Que
transformações, ocorridas na cidade e no corpo, tornaram possível a arrogância
contemporânea? Que ela tem a ver com a incapacidade de imaginar o outro, de se
colocar em seu lugar?
Myriam
Bahia Lopes – Outras Palavras
Privilegiamos no texto um recorte que associa a arrogância à delimitação da propriedade e da constituição da propriedade de si em um cenário que frequentemente se denominou de modernidade. Apesar do processo analisado remontar ao século XIX, endereçamos nossas questões às características inéditas do comportamento contemporâneo associado à arrogância.
Privilegiamos no texto um recorte que associa a arrogância à delimitação da propriedade e da constituição da propriedade de si em um cenário que frequentemente se denominou de modernidade. Apesar do processo analisado remontar ao século XIX, endereçamos nossas questões às características inéditas do comportamento contemporâneo associado à arrogância.
Dividimos
o texto em duas partes. Na primeira seguimos o tema da historicidade da visão e
o papel da aceleração nas formas contemporâneas de arrogância estabelecendo um
diálogo com os autores – Claudine Haroche, Anne Cauquelin, Jeanne Marie
Gagnebin, Richard Sennett – também leitores de George Simmel e de Walter
Benjamin.
O
olhar
Uma
genealogia dos sentidos na sociedade contemporânea ocidental é elaborada por
Gagnebin, Haroche1 e Sennett2. Haroche cita Simmel para diferenciar o
alcance da audição e da visão3. Para esse sociólogo, enquanto o olhar é capaz
de perceber a semelhança de todos, a audição singulariza e identifica o
indivíduo pela voz. Para Haroche, a predominância da visão tem por efeito “um
distanciamento, uma separação, uma dissociação entre o sentimento de si, as maneiras
de sentir e de olhar” e [ela] também induz a uma ausência de reflexão4.
A
visão é mais rápida que o tato, o que possibilita aumentar a velocidade da
percepção. O golpe de vista é instantâneo e denota acuidade. E não se
trata de uma simples coincidência, o fato da arte da caricatura, que se
inscreve na história do retrato, se consolidar, a partir da década de 1840, com
o jornal ilustrado e a multidão nas metrópoles. A caricatura abre a
possibilidade de se produzir uma série ilimitada de retratos: o primeiro
artista que descobre um ponto que oscila entre o belo e o feio, o exagera e o
fixa, constrói a charge, o portrait-charge que é, ao mesmo
tempo, retrato simplificado, composto por poucas linhas e marca identitária do
retratado. Realiza- se uma leitura rápida e certeira daquele que é o alvo do
recurso ao exagero. A linguagem da caricatura exprime uma estética segundo a
qual a imagem do outro se constrói por uma espécie de esvaziamento de sua personalidade;
há um rebaixamento dos atributos de sua figura pelo humor. O traço cria uma
espécie de cicatriz, marca visível e reconhecida na charge, ele
evidencia o ponto da ferida que atingiu a imagem narcísica do retratado. Nessa
direção a caricatura é um defeito descoberto e fixado pela ilustração. Seria
oportuno perguntar nessa altura do texto, em que medida a caricatura impulsiona
uma estética ou lança uma sensibilidade, segundo a qual a injunção a construir
uma auto-imagem, a se expor e a se exibir tem por matéria-prima a arrogância?
Pois
a visão, para Sennett, ao tornar-se nosso órgão sociológico libera a violência
contida na simplificação operada pela vista. Em inglês, a palavra
“consciência” significa o fato de ser consciente e o de julgar. Se o olho é o
órgão que nós mais utilizamos para compreender a sociedade, Sennett
pergunta-se, como a visão e a palavra julgam diferentemente? No ritmo acelerado
da cidade produzimos veredictos visuais mais violentos sobre os seus
habitantes. “Esses julgamentos imediatos estabelecem em geral um limite ao
contato social; o olho tende a se retirar daquilo que ele julga estrangeiro”5 e
diríamos mais, a não enxergar aquilo que ele não reconhece ou identifica como
similar em uma imagem anteriormente adquirida e que esteja disponível em seu
próprio repertório imagético. A arrogância seria uma impossibilidade de
imaginar o outro?
