Martinho Júnior | Luanda
1-
Os interesses, em especial das casas bancárias que compõem a aristocracia
financeira mundial, estão presentes onde quer que seja.
Em
Angola, sinais de actuação desses interesses conectados à ligação Rothschild –
George Soros têm sido uma constante, variando de potencialidade e nos seus
objectivos.
A
1 de Março de 2003, há 14 anos, no semanário luandense “ACTUAL” nº
348, dava conta do que então conhecia em relação a Cabinda, num cenário que
entretanto sofreu alterações, em função das capacidades de influência e manobra
do estado angolano.
2-
Neste momento, sinais desses interesses existem: a formação de elites
angolanas, rendidas aos processos e expedientes tipicamente neoliberais, são em
alguns casos a mesma face da moeda que do outro lado tem os apaniguados “de
esquerda” (?) das “revoluções coloridas” e das “primaveras
árabes” como expressão duma contradição manipulada e alimentada pelo poder
de sua ingerência, entre eles “entidades” como Luaty Beirão, ou
Rafael Marques de Morais.
3-
Em Angola, até que ponto actualmente e por exemplo, redes de inteligência
ligadas à lavagem de dinheiro, estarão a contribuir para a canalização de
valores em benefício de redes terroristas?
Ao
longo dos próximos 5 anos eles farão sentir-se, duma forma ou de outra, com
maior ou menor intensidade, com mais ou com menos sentido de oportunidade, mas
sempre procurando atrair para a sua mal parada causa a juventude, a partir de
enredos externos que vão chegar a Angola sobretudo a partir de Portugal e do
Médio Oriente (intimamente associados, no caso português, aos interesses da
inteligência económica, estimulados também pelos vapores da NATO).
4-
Há pouco tempo teve-se a oportunidade de avaliar a influência desses poderes
que compõem o fulcro da hegemonia unipolar, no processo de “implosão” (?)
da URSS, por via da traição de Gorbatchov, a partir de documentos secretos dos
Estados Unidos, ora desclassificados…
Até
hoje ninguém fez todavia uma avaliação alargada do comportamento das relações
externas da Rússia a essa época (salvo no que diz respeito ao que foi ocorrendo
sobretudo no Cáucaso, onde a Rússia perdeu a primeira das guerras na
Chechénia), algo que se reflectiu aliás a seu tempo no ambiente em relação a
Angola, à volta do acordo de Bicesse (a delegação russa de então compunha o
ramalhete da vassalagem e dos “yes men” em submissão ao “diktat” estado-unidense).
5-
Em Angola não se poderá “baixar a guarda” em relação a esses
interesses, tendo em conta as características da conjuntura internacional e a
batalha pela mobilização da juventude.
Aos
patriotas angolanos exige-se uma muito melhor preparação do que aquela que têm
demonstrado: reduzir o campo de manobra desses interesses e tendências, implica
secar o pântano aos mercenários!
ROTHSCHILD
– GEORGE SOROS: UMA “CONEXÃO” QUE“ESPREITA” ANGOLA, PELA VIA DE
CABINDA
“Creio
que a probabilidade de fazer fortuna na Bolsa, é extremamente fraca. Para
existirem um George Soros, ou um Warren Buffett (dois grandes financeiros
americanos), quantos investidores muito menos felizes e clarividentes
existiram! Na realidade, as grandes fortunas são, na maior parte dos casos, as
que foram feitas por pessoas empreendedoras, ou por pessoas que foram
investindo nos projectos industriais. Os mercados, são um bom suporte para
assegurar a perenidade dum património , qualquer que seja a sua dimensão. Ter a
ambição de fazer fortuna na Bolsa, isso contribui para se correrem riscos muito
elevados e, sem dúvida, tarde ou cedo, expor-se a graves inconvenientes”.
