Sem
Expresso Curto, porque hoje é sábado. E neste sábado chove chuva, chove sem
parar. Numa penada usámos palavras cantadas ou ditas por grandes do Brasil. Sei
quem são mas não me lembro os nomes. Isto não deve ser amnésia mas sim “Alzeimer”
a atacar. Raios partam esta memória falida. Verdade que podia anular todo este
parágrafo ou então ir ver na pesquisa da net quem dizia no Brasil “porque hoje é
sábado”, assim como o autor de “chove chuva”… mas não. É para que vejam ao que
chegamos quando o recheio das cabeças – vulgo miolos - estão velhos e cansados.
Adiante.
Não
disse mas vou dizer: recorro ao jornal Público para dar por aqui uma voltinha e
teclar.
Que
o “Primeiro-ministro não foi informado se administradores têm intenção de se
demitir. Costa segura Centeno: "É um disparate completo que o ministro das
Finanças esteja para sair."
O
veneno dá-se bem nos destiladores que são certos e incertos jornalistas com
ouvidos de tuberculosos. Chega-se lá alguém e sopra-lhes umas quantas loas com
talhe para embaraçar o governo “das esquerdas” (como dizem) e lá vem uma
manchete de cacaracá. Enfim, as vozes dos donos sobrepõem-se à profissão. Tem
de ser. É incómodo mas sempre vai dando para pagar as contas de uma vidinha
mais ou menos ou até boazota.
A
UE e o esquentador blenorrágico que é presidente da Comissão Europeia: Juncker
quer evitar novos casos Barroso mudando código de ética
Que
o “Presidente da Comissão Europeia vai propor alargamento do período de nojo de
18 meses para três anos para o seu cargo.”
Está
bem. Não deve mesmo ser verdade. Ou será, mas só após uns meses depois de
Junker ter terminado o mandato. Assim já poderá juntar-se a Barroso na Goldman
Sachs ou até em algo muito melhor. “O que eles querem é tachos”, já dizia o meu
avô. Ou como dizia a tia Albertina: “Os políticos andam mascarados durante todo
o ano, para eles isto é um grande e eterno Carnaval.” Falam eles em período de
nojo, ano e meio. Pois, na volta vai acabar em seis meses. E é se for. Nojentos.
Daqui
se induz que o que Junker alega – segundo o jornal – é mais uma grande tanga. De
algum modo eles arranjarão maneira de manter os tachos, os conluios, as vigarices.
E os trouxas sempre a pagarem e a votarem em muitos desonestos que se misturam
com os honestos para não sabermos quem é quem naquele rebanho de devassos dos
povos. Dos europeus, neste caso.
Que
“Aos 65 anos, os portugueses podem esperar viver apenas mais sete anos sem
incapacidades. Em média, as portuguesas têm só mais 5,6 anos sem doenças.” E
pode ler-se ainda: “Como a esperança de vida não pára de aumentar, vivemos mais
tempo, mas o problema é que o vivemos com menos saúde. “
Referem
que os especialistas não percebem o que se passa, que tudo se agravou em 2014. Ora
porra, senhores. E a crise, pá! E a fome? E os médicos a que dificilmente se
chega por faltarem tantos? E a miséria que nos bate à porta? E o desemprego? Lembram-se
do Doutor Morte do governo do Passos, Cavaco, Portas? Pois foi. Foi uma grande
merda. Até é provável que o Doutor Morte, que foi ministros da (des)saúde tenha
ingressado no negócio das funerárias. É o que está a dar. Ora vão lá ver,
senhores jornalistas. “Quem? Ele?Coitado, é tão boa pessoa.” Dirão. Pois é. Mas
foi mau ministro. Na onda dos do governo já citado. Está bem, já sabemos que o
pior de todos é o Cavaco. Mas todos os da pandilha não são os santos que querem
parecer e nos querem impingir novamente. Já repararam que estamos muito mais perto das parecenças do regime de Salazar que do regime após 25 de Abril de 1974? E foi após isso que os que trabalham começaram a ver e a ter alguma vidinha decente. Mas eles já sacaram tudo. Até ao tutano. Cavaco, o PIDE, tratou de fazer o tempo voltar atrás mais que qualquer outro. Estouvadamente, o povinho ainda lhe ofereceu duas presidenciazinhas da República, depois de ele estraçalhar quase tudo em 12 anos de primeiro-ministro. Ora abóboras para isto! Que povo, pá!
E
depois, no Público, consta esta pérola de entrevista a uma especialista destas
coisas da idade mais avançada, ou velhice: “Continuo a perguntar-me se a reforma faz bem à saúde”. Vê-se mesmo o que o Manel Calinas da rua do Arco da
Sabedoria responderia à senhora Valente Rosa, que dirige a Pordata, a
entrevistada. Diria assim, se acaso não tivesse morrido por tentar estar imóvel
por dois anos na cela da prisão de Pinheiro da Cruz (só chegou aos 48 dias por
nem se alimentar) com objetivo de constar imbatível no Guinness
World Records: “Se o trabalho dá saúde ponham os doentes a trabalhar.”
Que
a senhora Valente Rosa se continue a perguntar é importante. A conclusão será
obvia, não para já. Só para quando alguns Passos ou Cavaco, ou qualquer outro
neoliberal-fascista formar governo. Até daria muito mais jeito concluir que a
reforma faz mal e que os de mais idade deviam ingressar em campos de trabalho
para a terceira idade, já equipados com câmaras de gás para os mais rebeldes e que não cooperassem na manutenção da saúde a vergarem a mola por umas míseras
refeições e um cobertor na “luxuosa” tarimba oferecida para repousar o
esqueleto num curto período de descanso - se não fossem necessárias horas extraordinárias recomendadas pelos doutores morte.
Pronto, acabei. Conversa fiada e sardinhas a dez. Pois. Era um dito popular. Blá blá blá.
Amanhã
é domingo. Dia dos senhores... descansarem A plebe que trabalhe. Por uma questão de saúde… e
não só.
Mário Motta / PG
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