No
cerne da retração do tato e da preponderância da visão encontramos o impulso à
velocidade dos fluxos na metrópole. A aceleração produz uma espécie de defesa
psíquica observável no automatismo e na ausência de reflexão. Walter Benjamin
sublinha nos gestos do personagem dos filmes de Chaplin a sua crítica ao
automatismo da cidade moderna. Para Benjamin, a novidade dos filmes de Chaplin
reside no fato que ele rompe com os movimentos expressivos dividindo- os em
séries menores. Cada movimento se recompõe a partir de uma série de pedaços de
movimentos desmembrados6. O automatismo do trabalhador na esteira da linha de
montagem da fábrica é explorado pela mímica do ator-operário. Ao destacar-se da
posição que ocupava na esteira, Chaplin expõe a incongruência e a
artificialidade do ritmo industrial; ritmo mecânico que impregna-se em seu
corpo que não para de se movimentar, alienado e que responde como um eco e de
forma irrefletida à cadência da máquina. A mímica conecta a imaginação e o
corpo e introduz uma reflexão sobre o gesto.
Na
cidade que se adensa e acelera, a recepção cognitiva se descola de um
aprendizado outrora ditado pela ação, por um domínio técnico do ofício pensado
como um processo de maturação física do corpo em seu entorno sócio-técnico e a
informação é substituída pela sensação7.
Ainda
em seu estudo sobre Baudelaire, Walter Benjamin indica como o choque é
produzido pela imersão do corpo na multidão. O choque prepara o homem fisicamente
para a linguagem do cinema. O choque é uma reação, uma barreira, uma suspensão,
uma proteção face aos excessos de estímulos que o corpo recebe na cidade.
“A
medida que o elemento de choque se faz sobremaneira se sentir nas impressões
singulares, é necessário que a consciência se defenda de maneira mais contínua
contra a excitação; quanto mais ela consegue e mais as impressões penetram na
experiência, mais importante torna-se por isso mesmo, o papel da experiência
vivida (expérience vécue), a defesa contra o choque tem por resultado
específico designar ao acontecimento – em detrimento da integridade de seus
conteúdos – uma situação temporal precisa na consciência.” 8
A
falha de transformar o acontecido em uma experiência vivida indica a falta de
proteção contra o choque e a irrupção do pavor9. Na cidade contemporânea o
lastro da percepção busca se situar na fugacidade do instante.
A
multidão também provoca no corpo uma sensação de enebriamento, uma alteração de
estado de consciência, uma espécie de deformação da percepção e um aumento da
empatia pelo inorgânico e essa sensação é um dos fundamentos da dinâmica do
cidade-empresa transformada em espaço de exposição de marcas. Como nesse
processo de retração da consciência e de esvaziamento das relações emerge a
atração ao inorgânico?
A
arrogância
A
exposição constante de si e o comércio de imagens que pauta as relações entre
os indivíduos tende a instaurar uma propensão ao mimetismo. Para Octavio Paz,
“o indivíduo ao se defender com o mimetismo exprime uma fascinação pela morte
ou pelo espaço inerte, em repouso. Estender-se, confundir-se com o espaço é uma
forma de inventar um novo uso para a aparência, mas é também de ser apenas
aparência.”9
Esse
contexto, como veremos mais a frente no texto, propicia o esvaziamento das
relações entre os habitantes e também da própria vida urbana, que passa a ser
marcada pelo jogo das aparências, pela atração ao inorgânico, pelo fetiche da
mercadoria e pelo ritmo da acelerada obsolescência dos objetos da moda.
É
importante ressaltar e seguindo Claudine Haroche em sua apresentação do
colóquio, a arrogância se traduz pela “afirmação de uma forma específica
de propriedade de si (propriété de soi) definida pela força toda poderosa que
revela uma desigualdade profunda e induz uma desvalorização do outro”. Faz
parte da dinâmica da arrogância não levar em consideração a propriedade do
outro, não levar em consideração a presença do outro. Nessa direção a
concorrência ilimitada pela visibilidade instantânea em um mercado mundial se
objetiva também com a produção de milhões de invisíveis.
Octavio
Paz discorre sobre o processo que consiste em transformar alguém em ninguém, o ningunear.
“O nada se torna corpo e olhos, ele se individualiza, ele se torna ninguém”.
