ONG
internacionais pedem à Guiné Equatorial para libertar ativista Esono Ebalé
Uma
vintena de ONG internacionais publicou hoje uma carta conjunta que enviou ao
Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, a pedir a "imediata
e incondicional libertação" do desenhador e ativista Ramón Esono Ebalé.
Preso
desde setembro, Ebalé foi detido na capital do país, Malabo, em 16 de setembro,
dias depois de regressar ao país para renovar o passaporte e arrisca-se a ser
acusado de falsificação e branqueamento de dinheiro.
Para
as ONG, estas acusações "não são mais do que pretextos para justificar a
contínua arbitrariedade da privação de liberdade a que está a ser
submetido".
Ainda
que a legislação na Guiné Equatorial preveja que sejam apresentadas acusações
nas 72 horas posteriores à detenção, Ebalé, que está na prisão de Black Beach,
não foi acusado do que quer que seja nem há qualquer informação de que um juiz
tenha ordenado o prolongamento da prisão preventiva.
O
desenhador, residente até então no Paraguai, é o autor de 'Obi, o pesadelo',
uma novela gráfica que apresenta como seria a vida de Obiang se um dia
acordasse sendo um desempregado de um dos bairros pobres de Malabo.
O
documento recorda que a Guiné Equatorial se unirá ao Conselho de Segurança da
ONU em janeiro e que "o mundo está a seguir de perto" o caso Esono
Ebalé, pelo que as ONG esperam que o Governo "ao ocupar uma posição tão
destacada no cenário mundial" "respeite todos os direitos humanos,
incluindo o direito à liberdade de expressão".
A
carta foi enviada pela ONG EG Justice, fundada pelo advogado da Guiné
Equatorial pró-direitos humanos Tutu Alicante, e assinada por cerca de 20 ONG,
incluindo a Amnistia Internacional (AI), a Human Rights Watch (HRW) e a
Federação Internacional de direitos Humanos (FIDH).
Lusa
| em Notícias ao Minuto | Foto: Lusa | *Título PG
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