tempo, de um novo momento que permita trazer novos
proventos menos promiscui para impulsionar o surgimento de estágios de alta
politica em Angola.
Espera-se
igualmente que a nova casa não se mantenha de cócoras nem em incomoda
dependência permanente da vontade explicita do ditador. Acredita-se no
empenho da direção da nova CASA-CE para distanciar-se da face inebriante da
antiga CASA-CE, e não limite o seu espaço politico passeando-se garbosamente
pelos corredores da casa da opressão (leia-se assembleia nacional).
Esperamos
todos angolanos de bem, que o novo partido nascido do congresso da CASA-CE não
comporte negativamente, como se fosse um simples affaire politico entre o MPLA
e a casa novinha em folha.
Por
outro lado, aguarda-se que a CASA-CE enquanto partido não caminha atrelada as
jogadas dúbias do partido da situação, nem ceda espaço ao medo de erigir
argumentos em defesa do povo participando ativamente em manifestações de rua
apertados ao coração sofrido do povo.
A
mediocridade governativa é clara, e está explicitamente comprometido com o
redundante pensamento estridente de José Eduardo dos Santos, o mentor da
condicionante concupiscência compulsiva nepotista insustentável, e da corrupção
institucionalizada.
A
casa enquanto partido politico, terá que romper frontalmente com o atual
sistema político iníquo, e não deixar confundir a sua mensagem com a do partido
no poder, mas principalmente para não fazer e trazer mais do mesmo para o
xadrez politico nacional.
A
CASA-CE no meu entender precisa de perceber a urgente liceidade pretendida da
elevação do discurso político-partidário, só assim se compreenderá a sua
transformação em partido politico. Visto de outro prisma, a CASA-CE como
partido terá que possuir um excelente jogo de cintura, que lhe permita trazer
uma florescente mensagem inovadora de combate politico frontal contra as forças
retrogradas que defendem o nepotismo, corrupção, roubo, fome, e miséria.
Sobretudo
terá de impor-se contra tudo e todos, que de uma maneira ou de outra tentam a
todo custo inviabilizar o direito do povo de exercitar a sua cidadania, e
reivindicar o direito das liberdades constitucionalmente defendidas.
O
partido CASA-CE terá que trazer uma mensagem diferenciada, sem ruídos
disformes.
Não
existirá uma CASA-CE forte como partido politico caso não rompa frontalmente
com o sistema político-social iníquo, que prevalece em Angola. Também terá que
se modernizar para libertar-se do ostracismo em que se remeterá no passado
recente.
Caso
o partido novo de Chivukuvuku não se demarque rapidamente do aparelhado sistema
governativo atual, o contencioso que tem com a sociedade irá envenenar
grandemente as eventuais possíveis relações entre esse partido e a sociedade
civil inteligente, e sem dúvidas acarretará grande transtornos ao novo partido.
EM
POLITICA AS COISAS NÃO DEVEM APENAS SER ELAS TERÃO IGUALMENTE QUE PARECER.
SOMENTE DESSE MODO AJUDARIA A DESANUVIAR A PENDENCIA JUSTIFICÁVEL OU NÃO DE UMA
EVENTUAL, REAL E/OU VERDADEIRA DEPENDÊNCIA DE CHIVUKUVUKU EM RELAÇÃO AO
PRESIDENTE DO MPLA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. ESSA QUESTÃO TEM SIDO COLOCADA E
PÕE EM CAUSA A IDONEIDADE POLÍTICA CREDÍVEL DO NOVO PRESIDENTE DA NOVA CASA-CE.
Repito,
em politica as coisas não podem apenas ser elas têm que parecer também o que
realmente são.
O
aparecimento da CASA-CE como partido não pode parecer-se como uma iminente peça
de ilusão a lá David Copperfield. Abel Chivukuvuku não pode aparecer no teatro
das operações politicas como um incipiente fazedor de magicas de realização
politica conjugação medieval.
A
CASA-CE para ser levada a sério terá que em primeiro lugar romper abruptamente
com o seu insólito passado de paralisia e dar fim ao período do fragmentado
estado de inercia politica abjugativa.
É
licito receber de braços semiabertos o novo partido e também agraciar a nova
CASA-CE com o beneficio da dúvida. O cidadão deve sim dar as boas vindas ao
mais recente agremiação politica, mesmo que por enquanto seja um partido
decidido politicamente em congresso.
Apesar
de até o momento não se saber qual será a base e orientação politico-ideológico
e/ou também qual será a sua exponente mensagem, ainda assim, espera-se que o
surgimento da CASA nova, não seja tão envelhecido quanto é ou foi à antiga
CASA-CE.
ESPERA-SE
QUE A NOVA CASA DE CHIVUKUVUKU, TONET E MIAU NÃO SEJA MAIS UM PARTIDO APENAS.
MAS SEJA UM PARTIDO QUE CHEGOU PARA MARCAR A DIFERENÇA, NÃO SE ESPERA QUE VENHA
DE SOMENTE PARA ENGROSSAR O ARCO DA GOVERNAÇÃO ANTIPOPULAR DE JES. NEM SEJA
APENAS PARA REFORÇO DA ALIANÇA CORPORATIVA GERENCIADA PELO INCONSEQUENTE LÍDER
DO MPLA.
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