Seria impreciso dizer que os outros o impedem de existir:
“Simplemente
disimulan su existencia, obran como si no existiera. Lo nulifican, lo anulan,
lo ningunean. […] Ninguno es la ausencia de nuestras miradas, la pausa de
nuestra conversación, la reticencia de nuestro silencio” 10.
A
cidade como espaço de visibilidade da mercadoria
Na
multidão e para Benjamin, “aquele que fala é a mercadoria: Sim, essas
últimas palavras nos oferecem a noção precisa […] [o] murmúrio ao pobre diabo
que passa face a uma vitrine cheia de coisas belas e caras.” As multidões”
falam, o fetiche, com o qual a sensibilidade de Baudelaire vibra tão forte em
uníssono. A empatia com o inorgânico torna-se uma das fontes de sua inspiração.11
Claudine
Haroche ou Jeanne Marie Gagnebin, ao seguir Simmel, indicam que a densidade da
população urbana, a presença da multidão, a proximidade física excessiva
reforça os sentimentos de solidão e de hostilidade entre os indivíduos.
“Simmel
analisa esse paradoxo no domínio da percepção sensível, aisthèsis, a
transformação histórica dos sentidos […] O sociólogo emprega a palavra em
alemão, Antlits, palavra que pode ser traduzida por olhar e também por
face (Levinas), para destacar a reciprocidade do olhar. A visão humana encontra
sua plenitude na reciprocidade do olhar compartilhado, quando a atenção de um
olhar responde ao outro”.12
E
no presente, se o compararmos ao contexto analisado por Simmel e Benjamin, é o
próprio sentido da proximidade e da distância que é totalmente transformado
pela noção de interatividade; habitamos um espaço topológico, sem distâncias.
A
lírica da canção Vitrines de Chico Buarque de Holanda aborda a tentativa e a
impossibilidade de se corresponder com o olhar que se esparrama na
intermitência dos reflexos da cidade:
Eu
te vejo sumir por aí
Te
avisei que a cidade era um vão
–
Dá tua mão
–
Olha pra mim
–
Não faz assim
–
Não vai lá não
Os
letreiros a te colorir Embaraçam a minha visão […]
Nos
teus olhos também posso ver As vitrines te vendo passar
[…]
Passas
em exposição Passas sem ver teu vigia
Catando
a poesia
Que
entornas no chão
Se
a aura é:
“o
quadro que se empresta à imagem enquadrada um campo de percepção próprio, uma
abertura sobre uma dimensão diferente da superfície de nossas percepções
quotidianas. A perda da aura não se resume, segundo Benjamim, à suas
consequências para as prática artísticas, ela diz respeito a outras práticas
pois ela assinala uma transformação radical das relações fundamentais entre a
distância e a proximidade, mas também pela alteridade do mundo e do
sagrado. Essa mudança toca, em especial, o domínio do erótico e aqui,
novamente, a poesia baudelairiana deve ser um exemplo privilegiado” 13 Gagnebin
destaca que trata-se de uma teoria estética e também de uma teoria da vida em
comum.
Em
um percurso diferente, Sennett ao analisar, o desejo de neutralidade expresso
na forma em grelha do urbanismo norte-americano e o medo de exposição de seus
habitantes, ele se propõe comparar a cidade contemporânea com a cidade antiga.
