domingo, 20 de agosto de 2017

BRASIL | Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974): compositor, boêmio e cronista



“Lupi, velho guerrilheiro da caixinha de fósforos” - Jornalista Paulo Santana (1939-2017)
                                        
Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite* | Porto Alegre | Brasil      

Em agosto de 2017, completam-se 43 anos da morte de um grande ícone da música brasileira: o gaúcho Lupicínio Rodrigues. Nascido, em Porto Alegre, na Ilhota, em uma noite chuvosa de 16 de setembro de 1914, ainda menino, fugia de casa para participar das rodas de samba que, com frequência, ali ocorriam. A antiga Ilhota se localizava nas atuais imediações do Estádio Tesourinha e do Centro Municipal de Cultura, constituindo-se num dos espaços mais importantes de resistência cultural do negro na capital gaúcha.
   
Lupi - como carinhosamente era chamado - exaltou, em suas canções, o amor com suas alegrias, sonhos, dores e desencantos, adentrando, com a precisão de um bisturi, nos mistérios da alma e do coração.
  
A Família

Sua primeira composição, aos 14 anos, chamava-se “Carnaval”. Esta foi encomendada pelo cordão ”Os Prediletos” que era oriundo da antiga Colônia Africana. Totalizando 21 filhos, Lupi foi o quarto filho e o primeiro varão do casal Francisco Rodrigues e Abigail. Embora não se adaptando a rotina escolar, completou o curso ginasial e aprendeu o ofício de mecânico.

As dificuldades financeiras levaram Lupi a exercer, desde cedo, várias atividades: baleiro, em frente do Cinema Garibaldi, entregador de pacotes na famosa Livraria do Globo, empurrador de roda de bonde na Cia. Carris e fazedor de parafusos na Fábrica de Cipriano Micheletto.  A sua paixão por música e pela vida boêmia fez com que seu pai o alistasse, aos 15 anos, no Exército, acreditando que estaria dando outro rumo à vida do filho.

O primeiro amor

Promovido a cabo, em 1933, transferiram-no para Santa Maria. Nesta cidade, Lupi conheceu a jovem Iná, que foi o primeiro e um dos seus grandes amor. Após cinco anos, o noivado foi desfeito, pois os pais da noiva não aprovaram o seu comportamento boêmio. Ao vê-la enamorada por outro, ele sentiu um desgosto profundo. Este sentimento de traição foi a força motriz, que o inspirou a compor canções de teor passional, consagrando-o como “O Rei da dor de cotovelo”.

No ano de 1935, deu baixa do Exército, retornando para Porto Alegre. De volta à capital, empregou-se como bedel na Faculdade de Direito da UFRGS. Reza a tradição de que, diante da monotonia de algumas aulas, os alunos preferiam ouvir as canções de Lupi a estudar. Ele costuma repetir que o amor era a causa de todos os seus males, aposentando-se, em 1947, devido à saúde debilitada.

BRASIL | Vivemos no país do faz de conta



Como caráter da cultura que desenvolvemos, não há como se ocultar que a cegueira eventual ou proposital em desprezar o lado da honra e mais virtudes na condução das normas atenta contra nossa natureza de racionais.

Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro | Correio do Brasil | opinião

Vamos fazer  de conta que temos honra. Fazer de conta que somos racionais. É inculcável o ânimo de toda a filosofia em dar aos princípios que nos conduzem a face que distingue o homem do animal. Tudo o que tange estudo de ética, mostra a intenção de perfeição e de pureza a nos presidir a convivência. Dentro desse escopo, Montesquieu deu nome a uma obra como o espírito das leis. Então, com estas, a dimensão que as coloca acima de uma retórica fria ou falha.

Isso posto, como caráter da cultura que desenvolvemos, não há como se ocultar que a cegueira eventual ou proposital em desprezar o lado da honra e mais virtudes na condução das normas atenta contra nossa natureza de racionais. Vem ao caso essa digressão por estarmos há dois anos em que houve o cometimento de um crime, que pende sem sequer reexame que lhe dê definição para se atribuir autoria ou mesmo enquadramento legal devido.

Quando se fez a encenação do golpe, planejado e dirigido por país estrangeiro, não faltaram artistas a servir (via dólares) para encenação. Assistimos aos beócios do senado dando continuidade à ridícula votação da Câmara. E tudo sob coordenação (ou ponto) do STF.  Foi uma enxurrada de ignomínias que cegou a todos que, surpresos, ficaram nesse estado de choque paralisante de quem sofreu um ataque ou acidente maior do que as forças que tinha para resistir.