A
entrevista de David Rothschild ao “L’EXPRESS” de 12 de Setembro de
2002, além de sublinhar a falibilidade de quem criava a sua fortuna a partir da
Bolsa, deixava a “janela aberta” para o facto do poderoso banqueiro,
um dos membros de uma das mais conhecidas famílias que compõem o clube muito
restrito da aristocracia financeira mundial, ter pelo menos conhecimento de
como George Soros, enquanto excepção, arquitectou a constituição de sua própria
fortuna.
Esse
conhecimento levou-o assim a considerar que é muito pouco provável que os
70.000 milhões de dólares americanos em que está avaliada a fortuna disponível
do bilionário George Soros, tivessem apenas surgido da Bolsa e não hajam outro
tipo de empreendimentos e investimentos a“cobrir” a colossal fortuna.
Nesse
sentido, vários investigadores chegaram à conclusão que o património e os
investimentos dos Rothschild são a verdadeira “muleta” das
inteligentes e desenfreadas especulações financeiras deGeorge Soros e,
para “sarar as feridas” desses actos vorazes, à sua passagem como
um furacão pelos mais variados mercados financeiros do globo, o lobo
que constitui o “especulador financeiro”, veste a pele da ovelha de “filósofo
e filantropo”, catalizador e impulsionador de inovadoras ideias e argumentos
na “Open Society”.
Os
arquivos “telling the truth” (“dizendo a verdade”) de David Icke,
revelam a conexão de Goerge Soros com os Rothschild, num longo artigo da
autoria de Jan Von Helsing, sob o título elucidativo de “as sociedades
secretas e o seu poder no século 20”, que sintetiza o teor do livro do mesmo
autor e com o mesmo nome, dado à estampa em 1995 (http://davidicke.net/tellthetruth/rothschild/soros.html).
O
grande segredo dessa conexão tem uma identidade, o “QUANTUM GROUP”, uma
autêntica máquina de investimentos criada por George Soros nas Antilhas
Holandesas (de forma a escapar-se ao controlo de suas actividades financeiras
por parte das administrações americanas), em 1969.
A
maior parte dos directores do “QUANTUM GROUP” são financeiros suíços,
ou italianos, que dão corpo à conexão Rothschild – George Soros:
-
Richard Katz era, em 1993, ao mesmo tempo, director do “Rothschild Italia
SPA”, em Milão e director do Banco Comercial “N. M. Rothschilds and Sons”,
em Londres.
-
Nils O. Taube, era um dos parceiros dos Rothschild no “St. James Place
Capital”.
-
Sir James Goldsmith, uma pessoa muito próxima da “dinastia” dos
Rothschild, é um parceiro frequente de George Soros em vários negócios de
especulação.
-
Edgar D. de Picciotto, director do Banco Privado de Genebra “CBITDB Union
Bancaire Privee”, que normalmente actua no mercado do ouro.
-
Isidoro Albertini, director da companhia “Albertini and Co”.
-
Beat Notz, director do “Banque Worms”, em Genebra.
-
Alberto Foglia, director do “Banca del Ceresio”, de Lugano.
Desde
a IIª Guerra Mundial que a família Rothschild cultiva a imagem de sua “insignificância”,
levando uma vida sossegada e fora da turbulência do mundo.
Investigadores
do “N. M. Rothschild and Sons” revelam contudo que por essa via, a
família foi mantendo conexões preferenciais à ala neoliberal, encabeçada por
Thatcher no Partido “Tory”, na Grã-Bretanha, beneficiando de vários
biliões de dólares com a privatização de algumas indústrias do estado
britânico, processo esse levado a cabo por Margareth Thatcher.
Outras
investigações conduziram à conclusão de que o “N. M. Rothschild &
Sons” tinha conexão a várias operações ligadas a armamento e à droga,
estabelecidas em rede, em função dos interesses operativos dos serviços
secretos, incluindo a “frontaria” do “BCCI, Bank of Credit and
Commerce International”. Esses “interesses” eram os bancos de “lavagem
de dinheiro” da CIA e do MI6, que nas décadas de 70 e de 80 estiveram
implicados na fermentação dos “contras” na Nicarágua.