Para esse autor, os antigos utilizavam os seus olhos em suas experiências
políticas, religiosas, eróticas, na cidade14.“Em diversas circunstâncias, “no
combate, sobre o seu leito de morte ou na rua, o Grego antigo não tinha nada de
um grande sentimental com coração mole, emocionado às lágrimas pelo espetáculo
da dor do outro. O fato de ser testemunho tanto das dificuldades que da
diversidade dos outros tinha valor a seus olhos na medida que, ao se expor ao
mundo, o indivíduo descobria, pouco a pouco, sua orientação e como guardar o
seu equilíbrio. Os gregos chamavam esse estado sophrosyné, o que nós
podemos traduzir por “graça” ou “calme assurance”. Hoje, dissemos de uma pessoa
que guarda assim seu equilíbrio no mundo, que ela é “centrada” ou
“equilibrada”. A cidade deve ser a escola onde aprendemos como levar uma vida
centrada. Nos expondo aos outros, nós poderíamos aprender a pesar aquilo que é
importante e o que não é. Nós não deveríamos considerar as diferenças, nas ruas
ou com outras pessoas, nem como ameaças nem como convites sentimentais, mais
como visões necessárias […] Nossa cultura tem necessidade de uma arte da
exposição de si; essa arte não nos tornará vítimas uns dos outros, mas forjará
adultos mais equilibrados, capazes de encarar a complexidade e dela aprender.” 15
A
aceleração e o instantâneo
O
ritmo da vida urbana aprisiona o seu habitante no instante. A velocidade, para
Benjamin, transforma a temporalidade substituindo-a por “uma sucessão cada vez
mais acelerada de momentos semelhantes, e ao espaço, com as técnicas cada vez
mais rápidas de aproximação do distante.”16
Paul
Virilio elucida a relação entre a velocidade, a delocalização, a perda da
memória do passado e da imaginação sobre o futuro. Esse autor indica um Kairos do
tempo real, da imediatez e da ubíquidade, que domina o espaço real (em oposição
ao virtual) da extensão geográfica e a duração, criando o interativo17. O tempo
hiper-realista que domina o espaço real da atividade humana lança-nos em uma
espécie de amnésia dromológica [associada à velocidade]. A “aceleração do real”
que condiciona hoje, […] o instante, cada instante passado, em benefício de um
instante mais onipresente do que presente, em um mundo […] onde a Terra,
pequena demais para o Progresso e o lucro, a curto termo, torna-se
repentinamente muito estreita para os nossos projetos futuros18.
“Esse
efeito de campo entre uma percepção direta de visu e in situ e
uma outra, à distância e instantânea, esse grande relevo, por sua vez,
estereoscópio e estereofônico, devido a perspectiva do tempo real da
emissão-recepção, vai alterar completamente as condições de visibilidade da
existência de cada um, assim como a maior ou menor viabilidade de estar lá,
aqui e agora.”19
Na
imagem empregada pelo autor o homem tornou-se, no presente, um anjo do instante20.
A
arrogância contemporânea estaria vinculada às mutações da percepção e da
vivencia do tempo e do espaço? À perda da moldura que ao articular passado,
presente e futuro permitia vislumbrar a profundidade do processo, da
experiência, da vida?
Apropriar
e sujar
Talvez
fosse oportuno nos deter no cerne da definição da arrogância e da sua relação
com a propriedade, no gesto de se apropriar. A propriedade, tal como Michel
Serres a define, se relaciona a um contrato natural, ao lugar e ao tempo
imprescindíveis à vida – no qual, para empregar ainda uma noção usada por
Benjamin em diálogo com Goethe, a história natural acontece.
Da
leitura de Rousseau sobre a origem da propriedade, Michel Serres21 propõe
reter apenas a ação de delimitar, cercar, marcar, limitar, estabelecer margens.
Cravar a linha no espaço e se apropriar. A genealogia desse gesto torna visível
a continuidade entre homens e animais em seus processos de apropriação e de
territorialização. Além disso, essas considerações trazem uma chave possível
para a leitura do comportamento do homem contemporâneo em seu ímpeto de se
apropriar e poluir o planeta de forma ilimitada. Serres altera a frase de
Rousseau: a primeira vez que o homem cercou um terreno e ao poluir afirmou a
sua posse e consolidou a sua propriedade. E é a partir desse ponto que o autor
ensaia indicar algumas formas diferenciadas de apropriação e da propriedade. E
lembra que na etimologia da palavra Templo, temos que na língua grega ela
designa recorte; o sangue do sacrifício firma o espaço interno, sagrado. Em uma
leitura transversal, Serres aproxima dois momentos, por exemplo, ao mostrar
como o limite que se constrói com o sacrifício, com o sangue que cerca, está
presente na fundação da cidade, em Roma e nas Guerras nacionais e mundiais. A
religião cristã e posteriormente o
direito
limpa as marcas dessa violência. Em outro momento, “a referência para a
propriedade passa […] dessa dureza – a terra arável, a tumba, os cadáveres e os
deuses pagãos – ao suave: uma simples assinatura no papel. Do pagus à página; a
antiga nomenclatura se repete, passando do duro ao suave” 22.
“Globalizada,
a atual poluição resulta da luta pela posse do espaço em sua totalidade”.23 O
que coloca, em teoria, a noção de propriedade face a uma aporia, pois a perda
de limites, o progresso ilimitado suprime os limites da própria propriedade.
