Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
O futuro não augura nada de bom
para Rui Rio e, para tornar tudo pior, Rio fez as piores escolhas possíveis,
como é o caso de Elina Fraga - figura contestada por muitos, odiada pelos
órfãos de Passos Coelho e até alvo de investigação por parte da justiça.
Por outro lado, Luís Montenegro
não foi a eleições, mas estará na linha da frente de sucessão. Até lá
dedicar-se-á à família e à profissão. Montenegro não quis ser líder do partido
num contexto particularmente difícil, designadamente com o sucesso da esquerda
e com o consequente esvaziamento do discurso neoliberal do seu partido. Era
necessário um líder de transição e Montenegro não estava disposto a desempenhar
esse papel. Depois, se esta solução governativa se esgotar, voltará a estar
disponível a candidatar-se, pelo país e pelo partido. claro está.
O congresso do fim-de-semana
passado foi paradigmático da desunião que se vive no partido, fruto do facto de
estarem longe do poder e sem perspectivas de o recuperar. Paralelamente, Rui
Rio não agrada a uma parte substancial do partido, os mesmos que choram o
desaparecimento do pai Passos Coelho e que depositaram as suas esperanças em
Pedro Santana Lopes. Rio nunca terá a vida facilitada no partido, muito menos
com figuras polémicas do seu lado.
O partido necessitava de um líder
de transição. Rio Rui, de forma deliberada ou nem tanto, presta-se a tal
figura.
*Ana Alexandra Gonçalves |
Triunfo da Razão
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