A um dia da manifestação e da
greve nacional dos trabalhadores dos CTT, a administração da empresa está
a pressioná-los para que não participem no protesto e diz que os
800 despedimentos previstos não tem nada a ver com as relações laborais.
De acordo com o ECO, o
próprio presidente executivo Francisco Lacerda terá enviado uma
carta aos trabalhadores da empresa, a que se juntou uma comunicação
interna de um dos administradores dirigida aos trabalhadores do
atendimento – cuja adesão à greve poderá ser mais visível.
No documento, António Pedro Silva
acusa as estruturas representativas dos trabalhadores de terem convocado o
protesto animadas por motivações «políticas» e «ideológicas», que «nada têm a
ver com as relações de trabalho na empresa». Ou seja, a administração dos
Correios, a poucas horas do início da greve, está a tentar convencer os
trabalhadores que os 800 despedimentos previstos no plano de
reestruturação não têm nada a ver com relações laborais.
Apesar de a administração dos CTT
falar de sustentabilidade e do futuro da empresa, pelo que o ECO publicou, não
há uma palavra sobre as intenções de despedimento ou para os muitos
trabalhadores com vínculos precários na empresa. O plano de
reestruturação, divulgado no início do ano, implica o encerramento de 22
lojas e a saída de 800 trabalhadores.
A greve nacional foi convocada
pelos sindicatos e pela comissão de trabalhadores dos Correios, numa frente
sindical muito ampla. Para o início da tarde está convocada uma manifestação,
com início no Marquês de Pombal, em Lisboa.
Foto: O presidente executivo dos
CTT, Francisco Lacerda, na audição do conselho de administração dos CTT sobre a
situação da empresa na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas,
realizada na Assembleia da República, em Lisboa. 31 de Janeiro de 2018 | Créditos
João Relvas / Agência LUSA
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