PM da Guiné-Bissau mantém proibição de crianças talibés pedirem esmola



O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que os pais devem ser sensíveis à questão dos talibés que andam a mendigar pela cidade e que mantém a proibição que impede aqueles estudantes do Corão de pedir esmola.

"Qualquer pessoa que é mãe ou pai tem de ser sensível a essa situação e não fazer política com este assunto", afirmou, em conferência de imprensa, Umaro Sissoco Embaló.

O primeiro-ministro guineense proibiu os talibés (crianças e jovens que estudam o Corão) de pedir esmola em Bissau.

"Para as crianças irem à escola e aprenderem há horas normais. Imaginem que enviam uma criança para a feira do Bandim pedir esmola entre as 06:00 e as 19:00, a que horas é que essa criança vai aprender ensinamentos corânicos?", questionou o primeiro-ministro.

Umaro Sissoco Embaló reforçou a sua posição com o facto de ser muçulmano, ter estudado em pequeno o Corão, e nunca ninguém o ter mandado pedir esmola.

"O Corão está traduzido em todas as línguas. Vão ver nesse livro se há algum parágrafo a dizer que os meninos têm de mendigar na rua", disse aos jornalistas.

Para o primeiro-ministro, as escolas corânicas são para transmitir conhecimento e os estudantes que as frequentam também vão à universidade.

"Eu gosto muito dos meus filhos e por isso é que vou proibir os filhos dos outros de andarem a pedir na rua", disse, acrescentando quem quiser ter uma escola para talibés tem de ter condições e pedir autorização.

O primeiro-ministro disse também que o "Governo tem de criar condições para haver escolas corânicas, associadas à escola oficial e na língua oficial que é o português".

"O que é grave é crianças inocentes andarem a pedir esmola. Como guineense isto toca-me", concluiu.

Lusa | em Diário de Notícias

CORRUPÇÃO E NEPOTISMO, DIZEM QUE ELE É… BESTIAL



Raul Diniz | opinião

MUDAR O PAÍS COM O ESSE MPLA AÍ!

Estamos na recta final das eleições se é que se pode chamar a essa confusão fraudulenta eleições. Porém outros desgastantes desafios nos esperam. O MPLA é o partido que sustenta a ditadura há mais de 4 décadas, contudo sabe-se que esse MPLA que por aí anda a mentir a torto e direito, é um partido eleitoralista profissionalizado em fraudar eleições, além de ser adepto do banditismo politico e igualmente ser o criador das organizações criminosas do colarinho branco que proliferam em toda extensão do território angolano, e não só. Daí é necessário ter atenção e cuidado redobrado.

Seria um milagre de grandes proporções se as promessas de mudar o país saídas da gargantona de João Lourenço ma pratica se realizassem. Tudo que esse general do regime diz não passam de falácias, que serve apenas para inibir e/ou embalar os distraídos que no MPLA, continuam a viver anestesiados de medo de perder privilégios.

Temos hoje a obrigação de rescrever a nossa história, mudar o rumo que o país leva, para bem do povo, que confiou a sua defesa em nossas mãos. Porém, é preciso entender, que apesar de termos chegado ao fim da dita campanha eleitoral, a caminha ainda não terminou, a peleja continua.

Temo que precisamos urgentemente de recarregar as baterias e continuar a luta até conseguirmos desatar o laço do passarinheiro e afugentar o espectro tortuoso da malignidade da ditadura. É verdade que o balanço de independência feitos com realismo é tremendamente deficitário. Só para clarear a situação uma pouco mais perceberemos que ao fim de 42 anos da nossa independência, apenas um partido este e esta no poder a cal e ferro.

Por mais bizarro que seja, essa é a nossa realidade, esses arautos da ditadura feitos democratas da noite para a madrugada têm a arrogância de afirmar terem nascido escolhidos para governar, os outros que se lixem.

Hoje em Angola todos temos a percepção real que a escolha do novo presidente não depende da vontade dos autóctones angolanos, essa eleição do general malandro do regime a muito foi cozinhado in sito no laboratório da casa de segurança do presidente da republica cessante.

ANGOLA: O "fantasma da guerra" como estratégia eleitoral



Após 15 anos de paz, MPLA ainda cita conflitos armados para justificar problemas que o Governo não conseguiu resolver. UNITA diz que a questão precisa ser discutida no Parlamento.