À
guisa de conclusão
E
se com relação à subjetividade contemporânea ultrapassássemos a divisão
interior/exterior? E se deslocássemos a reflexão para além dos limites daquilo
que compreende, encerra e fixa o Eu para pensar a espacialização da
subjetividade contemporânea? A divisão entre o interior, local de produção do
sentido e o exterior, nos lembra Sennett, remonta à uma tradição religiosa que
também opera a divisão entre a alma e o corpo. Talvez o conceito de lugar
aristotélico, em especial a leitura realizada por Anne Cauquelin24 nos
auxiliasse a dar continuidade às reflexões. Esse lugar é “interior e exterior,
dentro e fora”. Esse envelope técnico faz parte daquilo que contorna e o
limita: o corpo, o pensamento, o ser. Não seria essa uma pista para se repensar
no presente a relação entre a linguagem e a ação, as mutações da espacialização
da subjetividade contemporânea?
Pois
no diagnóstico de Paul Virilio, a ausência da duração posta pela aceleração e o
domínio do instante implicaria na extinção da crono-diversidade da vida sensível
e acrescentamos, na ameaça da vida.
—
Myriam
Bahia Lopes é professora e pesquisadora da Escola de Arquitetura da UFMG.
É historiadora pela Unicamp, 1982, bacharel, 1988, mestre e 1997, doutora pela
Université Paris 7, Paris, cidade na qual também realizou respectivamente em
2009 e 2015, pós-doutorado na EHESS. Autora do livro O Rio em movimento:
quadros médicos e(m) história, FIOCRUZ (http://books.scielo.org/id/4cdf6) e
Corpos inscritos (no prelo); “Ladeira” em L`aventure des mots de la ville, Robert
Laffont. Publicou, dentre outros, “Porto, Porta, Poros” em Imagens da Cidade,
Marco Zero e “A torção do horizonte” na revista Urbana. Co-organizou a edição
brasileira do Ensaios sobre a Arrogância
(http://www.arq.ufmg.br/nehcitj/editora). Foi diretora da Casa dos Contos de
Ouro Preto (2001-2004) e coordena desde 1999 o NEHCIT
(http://www.arq.ufmg.br/nehcit).
Notas:
*O
presente texto foi escrito para ser um comentário ao texto de Claudine Haroche
e foi apresentado no Colóquio Internacional Arrogância (http://bharrogancia2013.wordpress.com).
1HAROCHE,
C L´avenir du sensible. Les sens et les sentiments en question, Paris, PUF,
2008, p 165. Tradução em português A condição sensível. Formas e maneiras de
sentir no Ocidente. Rio de Janeiro, Contracapa, 2008 (traduzido por Jacy Alves
Seixas).
2SENNETT,
R La conscience de l´oeil. Paris, Verdier, 2009
3HAROCHE,
C. op.cit.,p 176
4idem,
p. 188
5SENNETT,
R. op.cit., p 13 14.
6BENJAMIN,
W. Uber einige Motive bei Baudelaire, I, p 609 apud MORSS, Dialética do Olhar.
Walter Benjamin e o Projeto das Passagens, Belo Horizonte, UFMG, 2002, p 322
7BENJAMIN,
W. O Narrador em Benjamin, W – Benjamin, São Paulo, Abril Cultural, Coleção Os
Pensadores.
8BENJAMIN,
W. Poésie et Revolution, Paris, Denoel, p 234.
9 PAZ,
O. El laberinto de la soledad. Fondo de Cultura Económica, México, 1992, p 16
10PAZ,
O op.cit, p. 17
11BENJAMIN,
W op cit,
12GAGNEBIN,
J.M. Limiar, aura e rememoração, Ed 34,p 122
13idem,
p 134
14SENNETT,
R op cit, p 20
15idem 16GAGNEBIN idem
17VIRILIO,
P Le futurisme de l´instant: Stop – Eject Paris, Galilée, 2009, p 69
18idem,
p 71
19idem,
p 79
20ibidem,
p 80
21SERRES,
M O mal limpo: Poluir para se apropriar?, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil,
2011.
22idem,
p 36
23ibidem,
p 90
24CAUQUELIN,
A Aristote. Le Langage, Paris, PUF, 1990
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