“O
Ocidente, com os EUA à cabeça, estão bem conscientes de que a monarquia árabe
[Arábia Saudita] com os bolsos cheios de dinheiro, procura ampliar o seu
domínio e influência na região, no entanto, mantêm-se em silêncio”, sublinha o
analista político e linguista norteamericano.
Em entrevista à cadeia libanesa Al-Mayadeen, divulgada no
passado fim de semana, Noam Chomsky denunciou o silêncio dos EUA e dos seus
aliados perante o “papel destrutivo” no Médio Oriente da Arábia Saudita, que
apoia ativamente organizações como o Estado Islâmico (Daesh) e a Frente
Al-Nusra (recentemente rebatizada como Frente Fath al-Sham).
O
politólogo assinalou ainda que a resistência de Washington à chegada ao poder
de governos democráticos na região resulta do facto de esta mudança ser
“contrária aos seus interesses”.
Em
maio, durante uma entrevista ao Democracy Now, dirigida por Amy Goodman,
Chomsky referiu que o apoio dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido à
Arábia Saudita, identificada como “o centro do extremismo islâmico radical”, se
deve às suas grandes reservas de petróleo, e ao facto de estes países venderam
à monarquia árabe “dezenas de milhões de armas e equipamentos militares”.
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