O "fantasma da guerra" foi despertado novamente em Angola, desta vez durante a campanha eleitoral.  O cabeça-de-lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, disse que o conflito militar que durou quase 30 anos impediu que o Governo angolano resolvesse uma série de problemas.

O candidato do MPLA voltou a falar da guerra, após 15 anos de um acordo de paz, num dos seus discursos de campanha, na província do Bié.  João Lourenço, sem citar nomes, disse que o país chegou a ter uma indústria que gerava muitos postos de trabalho, mas foi destruída pelos opositores durante o conflito.

"Deixamos de ter indústria porque aqueles que hoje dizem que são democratas destruíram a indústria que Angola teve num passado recente. Mas, enquanto a missão de uns foi destruir, a nossa missão é construir".

Este discurso não é novo, diz a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal partido da oposição. Raúl Danda, vice-presidente do Galo Negro, minimiza as declarações do adversário de longa data e diz que a questão deve ser discutida no Parlamento.

Angola | CORRUPÇÃO E NEPOTISMO DIZEM QUE ELE É… BESTIAL



Após 38 anos como chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos vai ter direito, quando deixar o cargo, a imunidade, residência oficial e uma subvenção mensal vitalícia de 80% do salário base do Presidente da República. Coisa pouca num país que é dos mais corruptos do mundo, que lidera o ranking mundial da mortalidade infantil e que (só) tem 20 milhões de pobres.

Com as eleições gerais em Angola agendadas para o próximo dia 23, às quais José Eduardo dos Santos – que completa 75 anos cinco dias depois -, não se recandidata e nas quais foi substituído por uma marioneta por si escolhida (João Lourenço), a lei aprovada pela Assembleia Nacional, sobre o “Estatuto dos Antigos Presidentes da República de Angola”, foi publicada em Diário da República a 17 de Agosto.

No seu preâmbulo, a lei refere a necessidade de definir “os deveres e os direitos dos antigos Presidentes da República”, sendo certo que desde 1975 o país conheceu apenas dois chefes de Estado. O primeiro Presidente de Angola foi Agostinho Neto, cargo ocupado, após a sua morte, por José Eduardo dos Santos, em 1979.

A lei agora em vigor define que os antigos Presidentes da República gozam de tratamento protocolar “compatível com a dignidade das altas funções anteriormente desempenhadas” (certamente tendo no seu espírito o desempenho emérito no comando da corrupção) e que têm direito, nomeadamente, a gabinete de trabalho, oficial às ordens, escolta pessoal, protecção e segurança especial na residência, entre outros benefícios extensíveis ao cônjuge e aos descendentes e ascendentes de primeiro grau, como o passaporte diplomático.

A subvenção mensal vitalícia a que terá direito José Eduardo dos Santos, enquanto antigo Presidente, após as eleições do dia 23 e tomada de posse do novo chefe de Estado, corresponde a 80% do salário base do Presidente da República, que está fixado desde Junho último em 640.129,84 kwanzas (3.300 euros).

GOLPE DE ESTADO | PGR quer agir sobre o caso “Golpe-Financiador”



São Tomé e Príncipe

Um leitor do Téla Nón fez chegar por via digital à redacção do Jornal, uma nota de imprensa da Procuradoria-geral da República, e assinada pelo Procurador-geral Frederique Samba, dando conta que n sequência «de um vídeo publicado nas redes sociais por um cidadão de nacionalidade são-tomense, verifica-se que são dados detalhes sobre o eventual mandante do Golpe de Estado ocorrido aos 16 de Julho de 2003», lê-se na nota de imprensa.

A Procuradoria-geral da República, diz que agi não apenas com base na denúncia vídeo feita pelo cidadão nacional, mas também «acompanhado de informações de outros momentos, relativamente as instruções recebidas pelo autor do referido vídeo, para a prática de assassinato de algumas individualidades, incluindo antigos Presidentes da República e membro do Governo», acrescenta a nota da Procuradoria da República.

Diante dos factos, o Procurador-geral da República, diz na nota de imprensa que há necessidade de se apurar «sobre a eventual existência de crimes puníveis no âmbito da actual legislação penal, reportando ao momento das suas práticas e quem foram os seus agentes».