Em
relação ao “BCCI”, o Procurador da Justiça de New York, Henry Morganthau,
viria a acusar o referido banco da “maior fraude bancária do mundo
financeiro. O BCCI durante os seus 19 anos de história, era uma organização
criminosa e corrupta”.
A
personalidade-chave do “BCCI”, em função da conexão dos Rothschild com o
bilionário George Soros, era o Dr. Alfred Hartmann, director executivo da
filial suiça do “BCCI”, “Banque de Commerce et de Placement SA”,
também director do “Zurich Rothschild Bank A. G.”, membro da administração
do “N. M. Rothschild and Sons” de Londres, membro da administração da
filial suiça do Banco Italiano “BNL” e Vice-Presidente do “N. Y.
Intermaritime Bank”, em Genebra.
Essas
intrincadas ligações tiveram implicações numa série de operações de especulação
financeira em vários países europeus que levaram George Soros e parceiros a
obterem dividendos de mais de 10.000 milhões de dólares americanos.
Entre
esses parceiros figuravam Marc Rich, “expert” em negócios com metais
e petróleo e o negociante de armas israelita Shaul Eisenberg.
Este
último foi durante décadas, agente dos Serviços Secretos israelitas, com
negócios de armas no Médio Oriente e na Ásia.
Um
terceiro elemento ligado a George Soros era um tal Rafi Eytan, que havia sido
um elemento de ligação do MOSSAD com os Serviços Secretos britânicos, em
Londres.
Não
se esgota aqui a caracterização da conexão Rothschild – Geoge Soros, até porque
os Rothschild, com os ”Rothschild Bank of London” e “Rothschild
Bank of Berlin”, possuem dois dos doze instrumentos com que a aristocracia
financeira mundial “privatizou” a Reserva Federal americana, mas
estes elementos introdutórios, constituem notícias que nos permitem começar a
ter uma avaliação do que está efectivamente por detrás do “filantropo”,
do “filósofo” e de suas organizações, entre elas a “Open
Society”.
Em
relação a Angola e tendo em conta o modelo das iniciativas que a “Open
Society” mais a Igreja Católica, “de braço dado” em relação
ao “caso de Cabinda”, “espreitando a brecha” do contencioso
existente e do subdesenvolvimento crónico em que nos encontramos, parece-nos
com evidência que elas não são assim tão inócuas quanto isso.
A “solidariedade” entre
a Igreja Católica e a “Open Society”, a pontos de “tornar” (pagando)
os semanários de Luanda, a arautos das posições das facções da FLEC em armas, a
pontos de tornar a CEAST numa “Conferência Episcopal de Cabinda”, à
maneira de alguns dos interesses de algumas das facções da FLEC, sugere-nos
que, por exemplo, muito provavelmente o Banco do Vaticano tido como fazendo
parte do grupo dos dez Bancos mais permissivos à “lavagem de
dinheiro” provenientes dos mais odiosos tráficos (armas, droga, tráfico de
influências, crime organizado, etc.), não está imune às “operações” da
conexão Rothschild – George Soros.
Provavelmente
Angola, pela sua imensa riqueza natural, tem todo o interesse, como “referência”,
para muitos circuitos internacionais do intrincado sistema de “lavagem de
dinheiro”, que não é indiferente às operações de especulação financeira e não
nos admiraria que alguns dos factores que conduzem à deriva da moeda angolana,
não merecessem pelo menos a atenção de gente ligada a essa conexão.
Não
serão essas razões também suficientes para que aqueles angolanos mais
conscientes de toda a complexa situação, se erguerem por uma campanha do não
pagamento da dívida das guerras que temos vindo a sofrer, sabendo de antemão
onde poderá muito desse dinheiro e decisões ter sua origem e a quem está a
alimentar nossa vida, nosso trabalho, nossa riqueza e o nosso suor?
Pelo
menos, aqui e agora, parece-nos possível começarmos a conhecer melhor os fiéis
servidores de um dos principais grupos de manipulação que desde pelo menos a
década de 80 “espreita” Angola!
06-01-2003
14:18
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