Por isso, conclui a nota que «foi desencadeado os autos de instrução preparatória registado sob o número 747/2017 que correm os seus termos nesta instituição».

Abel Veiga | Téla Nón

SANTO DE PAU CARUNCHOSO | Patrice: “Trata-se de pura simples e maldosa difamação”



São Tomé e Príncipe

O Primeiro-ministro reagiu na Rádio Nacional e na TVS, sobre as acusações de ter sido o mentor do Golpe de Estado de 16 de Julho do na 2003, e de ter ordenado aos operacionais do ex-Batalhão Búfalo, para executarem os ex-Presidente Manuel Pinto da Costa e Fradique de Menezes, assim como o ex-ministro da Defesa e Ordem Interna o coronel Óscar Sacramento e Sousa. «Eu apelei aos órgãos judiciais para tudo fazerem para trazerem essas pessoas para a justiça. Porque trata-se de pura, simples e maldosa difamação. Esse caso em particular é mais uma», declarou o Primeiro-ministro.

Face a tão grave acusação, Patrice Trovoada, disse à TVS e a Rádio Nacional, que está tranquilo, e que ao digerir tais acusações pensa nas famílias. «Eu penso na minha família, eu penso na famílias das outras pessoas que tentam me atingir, eu penso nas crianças inocentes que as vezes ouvem tantas coisas no nosso país», frisou.

O chefe do Governo, exige que a justiça esclareça o caso. «Pedi as autoridades judiciais de São Tomé e sul-africanas para agirem. Porque na África do Sul aquilo que esse senhor pretende dizer é um crime passível de pena maior. Então as autoridades judiciais que façam o trabalho o mais rapidamente possível e que as pessoas maldosas, irresponsáveis, ingratas, malucas talvez sejam chamadas a justiça para assumirem as suas responsabilidades. Eu não tenho mais nada a dizer quanto a isso», concluiu.

Abel Veiga ! Téla Nón

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CORRUPÇÃO EM MARCHA | Turismo seria usado para corrupção no sul de Moçambique



Em Vilankulo, na província de Inhambane, operadores turísticos montaram esquemas de fuga ao fisco, aponta relatório do CIP. Entre os suspeitos está um empresário sul-africano, dono de um "império" na vila.

Na vila turística de Vilankulo, na província de Inhambane, sul moçambicano, há uma "corrupção estrutural que afeta a medula das instituições". É uma acusação feita pelo Centro de Integridade Pública de Moçambique (CIP), que publicou recentemente um relatório sobre o assunto.

O CIP desconfia, por exemplo, que operadores turísticos, a maioria estrangeiros, montaram esquemas de fuga ao fisco. E aponta, em particular, o dedo a um empresário sul-africano: Steven McIntyre, dono de um "império empresarial" em Vilankulo, que inclui dois complexos turísticos.

O dinheiro que os hóspedes pagam pela estadia na vila seria depositado fora de Moçambique. E, segundo o pesquisador do CIP, Borges Nhamire, há dúvidas se os pagamentos são tributados no país.

BANDO DE SALAFRÁRIOS | CIP descobre mais dívidas do Governo moçambicano



Centro de Integridade Pública (CIP) acusa Governo moçambicano de continuar a contrair empréstimos "sem nenhuma transparência" após escândalo das dívidas ocultas.

Numa análise intitulada "Governo continua a contrair empréstimos sem nenhuma transparência", o Centro de Integridade Pública de Moçambique (CIP) acusa o Governo de ter contraído empréstimos sem o conhecimento do Parlamento, entre 2015 e 2016. 

O relatório publicado na terça-feira (15.08) pela organização não-governamental refere que as autoridades moçambicanas contraíram uma dívida de 4,4 mil milhões de meticais (61 milhões de euros) a favor da Administração Nacional de Estradas (ANE) e de 3,1 mil milhões de meticais (43 milhões de euros) para o Porto de Pesca da Beira, junto do EximBank da China.

O CIP afirma que chegou a esta conclusão ao comparar a Conta Geral do Estado de 2016 (CGE) com o Relatório de Execução Orçamental (REO) do mesmo ano, ambos publicados no portal da Direção Nacional do Orçamento do Ministério da Economia e Finanças.

"Como em anos anteriores, as cifras orçamentais realizadas na CGE diferem das do REO. É natural que haja algumas divergências nos documentos, uma vez que a CGE apresenta uma análise mais consolidada das contas públicas", lê-se na análise do CIP.

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